Hypera anuncia aquisição de marcas da Sanofi, como AAS e Cepacol, por US$ 190,3 milhões

Na avaliação da XP, empresa será capaz de aproveitar as sinergias de custos integrando a produção dos medicamentos da farmacêutica francesa

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A farmacêutica brasileira Hypera Pharma (HYPE3) anunciou nesta terça-feira (13) um acordo para adquirir 12 marcas de medicamentos isentos de prescrição (“OTC”) e de prescrição da francesa Sanofi no Brasil, México e Colômbia por US$ 190,3 milhões.

De acordo com fato relevante, os produtos a serem adquiridos incluem, no segmento de “consumer health” no Brasil, o analgésico AAS, o fitoterápico Naturetti e o antisséptico Cepacol, além dos medicamentos de prescrição Buclina, para estímulo do apetite, e Hidantal, indicado para tratamento de epilepsia, entre outros.

Em 2020, o Brasil representou aproximadamente 67% da receita líquida desse portfólio.

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Segundo a companhia, a transação está alinhada com a estratégia de fortalecer sua presença no mercado brasileiro por meio de produtos com alto potencial de crescimento.

“Com a conclusão dessa aquisição, a Hypera Pharma incrementará sua atuação nas categorias de ‘consumer health’ e ‘produtos de prescrição’, com destaque para sistema nervoso central e gastrointestinal”, escreveu a Hypera.

Ainda de acordo com o comunicado, a Hypera e a Sanofi assinarão acordo de fabricação e fornecimento, por meio do qual a Sanofi continuará a fornecer produtos à companhia pelo período de até três anos. A transação também está sujeita a certas condições precedentes, entre elas a aprovação pelas autoridades antitrustes competentes.

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Na avaliação da XP, a aquisição de marcas da Sanofi pela Hypera foi um “movimento ousado” no mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês).

Em comentário divulgado nesta terça, os analistas da XP escrevem que o portfólio da Sanofi teve vendas de R$ 250 milhões em 2020 e, portanto, o valuation implícito de valor da empresa sobre vendas (EV/Vendas) é de cerca de 4,0 vezes, em comparação com o EV/Vendas  de 2020 da Hypera de 6,5 vezes.

“Além das marcas, acreditamos que a companhia será capaz de aproveitar as sinergias de custos integrando a produção dos medicamentos da Sanofi, bem como as sinergias fiscais dos benefícios que a Hypera tem em Goiás”, escreve o time de análise.

Eles destacam ainda que a Hypera será capaz de diluir mais suas despesas operacionais, pois está apenas adicionando as marcas e produtos ao seu portfólio, tornando a transação altamente atrativa também na perspectiva de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês).

A XP reitera a recomendação de compra para os papéis HYPE3, com preço-alvo de R$ 48 por ação – o que implica potencial de alta de 40% ante o fechamento do último pregão.

Já o Credit Suisse destaca em breve nota que as marcas adquiridas devem se beneficiar dos recursos comerciais da Hypera.

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