Ibovespa fecha em alta seguindo bolsas dos EUA; dólar tem maior queda de 2020

Mercado termina a sessão com ganhos após um janeiro de desempenho negativo

Ricardo Bomfim

Ações em alta (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (3) acompanhando o movimento positivo das bolsas dos Estados Unidos, que se recuperaram das quedas recentes. Lá fora, as ações da Nike subiram com recomendações de compra do UBS e do JPMorgan. Já os papéis da Tesla dispararam 20% depois de um analista da Argus Research elevar o preço-alvo das ações para US$ 808 – atualmente eles estão em US$ 780.

Por outro lado, as bolsas da China reabriram hoje, terminando o pregão com queda de 7,72%. Os mercados chineses ficaram fechados desde o dia 24 de janeiro por conta da propagação do coronavírus.

A doença já infectou 17,2 mil pessoas, matando 361. O governo americano proibiu a entrada de qualquer pessoa não-residente vinda da China, onde começou a epidemia. Repercutindo essas medidas, o governo chinês acusou os Estados Unidos de exagerarem e provocarem “medo” com o surto do coronavírus.

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O Ibovespa teve alta de 0,76%, aos 114.629 pontos com volume financeiro negociado de R$ 21,579 bilhões.

Enquanto isso, comercial caiu 0,86% a R$ 4,2483 na compra e a R$ 4,2488 na venda na sua maior baixa desde o dia 16 de dezembro, quando a moeda recuou 1,22%. Já o dólar futuro para março cai 0,84%, a R$ 4,2525. Em janeiro, o dólar subiu 6,8%, a maior alta mensal em dez anos.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu oito pontos-base a 4,93%, o DI para janeiro de 2023 teve queda de sete pontos-base a 5,46% e DI para janeiro de 2025 recuou nove pontos-base a 6,15%

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Na política, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu que o Novo Marco do Saneamento seja votado com celeridade. Segundo a XP Política, Coelho disse que o governo defende o texto que foi aprovado na Câmara, mas, para ele, é preciso estar aberto para possíveis mudanças que deverão ser sugeridas pelos senadores.

A oposição quer convocar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para explicar as falhas no Enem, mas não definiu uma data. Desgastado pela crise com um dos seus assessores, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, lerá uma mensagem elencando as prioridades do governo.

Entre os indicadores, o Relatório Focus do Banco Central mostrou uma leve revisão para baixo nas expectativas dos economistas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. A projeção oscilou de 2,31% para 2,3%. Já para 2021 a perspectiva se manteve em 2,5%.

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Com relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial de inflação do Brasil, a projeção do mercado recuou de 3,47% para 3,4% em 2020 e se manteve em 3,75% em 2021.

As previsões para o câmbio continuaram em R$ 4,10 para 2020, mas subiram de R$ 4,00 para R$ 4,05 em 2021. A expectativa para a Selic de 2020 segue em 4,25% e para 2021 caiu de 6,25% para 6%.

Noticiário corporativo

A Cogna (COGN3) fará uma oferta pública primária de 172,1 milhões de ações na B3, ao valor de R$ 2 bilhões. A empresa informou que usará a soma levantada para a aquisição de “sociedades que atuam no ensino superior” no Brasil. Posteriormente, a empresa ofertará ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) no valor de R$ 700 milhões, em outra operação.

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Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
BRKM5 6.02219 33.45
QUAL3 5.69223 43.82
TOTS3 5.05023 78.42
GNDI3 4.60048 73.44
EQTL3 4.19463 24.84

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
IRBR3 -8.54339 41
ELET6 -1.56594 40.23
ABEV3 -1.45658 17.59
MRVE3 -1.38955 20.58
PETR3 -1.12026 30.01

)

Já a construtora e incorporadora MRV (MRVE3) comunicou que resolveu as questões sobre o investimento na sua subsidiária AHS Residential nos Estados Unidos. Segundo a MRV, houve uma conciliação de interesses entre o maior acionista individual no Brasil, Rubens Menin, e os outros acionistas.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.