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O GPA (PCAR3) informou ter celebrado na última segunda-feira (19) um instrumento vinculante para operação de sale and leaseback (venda e arrendamento) de 11 lojas próprias a um fundo privado, pelo valor total de R$ 330 milhões, com subsequente arrendamento de 15 anos (8 lojas) e 18 anos (3 lojas) que podem ser renovados por um período adicional de mesma duração.
No geral, o JPMorgan avaliou notícia como positiva, uma vez que o plano de desinvestimento anunciado está avançando considerando a alta alavancagem de 5,6 vezes dívida líquida ajustada / Ebitda (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para o ano fiscal de 2023.
No entanto, analistas do JPMorgan destacam que os recursos de R$ 330 milhões representam apenas 5% da dívida financeira bruta até o 1T23 (primeiro trimestre de 2023) e 10% da dívida líquida financeira ajustada para o ano fiscal de 2023, o que potencialmente mantém a alavancagem ainda alta em 5 vezes.
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Além disso, a transação deve aumentar os custos de ocupação em cerca de 10 pontos base em relação à estimativa de cerca de 4,5% das vendas líquidas para o ano fiscal de 2023, assumindo uma taxa de capitalização de 9%. Com a ação sendo negociada a 8,5 vezes o EV (valor da firma)/Ebitda para 2023, o JPMorgan mantém recomendação neutra para PCAR3.
A Guide Investimentos, por sua vez, apontou que o impacto é neutro. “Essa operação contribui para a liquidez da companhia no curto prazo. No entanto, a entrada de caixa será anulada pelo passivo de arrendamento no longo prazo. Portanto, não vemos impacto significativo da transação sobre o endividamento da companhia e, por isso, esperamos uma reação neutra por parte do mercado”, avalia.