Índices futuros nos EUA ficam voláteis com apuração acirrada e após Trump afirmar que irá à Suprema Corte

Bolsas nos EUA subiram nos dois últimos pregões com expectativa que pleito seria tranquilo e sem muito espaço para contestações

Rodrigo Tolotti

(Getty Images)

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SÃO PAULO – Os índices futuros de ações nos Estados Unidos operam bastante voláteis nesta quarta-feira (4) diante da apuração dos votos nas eleições para presidente, que segue bastante acirrada e sem um vencedor definido, como já era de se esperar.

Os ativos iniciaram a noite com leves ganhos seguindo o otimismo o último pregão regular, mas viraram para queda conforme o presidente Donald Trump ganhava força na apuração contra o democrata Joe Biden, para em seguida passarem a subir forte com o republicano liderando na apuração em estados importantes.

O movimento foi revertido novamente diante das incertezas dos resultados e com o discurso de Trump, que se declarou vitorioso – ainda que não seja possível afirmar isso – e alegou fraude na apuração. “Iremos para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Queremos que todas as votações parem”, disse ele.

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Diante disso, às 8h52 (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones subiam 0,06%, a 27.392 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 tinha alta de 0,80%, a 3.388 pontos, ao passo que os futuros do Nasdaq operavam com ganhos de 2,55%, para 11.553 pontos.

O rendimento dois títulos do Tesouro de 10 anos caiu para 0,80% após atingir brevemente uma alta para 0,945% ainda no começo da apuração.

Durante o pregão regular de terça, as bolsas subiram forte com a expectativa de um cenário em que Biden poderia vencer com maior tranquilidade, evitando contestações e a prorrogação da apuração por dias.

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Entre alguns dos estados que são considerados importantes para o resultado, Trump ganhou força e conseguiu conquistar, como Flórida, Texas e Ohio.

Apesar disso, Biden conquistou o Arizona e a disputa segue apertada na Geórgia e Pensilvânia. Para vencer a eleição, são precisos 270 delegados (entenda aqui como funciona o processo eleitoral dos EUA).

O mercado se animou nos dois últimos pregões com a expectativa de que haveria pouca margem para contestação do resultado das eleições, o que tornaria o processo mais rápido.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.