Goldman Sachs reduz recomendação de Coinbase para “venda”; ações caem até 10%

A corretora de criptomoedas enfrenta uma escolha difícil entre a diluição dos acionistas e a remuneração efetiva dos funcionários

CoinDesk

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O Goldman Sachs cortou a recomendação para as ações da exchange Coinbase de “neutra” para “venda” e reduziu seu preço-alvo de US$ 70 para US$ 45, segundo relatório divulgado pelo banco nesta segunda-feira (27).

O rebaixamento foi devido à queda contínua nos preços das criptomoedas e à queda nos níveis de atividade da indústria, disse o Goldman. As ações da Coinbase caíam 7% às 12h30 (horário de Brasília), para US$ 58,35, apó chegarem a cair mais de 10% mais cedo.

No mesmo relatório, o gigante de Wall Street atualizou a recomendação da Robinhood Markets de “venda” para “neutro” com um preço-alvo de US$ 9,50. As ações da Robinhood subiam 3,5%, para US$ 8,28 no mesmo horário.

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Os níveis atuais dos ativos digitais e os volumes de negociação implicam “mais degradação” na base de receita da Coinbase, que deve cair 61% em 2022, na comparação com 2021, e 73% na segunda metade do ano, segundo o Goldman.

Embora a Coinbase tenha anunciado recentemente uma grande reestruturação, que envolveu a demissão de 18% de sua força de trabalho, o banco diz que são necessários mais cortes.

A Coinbase precisará fazer reduções substanciais em sua base de custos para “impedir a queima do caixa resultante” à medida que a atividade comercial de varejo desacelera, disse a nota.

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O Goldman ainda acrescentou que a exchange enfrenta uma escolha difícil entre a diluição dos acionistas e reduções significativas na “remuneração efetiva dos funcionários”, o que pode ter um impacto negativo na retenção de talentos.

O banco está mais pessimista em relação ao ambiente competitivo e à perspectiva de redução das taxas, dada a fusão anunciada das plataformas Coinbase e Coinbase Pro, que tem o potencial de diminuir os custos da exchange e tornar os preços mais baixos e mais disponíveis para os usuários.

Com a Coinbase negociando com um valor de mercado de cerca de US$ 11,5 bilhões em relação à sua posição líquida de caixa de quase US$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o banco vê um suporte de avaliação limitado, pois as receitas mais altas no curto prazo exigiriam preços e volatilidade de criptomoedas mais altos. A empresa também prevê um ponto de equilíbrio e projeção de EBITDA negativo nos próximos anos.

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