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Ibovespa cai 1,11% com escalada de tensões no Oriente Médio, mas acumula alta de 1,38% na semana; dólar sobe a R$ 5,08

Indicador de inflação mais alta nos Estados Unidos também pesou sobre os mercados na volta do feriado

Mitchel Diniz

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A guerra no Oriente Médio voltou a impactar negativamente o mercado acionário nesta sexta-feira (13). Nem mesmo a forte valorização do petróleo, que deu respaldo às petroleiras do Ibovespa, com a Petrobras (PETR3;PETR4) entre as maiores altas do dia, impediu que o índice recuasse hoje.

A iminência de uma invasão terrestre do exército de Israel na faixa de Gaza, na ofensiva contra o grupo palestino Hamas, aumentou os temores de uma escalada das tensões geopolíticas na região.

“A leitura que o conflito em Israel ficaria localizado na Faixa de Gaza não se sustentou e os mercados nesta sexta-feira operaram no sentido de uma escalada nas hostilidades”, afirma o economista André Perfeito.

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“Ao que tudo indica, agora irá começar a campanha terrestre de Israel em Gaza e simplesmente não há hipótese dessa inciativa ter um resultado positivo”.

Mas a Bolsa brasileira teve outras informações a digerir na volta do feriado católico. É o caso do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, divulgado ontem quando os mercados estavam fechados por aqui. O indicador de inflação avançou 0,4% em setembro na comparação com agosto, levemente acima do esperado.

“Deixou a porta para mais uma alta de juros nos Estados Unidos ainda este ano”, afirma Enrico Cozzolino, analista e sócio da Levante Investimentos.

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O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira com queda de 1,11%, aos 115.754 pontos. Com a emenda de feriado, o giro financeiro ficou abaixo da média, em R$ 21,165 bilhões, de acordo com o site da B3.

A queda só não foi maior porque as petrolíferas acompanharam a forte valorização do petróleo no mercado internacional. O barril do Brent, negociado no mercado futuro da Bolsa de Londres, fechou em alta de 5,69%, a US$ 90,89.

Apesar da queda de hoje, o Ibovespa terminou a semana com saldo positivo, acumulando alta de 1,38% no período.

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A busca por segurança diante de um maior sentimento de aversão ao risco relacionado à guerra no Oriente Médio impulsionou o dólar. No comercial, a moeda subiu 0,77% a R$ 5,088 na compra e a R$ 5,089 na venda. Apesar da valorização de hoje, o dólar comercial acumulou queda de 1,43% na semana.

Em Nova York, as bolsas fecharam mistas: o Dow Jones subiu 0,12%, aos 33.670 pontos; o S&P recuou 0,50%, aos 4.237 pontos; e a Bolsa de tecnologia Nasdaq teve queda de 1,23%, aos 13.407 pontos.

A princípio, Wall Street digeriu bem os balanços trimestrais de JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup, divulgados antes da abertura do mercado. Os números vieram acima das expectativas.

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Porém, o humor mudou com a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que recuou em outubro. A mesma pesquisa mostrou que expectativas para a inflação em um ano saltaram de 3,2% para 3,8%.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados