Gol faz acordo de codeshare exclusivo com American Airlines e receberá aporte de R$ 1 bi da americana

Como parte do acordo, American investirá US$ 200 milhões em 22,2 milhões de ações preferenciais recém-emitidas da Gol

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A Gol (GOLL4) informou nesta quarta-feira (15) a expansão de sua cooperação comercial com a American Airlines por meio de um acordo de codeshare exclusivo.

Codeshare é um acordo de cooperação entre companhias aéreas que transportam passageiros cujos bilhetes foram emitidos por uma empresa diferente. Em outras palavras, você compra uma passagem com a American Airlines, mas na hora de embarcar vai no avião da Gol, por exemplo.

Como parte do acordo, que terá prazo de três anos, a aérea americana investirá US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,05 bilhão) em 22,2 milhões de ações preferenciais recém-emitidas da Gol em um aumento de capital, passando a deter uma participação de 5,2% na companhia brasileira.

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“O acordo de codeshare exclusivo entre duas das principais empresas aéreas das Américas combina malhas altamente complementares e oferece aos clientes uma experiência de viagem superior, proporcionada pelo maior número de voos e destinos nas Américas do Norte e do Sul,” afirma Paulo Kakinoff, CEO da Gol, em nota.

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“Acreditamos que isso fortalecerá ainda mais a presença da Gol nos mercados internacionais, acelerará nosso crescimento de longo prazo e maximizará o valor para nossos acionistas. Também, ratifica a confiança no crescimento da companhia conforme a economia se reabre e a demanda por viagens aumenta”, completa.

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Richard Lark, diretor vice-presidente financeiro da Gol, acrescenta que o investimento, quando somado aos R$ 2,7 bilhões de capital de longo prazo captado no segundo trimestre deste ano, eleva o capital de longo prazo total levantado para mais de R$ 3,7 bilhões nos últimos seis meses, incluindo mais de R$ 2 bilhões de capital novo. “Essa liquidez adicional melhora ainda mais a flexibilidade financeira da Gol, ao mesmo tempo em que minimiza a diluição para os acionistas”, escreve, em nota.

Em vigor desde fevereiro de 2020, o codeshare existente entre as duas aéreas permite que os passageiros da Gol se conectem convenientemente a mais de 30 destinos nos Estados Unidos. Os voos da parceria atualmente operam nos hubs da Gol em São Paulo (GRU) e no Rio de Janeiro (GIG), integrando 34 opções de rotas brasileiras e internacionais, como é o caso de Montevidéu, no Uruguai.

Em relatório, o Bradesco BBI avalia que a notícia é positiva para a Gol. “Com base nas últimas projeções para o segundo semestre, a Gol esperava reportar uma liquidez total de R$ 4,2 bilhões no quarto trimestre de 2021, que agora pode saltar para R$ 5,2 bilhões – o que, em nossa opinião, deve ser suficiente para superar a pandemia de Covid-19”, escrevem os analistas.

O banco também ajustou suas estimativas para a companhia, incorporando o aumento de capital e os números de tráfego de julho e agosto de 2021, o que resultou em um aumento do preço-alvo de R$ 26,00 para R$ 27,00. O Bradesco BBI manteve sua recomendação neutra para o papel.

A visão positiva é compartilhada pela Guide Investimentos. “A Gol, que vinha buscando um parceiro estratégico depois da Delta, acaba ganhando um novo parceiro importante internacional, o que deve trazer uma escala significativa de voos internacionais para o seu negócio”, escreve o time de análise.

Nesta quarta, as ações GOLL4 apresentavam forte alta de 5,1% na B3, por volta das 10h20, negociadas a R$ 20,27.

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