Ibovespa fecha na maior pontuação em 8 meses e acumula alta semanal de 2,11%; dólar tem menor valor em 2 anos

Foi a terceira semana de saldo positivo para a Bolsa brasileira; índices em Nova York fecharam com ganhos moderados

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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O Ibovespa provou ser capaz de romper a barreira dos 120 mil pontos e renovou sua maior pontuação de fechamento em quase oito meses. O índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu com o apoio de techs e varejistas, em um dia de queda forte para os juros futuros. Por outro lado, exportadoras tiveram um dia ruim diante de uma nova baixa do dólar.

Aos 121.570 pontos, o Ibovespa fechou em alta de 1,31%. O volume negociado no dia ficou em R$ 32,5 bilhões. Na semana, o índice acumulou alta de 2,11%.

As maiores altas do Ibovespa hoje ficaram com Méliuz (CASH3), que avançou 9,28%, e Cielo (CIEL3), que fechou com alta de 8,04%. Em terceiro lugar ficou Banco Inter (BIDI11), subindo 7,78%. A lista de ganhos mais expressivos do índice no dia seguiu com Cogna (COGN3) e Magazine Luiza (MGLU3) – ambas fecharam em alta de 7,77%.

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“A alta da Méliuz foi motivada pela aprovação do Banco Central para a aquisição do Grupo Acesso (ou Bankly). Já a alta da Cielo pode ser justificada pelo receio dos investidores de a greve dos servidores do BC poder afetar o Pix”, afirma Rob Correa, analista de investimentos.

Entre as maiores baixas, ficaram as grandes produtoras e exportadoras de celulose e papel, cujas receitas são altamente expostas à variação do dólar. Suzano (SUZB3) encabeçou as perdas, recuando 1,7%, a R$ 54,21, seguida por Klabin (KLBN11), em baixa de 1,62%. A lista de maiores quedas do Ibovespa seguiu com Usiminas (USIM5), em queda de 1,43%, e as ações PN da Petrobras (PETR4), em baixa de 1,32%. Outra blue chip que também entrou no ranking das piores do dia foi Bradesco (BBDC4), que fechou o dia em queda de 1,08%, a R$ 21,98.

O dólar comercial fechou em queda de 1,97%, a R$ 4,667 na compra e na venda. A cotação é a mais baixa para um fechamento desde março de 2020. Na semana, o dólar acumulou queda de 1,68%.

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Nos Estados Unidos, foi mais uma sessão de alta volatilidade para as Bolsas. Os índices ganharam fôlego próximo ao fechamento do pregão, saíram do terreno negativo e fecharam com alta moderada. O Dow Jones subiu 0,40%, aos 34.818 pontos; o S&P 500 avançou 0,34%, aos 4.545 pontos; e a Nasdaq teve alta de 0,29%, aos 14.261 pontos.

O relatório de emprego dos EUA mostrou abertura de 431 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, enquanto economistas consultados pela Reuters projetavam abertura de 490 mil. Por outro lado, o número do mês anterior foi revisado para cima em 72 mil postos. Já a taxa de desemprego caiu a 3,6%, mínima desde fevereiro de 2020, de 3,8% em fevereiro e projeção de 3,7%, enquanto o salário médio por hora subiu 0,41%.

O conjunto dos indicadores reitera cenário que permite ao Federal Reserve elevar os juros em 0,5 ponto percentual em maio, uma projeção já majoritária do mercado.

Os juros futuros tiveram forte queda hoje, sobretudo nos contratos mais longos: o DIF23 estava em 12,63% na sessão estendida, em baixa de 8 pontos-base; o DIF25 caía 22 pontos, a 11,16%; o DIF27 operava com baixa de 23 pontos, a 10,97%; e o vencimento F29 recuava 24 pontos-base, a 11,11%.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados