Ibovespa cai forte enquanto exterior se recupera depois de “sell-off” no feriado; dólar sobe a R$ 5,04

Mercado registra perdas seguindo o medo de uma segunda onda do coronavírus

Ricardo Bomfim

(Getty Images)

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SÃO PAULO – O Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira (12), volta de feriado na B3. O índice fecha o gap criado em relação aos ADRs (na prática, as ações de empresas brasileiras negociadas na bolsa de Nova York) na véspera. Ontem, o índice de ADRs Brazil Titans despencou 8,7%. Já o EWZ, índice que reúne as ações de maior liquidez da Bolsa brasileira, afundou 7,84%.

O recuo foi causado pelos temores de uma segunda onda do coronavírus ao mesmo tempo em que a maior parte dos países reabre suas economias.

Hoje, causa preocupação a queda de 20,4% no Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido em abril na comparação com o mês anterior. Foi a maior queda já registrada em uma comparação mensal. Em relação a abril de 2019, o recuo foi de 24,5%.

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Às 12h40 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha queda de 3,18% a 91.679 pontos.

Já o dólar futuro para julho opera em alta de 1,44% a R$ 5,051. O dólar comercial sobe 2,2% a R$ 5,0474 na compra e a R$ 5,0487 na venda.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 tem queda de três pontos-base a 3,05%, o DI para janeiro de 2023 cai dois pontos-base a 4,10% e o DI para janeiro de 2025 recua dois pontos-base a 5,65%.

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Lá fora, as bolsas sobem depois de fortes quedas no dia anterior em meio a projeções pessimistas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e preocupações com o avanço da Covid-19 em países que relaxaram medidas de isolamento social.

Ambiente político e combate ao coronavírus

O noticiário político se divide entre as tentativas do presidente Jair Bolsonaro de reforçar a sua base de apoio, as investigações sobre as fake news e o combate ao novo coronavírus.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça ,deve decidir nesta sexta-feira se autoriza o compartilhamento do inquérito das fake news com as ações que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda em Brasília, Bolsonaro recriou, na quarta-feira à noite, o Ministério das Comunicações. A pasta será comandada pelo deputado federal Fábio Faria (PSD-RJ), genro de Sílvio Santos, que é dono da rede de televisão SBT.

Além de um gesto ao empresário, que tem mostrado proximidade com o atual governo, o movimento dá continuidade às investidas de Bolsonaro em direção ao centrão e em busca de construir uma base aliada no Congresso Nacional.

O Ministério das Comunicações ficará responsável por uma série de áreas, entre elas a política de comunicação social do governo e o leilão das frequências de 5G.

O avanço do coronavírus é outro assunto que fica no radar. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, o Brasil totaliza 802.828 casos confirmados e 40.919 óbitos.

Panorama corporativo

Entre os destaques corporativos, a mineradora Vale informou que obteve liminar para suspender decisão anterior que exigia da companhia R$ 7,9 bilhões em garantias para assegurar o pagamento de eventuais multas pelo desastre de Brumadinho (MG).

“O desembargador considerou que não há elementos que evidenciem riscos futuros de descumprimento de uma posterior decisão sobre o caso, por parte da Vale”, afirmou a empresa no comunicado.

Já a Latam Airlines Brasil e a Delta Air Lines apresentaram na quarta-feira ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma versão preliminar do acordo de joint venture. O processo de aprovação regulatória representa o primeiro passo para o acordo.

Uma vez garantidas as aprovações regulatórias, a parceria irá conectar as malhas aéreas complementares das empresas entre as Américas do Norte e do Sul.

E as administradoras de shoppings seguem retomando as suas operações com as medidas de flexibilização do isolamento social.

A Aliansce Sonae anunciou a abertura sete shoppings na quinta-feira. Já a JHSF informou a retomada da operação do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.