Gol (GOLL4): último dia de direito de subscrição de bônus é marcado por queda das ações

Ações da companhia chegaram a cair cerca de 40% desde anúncio de bônus de subscrição; hoje é o último dia para que acionistas exerçam o direito

Camille Bocanegra

(Shutterstock)

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Acaba nesta terça-feira (26) o prazo para que acionistas da Gol (GOLL4) exerçam seu direito de subscrição dos bônus da companhia. A operação foi anunciada em 15 de agosto e, desde que veio à público, derrubou as ações da companhia aérea em cerca de 40%. 

Às 11h25 (horário de Brasília) desta terça as ações preferenciais da Gol recuam 0,97%, cotadas a R$ 6,14. No fechamento de segunda-feira (25), o nome estava entre as maiores baixas, com perda de -3,58%, cotado a R$ 6,20.

Ações da Gol já acumularam queda superior a 40% desde anúncio de bônus de subscrição. Fonte: InfoMoney

Em menos de um mês e meio, a Gol acumulou revisões de recomendação e corte de preço-alvo de JP Morgan e Citi. O primeiro alterou a meta de preço de 2024 para R$ 7 (final de 2024) contra os R$ 12,50 anteriores (final de 2023), enquanto o segundo rebaixou as ações da companhia logo após o anúncio, de compra para neutro/alto risco.

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Emissão da Gol

Em aviso aos acionistas publicado em 14 de agosto, a Gol informou a emissão de até 1.891.497.584 bônus de subscrição de ações preferenciais, nominativas, escriturais, sem valor nominal e sem direito de voto.

O custo da operação seria de R$ 11,66 (R$ 5,84 por Bônus de Subscrição, no ato da operação, somados ao preço de exercício de R$ 5,82). A ação preferencial da Gol, hoje, é negociada na casa dos R$ 6.

Acerca da possibilidade de diluição da participação na companhia, o aviso assegura que não ocorrerá, desde que “tais acionistas exerçam a integralidade de seus respectivos direitos de preferência e convertam a totalidade dos seus Bônus de Subscrição em ações”.

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De acordo com o comunicado, se houver apenas a subscrição da quantidade mínima do Bônus de Subscrição (estabelecida em 991.951.681), o percentual de diluição potencial para aqueles que não realizarem a subscrição será de 70,32%. Se houver a totalidade da subscrição e o exercício dos direitos atrelados, a diluição será de 81,87%.

O direito adquirido com o Bônus de Subscrição poderá ser exercido até 2 de março de 2028 e foi iniciado em 18 de agosto de 2023.

No dia do anúncio, os papéis despencaram 12,5%, cotados a R$ 8,19. Além do temor de diluição de participação na companhia, os papéis da empresa tem sido impactados também pela alta do dólar e do preço dos combustíveis, fatores que também impactam concorrentes como a Azul (AZUL4).