Gol (GOLL4) lucra R$ 619,5 milhões no 1º tri, queda anual de 76%, mas acima do esperado; receita e Ebitda atingem recordes

Já o lucro líquido recorrente totalizou R$ 136,4 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 690 milhões registrado no 1T22.

Equipe InfoMoney

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A aérea Gol (GOLL4) teve lucro líquido de R$ 619,5 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), queda de 76,2% em relação aos R$ 2,6 bilhões de lucro registrados no mesmo período do ano passado, informou a companhia nesta quarta-feira (26). O número superou o consenso Refinitiv, que projetava uma cifra positiva de R$ 58,11 milhões.

Já o lucro líquido recorrente totalizou R$ 136,4 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 690 milhões registrado no 1T22.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente foi de R$ 1,24 bilhão no 1T23, avanço anual de 113,9% e considerado recorde, assim como geração de caixa operacional positiva devido ao maior volume operacional no trimestre, que possibilitou a redução acelerada da dívida, segundo a companhia.

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A receita operacional líquida também atingiu um recorde, de R$ 4,92 bilhões, 52,8% superior ao 1T22 e 4,1% acima do 4T22.

Analistas, em média, esperavam receita de R$ 4,73 bilhões para a Gol no primeiro trimestre. A expectativa para o Ebitda era de R$ 1,12 bilhão, segundo dados da Refinitiv.

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A alavancagem líquida foi de 7,9 vezes (6,0 vezes em IFRS16 e 4,6 vezes excluindo o SSN, ou Senior Secured Notes, devido em 2028), 1,6 vez inferior ao 4T22. A aérea lembra que, em março, foi concluída uma colocação privada de Senior Secured Notes com vencimento em 2028 no valor de até US$1,4 bilhão com o Abra Group.

Já a liquidez total (caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, depósitos e contas a receber) foi de R$4,4 bilhões, 36% superior ao 1T22.

A perspectiva de lucro por ação (LPA) para 2023 foi reiterada em R$ 0,30, assim como a relação entre dívida líquida e Ebitda em 6 vezes.

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A companhia gerou aproximadamente R$ 200 milhões de fluxo de caixa livre no 1T23, “decorrente do maior volume de faturamento e de iniciativas de capital de giro, parcialmente compensado pela alta no preço do querosene da aviação”.

“As iniciativas que começaram ano passado para reduzir custos, assim como aumentar a eficiência e a produtividade, continuam a entregar resultados. Isso está diretamente refletido em margens Ebitda consistentes em torno de 25%. Crescemos nossa oferta em 11% comparativamente ao 1T22, resultado da nossa eficiente gestão de capacidade e das iniciativas correntes de diversificação das fontes de receita”, afirmou a Gol em seu release de resultados.

O diretor-presidente da Gol, Celso Ferrer, definiu o início de ano da empresa como “forte”. “Durante o trimestre nós entregamos mais um aumento sequencial do nosso desempenho operacional. Continuamos a aumentar nossa oferta e, com nossa atuação disciplinada, reduzir ainda mais nossos custos e aumentar os patamares de produtividade”, disse ele, no release de resultados.