Grupamento de ações da Oi, IBC-Br e inflação na Europa: o que acompanhar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Mitchel Diniz

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Depois de uma semana de forte volatilidade na Bolsa brasileira, com o componente político se sobressaindo em relação aos indicadores internacionais, o investidor adentra uma semana mais curta e fraca de indicadores econômicos. Na terça-feira a B3 estará fechada por conta do feriado de Proclamação da República, mas antes da “folga”, uma série de balanços trimestrais será divulgado na segunda-feira (14).

Ânima, Embraer, Nubank, Localiza, Dasa e Orizon encerram a temporada de resultados na véspera do feriado, dia que também será movimentada pelas teleconferências com analistas. Passado o frisson dos balanços, o noticiário corporativo retorna à normalidade com um evento bastante aguardado: assembleia geral extraordinária que vai deliberar sobre o grupamento de ações da Oi (OIBR3;OIBR4). O encontro de acionistas está marcado para sexta-feira (18).

Leia mais: Grupamento de ações da Oi (OIBR3;OIBR4) é cilada para o investidor?

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Na agenda de indicadores macroeconômicos, um dos únicos destaques é o índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br. Conhecido como proxy do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro , o indicador referente a setembro será divulgado já nesta segunda-feira. O Itaú prevê um avanço mensal de 0,3%.

Ainda de acordo com a previsão do banco, no acumulado de 12 meses, o IBC-Br deve sofrer uma desaceleração, de 4,9% para 4,4%.

“Nossa previsão leva em conta os números de setembro de produção industrial (-0,7%), varejo (um crescimento mais forte que o esperado de 1,1% no núcleo e de 1,5% no indicador amplo) e receita de serviços (que também superou estimativas, com crescimento mensal de 0,9%)”, escreveu Mario Mesquita, economista-chefe do banco.

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Outro dado relevante previsto para a semana é PNAD Contínua, pesquisa trimestral por amostra de domicílios. O indicador de emprego será divulgado na quinta-feira (17).

Com poucos indicadores na agenda, o investidor deverá acompanhar cada passo da equipe de transição do governo Lula e possíveis novas declarações do presidente eleito sobre política fiscal.

No exterior, inflação segue no foco

Depois que o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos veio melhor do que o esperado na semana passada, as atenções se voltam para a inflação no velho continente.

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Na quarta-feira (16), é o Reino Unido que divulgará seu índice de preços ao consumidor. O consenso Refinitiv prevê uma alta mensal de 1,7% em outubro, levando a inflação para um acumulado de 10,6% em 12 meses.

O índice que mede a inflação ao consumidor na zona do euro, por sua vez, vai ser divulgado na quinta-feira (17). A média das projeções do mercado aponta para uma elevação de 1,5% em outubro na comparação com setembro, com inflação de 12 meses em 10,7%.

Na Ásia, atenções voltadas para China, onde serão divulgados dados de produção industrial, varejo, emprego e investimentos , todos previstos para esta segunda-feira.

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Nos Estados Unidos, a agenda traz indicadores de menor magnitude, mas que poderão dar novas pistas sobre o andamento da atividade econômica e inflação. Na quarta-feira, serão divulgados os números de vendas no varejo e de produção industrial, ambos referentes ao mês de outubro.

Para o varejo, a previsão do consenso Refinitiv é de alta mensal de 0,9%. Para a indústria, a média das projeções do mercado aponta para um avanço de 0,2%>

A agenda traz ainda o índice de manufatura Empire State e o índice de preços ao produtor mensal (na terça-feira); na quinta, sai o índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia e o número de construção de casas novas.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados