Futuros dos EUA caem após semana de forte alta, com atenção aos rumos do Fed; prévia do PIB no Brasil e mais assuntos hoje

Enquanto isso, minério segue em alta com notícias de flexibilização de políticas contra Covid-19 na China; reta final da temporada de balanços no radar

Felipe Moreira

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Os índices futuros de Nova York operam em baixa, mesma direção de fechamento da maioria dos mercados asiáticos nesta segunda-feira (14), após o S&P 500 registrar seu maior ganho semanal em quase cinco meses, devido a dados de inflação abaixo do esperado.

Com o dado de inflação mais fraco, investidores apostam que o Federal Reserve (Banco Central americano) em breve vá desacelerar seu ritmo de aperto monetário.

Enquanto isso, a temporada de resultados do terceiro trimestre continua, com forte ênfase no varejo. A Tyson Foods divulga os resultados na segunda-feira antes da abertura do pregão. Os grandes varejistas Walmart, Home Depot, Target, Lowe’s, Macy’s e Kohl’s estão programados para divulgar números esta semana.

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Por aqui, destaque para o IBC-Br, conhecido como prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do brasileiro, o indicador referente a setembro será divulgado às 9h (horário de Brasília).

Confira os destaques do mercado ao vivo

Com poucos indicadores na agenda e em uma semana mais curta com o feriado de Proclamação da República na próxima terça (15), o investidor deverá acompanhar cada passo da equipe de transição do governo Lula e possíveis novas declarações do presidente eleito sobre política fiscal.

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O Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu no domingo aprovação da PEC da Transição para bancar Bolsa Família de R$ 600 e reajuste real do salário mínimo apenas em 2023.

Ânima, Embraer, Nubank, Localiza, Dasa e Orizon encerram a temporada de resultados nesta segunda-feira.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de segunda-feira, após forte alta da última semana, repercutindo dados de inflação mais brandos do que o previsto e investidores de olho nos rumos da política monetária do Fed.

Na semana passada, o S&P 500 avançou 5,9%, o Dow Jones teve alta de 4,15% e o Nasdaq saltou 8,1%. Foi o maior ganho semanal do S&P 500 desde junho e do Nasdaq desde março.

Além disso, a apuração dos votos das eleições de meio de mandato no país (conhecidas midterms) ainda não terminou, mas já resultou em uma vitória do presidente americano, Joe Biden (e ao mesmo tempo uma derrota para o ex-presidente Donald Trump): os democratas mantiveram o controle do Senado após garantir ao menos 50 cadeiras.

Mas democratas ainda podem perder o controle da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil), mas pesquisas na véspera das eleições apontavam para uma possível derrota do partido nas duas casas.

A Câmara dos EUA tem 435 representantes, e para obter maioria um partido precisa controlar ao menos 218 cadeiras.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com baixa em sua maioria, com exceção da bolsa de Hong Kong, que subiu 1,70%, impulsionado pelas ações do setor imobiliário.

Já o Nikkei, do Japão, recuou 1,06%, pressionado pela queda de 14% do peso- pesado SoftBank depois que seu fundo Vision relatou mais perdas.

Europa

Os mercados europeus operam com ligeira alta, com investidores avaliando as perspectivas do ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos após dados recentes da inflação por lá, juntamente com um alerta do membro do Federal Reserve, Christopher Waller.

Ele sugeriu em uma conferência em Sydney no domingo (13) que o mercado pode ter reagido exageradamente ao relatório de inflação (CPI) da semana passada, e disse que os formuladores de políticas ainda têm um caminho a percorrer antes que o ciclo de alta chegue ao fim.

Em relação a indicadores, investidores repercutem a produção industrial de setembro da zona do euro, que subiu 0,9% frente ao mês de agosto e 4,9% na base anual. O consenso Refinitiv previa alta de 0,3% na comparação com agosto e 3% na base anual.

Commodities

As cotações do petróleo sobem, estendendo os ganhos da sexta-feira passada, repercutindo o abrandamento das restrições relacionadas ao combate da Covid na China, alimentando as esperanças de uma recuperação da demanda pela commodity no país.

Os preços do minério de ferro na China operam em alta, também com investidores atentos a flexibilização de restrições no país.

Bitcoin

2. Agenda

Na agenda de indicadores macroeconômicos, sai o índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br. Conhecido como proxy do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o indicador referente a setembro será divulgado já nesta segunda-feira. O Itaú prevê um avanço mensal de 0,3%.

Ainda de acordo com a previsão do banco, no acumulado de 12 meses, o IBC-Br deve sofrer uma desaceleração, de 4,9% para 4,4%.

IBC-Br, inflação na Europa e balanços: o que acompanhar até sexta

Na Ásia, atenções voltadas para China, onde serão divulgados dados de produção industrial, varejo, emprego e investimentos, todos previstos para esta segunda-feira.

Brasil

8h25: Boletim Focus

9h: IBC-Br de setembro

15h: Balança comercial semanal

Japão

20h50: PIB

China

23h: Taxa de desemprego

23h: Produção industrial

23h: Vendas no varejo

3. Noticiário econômico

Ciro Nogueira fala sobre PEC da Transição

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, publicou nota no Twitter no domingo (13) na qual disse que o Progressistas, partido do qual é presidente, vai apoiar a PEC da Transição que está sendo elaborada pelo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para Nogueira, a PEC deve garantir somente os pontos comuns das duas candidaturas: R$ 600 de auxílio e aumento real do salário mínimo em 2023.

“Todos os outros temas da agenda do novo governo merecem ser, primeiro, conhecidos, assim como sua política econômica. E, depois, discutidos com a legitimidade do novo Congresso”.

Economia já dá sinais de desaceleração

A desaceleração da economia no Brasil, que era esperada pelos economistas para o fim deste ano, já começou a se concretizar há algum tempo. Dados do Itaú Unibanco mostram que a atividade atingiu seu pico em maio e, desde então, já recuou 7,35%.

A perda de fôlego deu seus primeiros sinais no setor de bens (cuja atividade caiu 8% no período) e depois no de serviços (que retrocedeu 7,3% até agora), segundo o Itaú. O indicador tem como base os gastos dos clientes do banco com cartões de crédito e débito, para captar o nível de atividade diária no país.

4. Noticiário político

Alckmin fará anuncio de novos nomes de grupos técnicos do Gabinete de Transição

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, vai anunciar nesta segunda-feira (14), em São Paulo (SP), novos nomes de integrantes dos grupos técnicos do Gabinete de Transição. Coordenador-geral do Gabinete, Alckmin fará o anúncio às 15h, na Rua Armando Penteado, 382, Pacaembu.

Lula na COP27

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva viaja hoje (14) para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP27) no Egito, mas os compromissos oficiais começam na quarta-feira (16).

A agenda inclui encontro com governadores da Amazônia Legal, pronunciamento na área da ONU e participação no fórum de povos indígenas e mudanças climáticas. Lula viajará em um jatinho cedido pelo empresário José Seripieri Junior, fundador da Qualicorp e dono da Qsaúde.

Covid

O Brasil registrou neste domingo (13) 3 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 688.738 desde o início da pandemia.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 45. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -36%.

No total, o país registrou 1.140 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 34.955.820 casos conhecidos desde o início da pandemia.

5. Radar Corporativo

A temporada de balanços chega ao fim com resultados de Ânima, Embraer, Nubank, Localiza, Dasa e Orizon nesta segunda-feira.

Azul (AZUL4)

O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) da Azul (AZUL4) aumentou 11,0% em outubro de 2022 na comparação com outubro de 2021, frente a um aumento de 18,1% da capacidade (ASKs), resultando em uma taxa de ocupação de 77,2% uma redução de 4,9 pontos percentuais comparado com o mesmo período em 2021.

Cosan (CSAN3)

O lucro líquido ajustado da Cosan (CSAN3) chegou a R$ 265,5 milhões no terceiro trimestre de 2022, queda de 50% ante o mesmo período de 2021. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, porém, houve alta, pois o lucro líquido ajustado havia sido de R$ 53,6 milhões de abril a junho.

Saiba tudo sobre os balanços do 3º tri

Houve, ainda, prejuízo líquido contábil de R$ 201,9 milhões no terceiro trimestre, enquanto no mesmo período do ano passado a Cosan tinha registrado lucro de R$ 3,265 bilhões. Já em relação ao segundo trimestre de 2022, o prejuízo aumentou 61%.

Cemig (CMIG4)

A Cemig (CMIG4) reportou lucro líquido de R$ 1,182 bilhões no terceiro trimestre de 2022, alta de 180,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano até 2022, o lucro líquido da companhia teve recuo de 3,6% no período, totalizando R$ 2,687 bilhões.

Entre julho e setembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado pela exclusão de itens não recorrentes aumentou 4,58% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 1,535 bilhão. 

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)