Ibovespa aprofunda queda após Bolsonaro afirmar que está com Covid-19; dólar sobe para R$ 5,36

Mercado indica dia de perdas após o principal índice da B3 encostar nos 99 mil pontos na véspera

Ricardo Bomfim

Publicidade

SÃO PAULO – O Ibovespa acelera perdas após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que está com coronavírus, se distanciando da marca dos 100 mil pontos.

Mais cedo, a Bolsa já caía acompanhando a tendência internacional com o dado decepcionante da produção industrial na Alemanha, que cresceu 7,8% em maio enquanto os economistas esperavam um avanço de 11,1%.

Também no radar, os Estados Unidos superaram 130 mil mortes por conta da Covid-19. O país conta com mais de 2,9 milhões de casos confirmados da Covid-19.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Às 13h55 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha queda de 1,41% a 97.569 pontos. O principal índice da B3 fechou ontem em seu maior patamar desde 5 de março e encostou nos 99 mil pontos, deixando investidores ansiosos por um eventual retorno aos 100 mil pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial virou para alta de 0,23% a R$ 5,3630 na compra e a R$ 5,3645 na venda. Já o dólar futuro para agosto sobe 0,15% a R$ 5,373.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse em entrevista à Record que o BC vê a recuperação econômica da crise do novo coronavírus em formato mais acelerado do que previsto anteriormente e voltou a dizer que existe algum espaço residual para continuar flexibilizando a política monetária.

Continua depois da publicidade

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 registra ganhos de um ponto-base a 2,91%, o DI para janeiro de 2023 aumenta um ponto-base a 4,01% e o DI para janeiro de 2025 avança um ponto-base a 5,56%.

As novas projeções para a economia da Europa contribuem para esse arrefecimento nos ânimos, que ocorre um dia após um pregão de ganhos significativos nos mercados globais.

A Comissão Europeia espera uma contração de 8,3% no Produto Interno Bruto (PIB) das 27 economias da região, pior do que a projeção de queda de 7,4% feita em maio. Para 2021, se espera uma expansão de 5,8% (ante 6,1% dos números divulgados em maio).

Campanha eleitoral

Senadores governistas tentam emplacar é a volta dos showmícios em eventos eleitorais, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Essa é uma das propostas da minirreforma eleitoral que está em tramitação. A outra tenta retomar a propaganda partidária no rádio e na TV. As mudanças valeriam para a eleição de 2022.

As mudanças, segundo a reportagem, seriam uma forma de contemplar demandas dos parlamentares do bloco conhecido como “Centrão”.

Noticiário corporativo

A companhia aérea Azul demitiu cerca de mil funcionários, principalmente tripulantes, para tentar se ajustar ao novo cenário imposto pela pandemia do novo coronavírus, segundo reportagem da agência Reuters.

Esse número de demissões equivale a pouco mais de 7% do quadro de funcionários da empresa ao final de março.

Já a Renova Energia entrou com dois pedidos de recuperação judicial na segunda-feira. O objetivo é melhorar a estrutura da companhia e atender aos credores.

O primeiro plano é exclusivo às sociedades do Projeto Alto Sertão III – Fase A, vinculadas ao financiamento originalmente obtido junto ao BNDES.

O outro contempla a companhia e as demais sociedades em recuperação judicial do Grupo Renova, em trâmite perante 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca do Estado de São Paulo.

Já o Grupo Profarma anunciou que contratou um grupo de bancos para coordenar potencial oferta primária de ações da d1000, que reúne as redes Drogasmil, Farmalife, Drogarias Tamoio e Drogaria Rosário, que conta com 300 lojas.

(com Bloomberg e Agência Estado)

O passo a passo para trabalhar no mercado financeiro foi revelado: assista nesta série gratuita do InfoMoney.

Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.