Para Haddad, governo não pedirá para Petrobras (PETR4) segurar preços; ministro vê privatização “mal feita” da Eletrobras (ELET6)

Ministro ainda voltou a frisar que os juros futuros de médio e longo prazo estão em queda, em reconhecimento das medidas anunciadas pelo governo

Equipe InfoMoney

Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse não crer que o governo pedirá para a Petrobras segurar os preços dos combustíveis após a mudança na política de preços da estatal. “Não creio”, respondeu o ministro ao ser questionado em entrevista à GloboNews se o governo pedirá à Petrobras (PETR4)  para baixar ou não subir preços dos combustíveis.

“Esse não é o caminho. O caminho nosso é estabilizar esse País, garantir que ele tenha trajetória consistente, passar confiança… Isso vai trazer investimentos e baixar os juros”, declarou Haddad.

Nesse ponto, o ministro voltou a frisar que os juros futuros de médio e longo prazo estão em queda, em um reconhecimento do mercado, na avaliação dele, das medidas anunciadas pelo governo.

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Já sobre a Eletrobras (ELET3;ELET6), sem se posicionar sobre o assunto, o ministro da Fazenda disse que os questionamentos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à privatização da companhia de energia representam uma decisão do governo como um todo, não cabendo a ele criticar ou elogiar.

O ministro, porém, mais uma vez considerou que a privatização foi mal feita, porque “desarrumou um pouco as coisas” do marco regulatório do setor elétrico.

“Acho que a privatização foi mal feita. Disse isso quando foi aprovada”, declarou Haddad.

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A Eletrobras, sustentou, tem peso no modelo energético brasileiro, inclusive no preço da tarifa, o que leva à reflexão sobre a venda.

Questionado sobre se ele, particularmente, apoia a tentativa de reverter a privatização da companhia elétrica, Haddad respondeu que, depois que decisões são tomadas, as opiniões pessoais não devem ser expostas.

O ministro pontuou, no entanto, que os questionamentos à privatização da Eletrobras resultam da insatisfação pelo que foi feito com o patrimônio público.

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“Defendemos a posição do governo no caso Eletrobras, mesmo sabendo que Congresso e Judiciário podem ter outras”, concluiu Haddad.

(com Estadão Conteúdo)