Entenda como funciona a eleição para presidente dos EUA e por que ela impacta o investidor brasileiro

Processo é bem diferente do que ocorre no Brasil e seus dois principais pontos são que nos EUA o voto não é obrigatório e a eleição é indireta

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A eleição dos Estados Unidos é uma das disputas presidenciais mais importantes do mundo, mas diferente do que ocorre no Brasil e em muitos outros países, o pleito americano é bastante complexo e muitas pessoas não entendem como ele funciona.

No vídeo acima explicamos os detalhes de como funciona o processo eleitoral, mas, em geral, para conseguir compreender o seu funcionamento é preciso ter duas coisas em mente: nos EUA o voto não é obrigatório e a eleição é indireta.

O primeiro ponto afeta a forma como a campanha é feita, já que os candidatos precisam se esforçar não só em ganhar os votos, mas fazer com que os eleitores saiam de casa e votem. Isso em um processo em que a eleição ocorre na primeira terça-feira de novembro e não é feriado, ou seja, as pessoas trabalham normalmente e precisam se organizar caso queiram ir votar.

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Já o fato de ser uma eleição indireta é o que mais confunde quem não está acostumado com o processo. Basicamente, o eleitor, na cédula, vota em seu candidato, mas o voto mesmo vai para o chamado delegado, que é um representante dos estados e que irá fazer o voto no candidato conforme a decisão da população local.

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Para escolher o presidente, são 538 delegados distribuídos de forma proporcional à população de cada estado. Por exemplo, a Califórnia tem 55 delegados, enquanto Nevada tem apenas 4. Vence o candidato que conseguir 270 destes votos.

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Este processo é bastante parecido com o que ocorre nas chamadas primárias, que são a fase de escolha dos candidatos de cada um dos principais partidos do país: democrata e republicano.

Um ponto importante é que em quase todos os estados existe o chamado “winner takes all” (“o vencedor leva tudo”, em inglês), ou seja, o candidato que obtiver a maioria dos votos no estado leva todos os delegados, não importa a diferença percentual.

E é por conta disso, que nem sempre o candidato que tem a maioria dos votos totais da população é o vencedor, já que ele precisa focar em ganhar mais delegados. Foi o que aconteceu, por exemplo, em 2016, quando a democrata Hillary Clinton teve quase 3 milhões de votos a mais que o republicano Donald Trump, mas perdeu a eleição.

Para entender todos os detalhes do processo eleitoral americano veja o vídeo acima, que ainda mostra porque a escolha do presidente dos EUA tem impacto direto no investidor aqui no Brasil.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.