Gol (GOLL4) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 2,809 bi no 4º tri; aérea reduz projeções com alta do combustível

Já a receita líquida somou R$ 2,9 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 54,5%

Felipe Moreira

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A Gol (GOLL4) registrou prejuízo líquido de R$ 2,809 bilhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), revertendo lucro de R$ 16,9 milhões no quarto trimestre de 2020.

Segundo a operadora aérea, o resultado trimestre foi impactado negativamente por despesas em decorrência do investimento necessário para retornar as aeronaves e motores ociosos para a operação, além da depreciação do real frente ao dólar em 3,5%.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado recorrente cresceu 146,9%, totalizando R$ 856,6 milhões.

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Já a margem Ebitda ajustada recorrente atingiu 29,3% no período, alta de 11 p.p. frente a margem registrada em 4T20, à medida em que a demanda prosseguiu sua tendência de retomada.

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A receita líquida somou R$ 2,9 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 54,5% na comparação com igual etapa de 2020.

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O EBIT ajustado registrado no trimestre foi de R$ 856,6 milhões. A margem operacional foi de 29,3%. Em uma base por assento-quilômetro disponível, o EBIT ajustado atingiu 9,72 centavos (R$).

Dados da operação

O número de Passageiro Quilômetro Transportado Pago(RPK) aumentou 16,6% em relação ao 4T20, e atingiu 67,3% do observado no 4T19. O RPK de dez/21 foi 74,3% do registrado em dez/19.

O total de Assento Quilômetro Ofertado (ASK) cresceu 14,5% versus o 4T20, e alcançou 66,5% do 4T19.

O ASK de dez/21 foi 74,5% do registrado em dezembro de 2019.

Nesse trimestre, a GOL transportou cerca de 6,5 milhões de Clientes, um aumento de 26,1% em relação ao 4T20, e registrou 67,9% do observado no mesmo período em 2019. Em dezembro/21, foram transportados 2,5 milhões de clientes, 72,2% do realizado em dez/19.

A taxa de ocupação média das aeronaves foi de 82,6%,um aumento de 1,5 p.p. em relação ao 4T20.
Frota

Ao final do 4T21, a frota total da GOL era de 135 aeronaves Boeing 737, sendo 112 NGs e 23 MAXs. No 4T20, a companhia contava com 127 aeronaves, sendo sete MAX (não operacionais).

A idade média da frota da empresa foi de 10,7 anos ao final do 4T21. A frota da GOL é 100% composta por aeronaves de médio porte (narrowbody) financiadas via arrendamentos operacionais.
Endividamento e liquidez

Em 31 de dezembro de 2021, a liquidez total (caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, caixa restrito, depósitos e contas a receber e títulos) totalizou R$ 1,7 bilhões, R$ 866 milhões inferior se comparado a 31 de dezembro de 2020.

Já as atividades operacionais geraram R$ 1,1 bilhões no 4T21, contra uma geração de caixa operacional de R$ 657 milhões no 4T20, demonstrando a melhoria na rentabilidade da Companhia mesmo em um trimestre de consumo de capital de giro pelo crescimento no volume das operações,principalmente decorrente do aumento no volume de vendas futuras (forward bookings).

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 20,308 bilhões no final de dezembro de 2021, crescimento de 37,7% em relação ao mesmo período de 2020.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 9,7 vezes em dezembro/21, aumento de 3,5 vezes em relação ao mesmo período de 2020.

Mudança nas projeções

Gol atualiza suas projeções em função do aumento esperado de 30% nos preços de combustível de aviação.

A operadora aérea reduziu sua expectativa para margem Ebitda de 11% para 10% em 2022.

Já para receita líquida, a companhia estima a cifra de R$ 13,7 bilhões, antes a previsão era de R$ 14 bilhões

A expectativa de lucro por ação também foi reduzida este ano, passando de R$ 0,26 para R$ 0,00.

Em relação ao endividamento, a Gol espera que o indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, atinja 8 vezes no final dezembro/22, contra 7 vezes da projeção anterior.

Para 2022, a companhia manterá o foco na transformação da frota e prevê, que até o final do ano, 44 aeronaves 737-MAX estejam em operação, representando cerca de 32% da frota total. Como resultado desse processo de modernização, a GOL espera redução de aproximadamente 8% no seu custo unitário (CASK).

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