Hegemonia da Petrobras, estrelato da Klabin e “sumiço” de um setor: a dinâmica das carteiras de maio

Análise das indicações de 13 instituições financeiras feita pelo InfoMoney mostra as principais tendências entre as indicações de analistas neste mês

Mário Braga

Painel de ações (Shutterstock)

Publicidade

SÃO PAULO – A proximidade da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados no plano doméstico e o segundo turno das eleições da França no cenário externo inspiram cautela entre analistas de grandes bancos e corretoras e levaram a ajustes “defensivos” nas carteiras recomendadas de maio. O objetivo é limitar perdas, caso o cenário projetado, de aprovação das principais medidas do ajuste fiscal no Congresso e vitória de Emmanoel Macron no pleito francês, não se concretize. 

Análise das indicações das 13 carteiras recomendadas feita pelo InfoMoney mostra que a Petrobras (PETR4) segue como o papel preferido, com 10 recomendações. Além da avaliação positiva da nova gestão da estatal, havia também a expectativa de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) renovasse o acordo de corte de produção no próximo dia 25, o que sustentaria a cotação da commodity. Nos primeiros dias do mês, porém, o preço do barril caiu em meio a preocupações de que o acordo não seja renovado.

A Carteira InfoMoney de maio será apresentada ao vivo nesta sexta-feira às 14h15, clicando aqui 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Na ponta de cima da tabela, o Itaú Unibanco (ITUB4) recuperou a segunda colocação, sendo recomendado por nove instituições e, entre os bancos, o Bradesco (BBDC4) ultrapassou o Banco do Brasil (BBAS3), e somou três indicações. Entre os drivers para estas ações no mês estava a divulgação dos resultados do primeiro trimestre. Diferentemente do que ocorreu em fevereiro, quando saíram os números dos últimos três meses de 2016, desta vez os números do Bradesco agradaram mais que os do Itaú. (veja a análise dos balanços dos dois bancos clicando aqui)

A novidade no topo do ranking de ações mais recomendadas é a Klabin (KLBN11). (saiba por que a Klabin é a preferida do setor clicando aqui) Fora do radar dos analistas até abril, o papel garantiu a quarta colocação em maio, somando indicações de cinco corretoras. Analistas destacam resultados bastante favoráveis no primeiro trimestre, o que confere à empresa posição de destaque no setor de papel e celulose. Além disso, também favorece a ação a expectativa de que os recentes aumentos de preços da matéria-prima afetem positivamente o desempenho da companhia à frente.

Por outro lado, uma empresa foi “ejetada” das carteiras. Do terceiro lugar com seis indicações em abril, a Sabesp (SBSP6) não foi indicada por nenhuma casa neste mês. A mudança drástica reflete o movimento de “aversão” ao setor de saneamento após o episódio da revisão tarifária da Sanepar em março (leia mais aqui) e da Copasa, em abril (leia mais aqui).

Continua depois da publicidade

No ranking das ações mais recomendadas, ainda estão Hypermarcas (HYPE3,) e RD (RADL3), ex-Raia Drogasil, indicadas por quatro casas cada. As opções podem ser considerada defensivas, uma vez que as empresas do setor farmacêutico tendem a ser menos afetadas por uma eventual desaceleração da atividade econômica. Além disso, no caso da primeira, há ainda notícias recentes a respeito do interesse de três players  internacionais na companhia, o que cria um suporte psicológico para as ações na faixa dos R$ 30, dia em que as notícias ganharam força.

Veja abaixo a tabela com as ações mais recomendadas de maio: 

Empresa Quantidade de recomendações
Petrobras (PETR4) 10
Itaú Unibanco (ITUB4) 9
B3 (ex-BMF&Bovespa, BVMF3) 7
Klabin (KLBN11) 5
Hypermarcas (HYPE3) 4
RD (ex-Raia Drogasil, RADL3) 4

Fonte: Levantamento do InfoMoney com 13 carteiras de bancos de investimento e corretoras