Ibovespa fecha acima dos 114 mil pontos e acumula alta de 1,6% na semana; dólar cai mais de 1% na sessão

Apesar de "prévia do PIB" fraca, a Bolsa brasileira acompanhou o bom humor dos mercados internacionais

Mitchel Diniz

Ações em alta

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SÃO PAULO – A volatilidade mais uma vez deu tom aos negócios no mercado acionário brasileiro. Nesta sexta-feira de vencimento de opções sobre ações, o que costuma trazer dose extra de oscilação aos negócios, o Ibovespa conseguiu retomar o patamar dos 114 mil pontos. Ainda assim, foi uma semana morna (e mais curta) para a Bolsa, que subiu pouco comparada aos índices em Nova York, por exemplo.

“O Ibovespa deu um estagnada e está oscilando muito nesse patamar durante as quatro últimas semanas por falta de novidades internas. Temos um cenário de inflação pela frente que não está muito bem definido, questões políticas e fiscais que estão sem definição também e isso não deixa o Ibovespa andar positivamente”, afirma Chrystopher Marinho, consultor da Flip Investimentos.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que alguns chamam de “prévia do Produto Interno Bruto (PIB)” do Banco Central teve queda de 0,15% em agosto, resultado levemente pior do que o esperado: os economistas previam recuo de 0,05% na comparação mensal. Em relação a igual mês de 2020, houve uma alta, de 4,74%. Mesmo com um dado interno ruim, a Bolsa brasileira acompanhou o bom humor do exterior.

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O Ibovespa fechou em alta de 1,29%, aos 114.647 pontos. O volume negociado hoje foi de R$ 30,96 bilhões. Na semana, o índice acumulou alta de 1,55%. O Ibovespa futuro com vencimento em dezembro de 2021 é negociado em alta de 0,83%, aos 115.605 pontos, nos negócios do after market.

O dólar comercial fechou em forte baixa hoje, recuando 1,1% a R$ 5,454 na compra e R$ 5,455 na venda. Na semana, moeda americana recuou 1,13%, maior queda desde agosto. O dólar futuro com vencimento em novembro de 2021 cai 1,16%, a R$ 5,465, nos negócios do after market.

O dólar ampliou as perdas na sessão após a sinalização do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, de que a autarquia está atenta ao “bom funcionamento” do mercado de câmbio. A moeda americana veio em queda desde a abertura dos negócios, com investidores reagindo à nova intervenção extraordinária do Banco Central no câmbio na forma de venda nesta sexta de 20 mil contratos de swap cambial tradicional, ou US$ 1 bilhão

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No mercado de juros futuros, o contratos subiram forte: DI para janeiro de 2023 avançou 14 pontos-base, a 9,28%; DI para janeiro de 2025 subiu doze pontos-base a 10,18%; e o DI para janeiro de 2027 subiu dez pontos-base, a 10,56%.

Nos Estados Unidos, mais um sinal de recuperação da economia:  as vendas no varejo subiram 0,7% em setembro ante agosto. O resultado veio melhor do que o esperado pelo consenso Refinitiv, de queda de 0,2%.

“Esse resultado conseguiu dar mais foco à saúde das empresas, a capacidade delas de gerar bons resultados acima do esperado e pagar proventos. O exterior consegue ter um comportamento mais fundamentalista, enquanto aqui no Brasil, mesmo com os bons resultados das companhias no terceiro trimestre, o mercado não reagiu bem. Isso acontece porque nosso mercado ainda é muito focado em preço e ainda é muito pequeno”, afirma Fernanda Melo, sócia da HCI Invest.

As Bolsas americanas fecharam em alta pelo segundo dia seguido. O índice Dow Jones avançou 1,09%; o S&P 500 teve alta de 0,75%; e Bolsa de tecnologia, Nasdaq, fechou em alta de 0,5%.

Também contribuíram para o otimismo a temporada de balanços corporativos em Wall Street, com a divulgação de resultados de bancos acima das expectativas, desviando por enquanto as preocupações de aumento da inflação.

O preço do petróleo voltou a subir. O barril do Brent já é negociado próximo dos US$ 85 o do WTI, acima de US$ 82.

As Bolsas europeias também fecharam a sexta-feira em alta. O Stoxx 600, que reúne empresas de 17 países europeus em setores-chave, avançou 0,74%%. A Bolsa de Londres (FTSE100) subiu 0,37% e a de Frankfurt (DAX) teve ganhos de 0,37%.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados