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Um estudo do Morgan Stanley aponta que, entre este ano e 2035, o mercado farmacêutico deve crescer a uma taxa composta anual (Cagr) de 10%, sustentado pela maior acessibilidade a medicamentos e pelo envelhecimento da população. Essa expansão abre espaço para uma corrida entre os genéricos, que avançam com descontos cada vez mais agressivos, e os medicamentos inovadores, como os GLP-1, voltados para diabetes e obesidade, que ganharam protagonismo nas prateleiras.
É por causa desse cenário que a Hypera (HYPE3) aparece como um nome que chama atenção do banco. Hoje negociada a um múltiplo de preço sobre lucro estimado para 2026 em torno de sete vezes, a companhia, segundo os analistas, parece ser subestimada pelo mercado. A ação, que nesta terça-feira (9) é negociada a cerca de R$ 23,50, para os analistas está barata em relação ao potencial de crescimento, já que a empresa deve acelerar suas vendas com lançamentos previstos para os próximos anos.
A expectativa é que o crescimento volte a ganhar ritmo, saindo de 6% neste ano para 18% já em 2026, com uma média anual de 9% nos anos seguintes. Parte desse salto pode vir do lançamento da semaglutida em 2026, da entrada no mercado de imunoglobulina e de novos produtos ligados à fábrica de Jundiaí, prevista para 2027. O banco lembra ainda que o índice PEG (relação entre preço, lucro e crescimento) da Hypera, projetado em 0,5 para 2026, está bem abaixo dos pares, o que sinaliza espaço para valorização.
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A RD Saúde (RADL3), por sua vez, continua em evidência no varejo, segundo o banco. A farmacêutica, responsável pelas lojas Raia e Drogasil, vem crescendo em ritmo acelerado, com quase uma nova farmácia inaugurada por dia. Esse movimento é acompanhado por investimentos em diferentes frentes, como a oferta de serviços de saúde, a 4Bio, dedicada a medicamentos especiais, e a RD ADS, voltada para mídia digital.
No segundo trimestre deste ano, aponta o banco, a empresa mostrou resultados melhores, com preços mais equilibrados e uma gestão reorganizada. Diante desse avanço, o Morgan Stanley elevou suas projeções e definiu um novo preço-alvo de R$18,90 por ação. Hoje, no entanto, os papéis da empresa eram negociados a R$ 17,06, abaixo da recomendação.
Mesmo assim, os analistas preferem manter a recomendação em equal-weight, equivalente a uma posição neutra, argumentando que ainda existem incertezas no curto prazo. Entre elas estão a volatilidade recente dos resultados e a possibilidade de supermercados e plataformas de e-commerce ampliarem sua presença no setor, fatores que podem adiar uma reprecificação da ação.