Fundos imobiliários devolvem ganhos da sessão e fecham semana na estabilidade

O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados da Bolsa – operou no campo positivo durante boa parte da sessão desta sexta-feira (4), mas fechou o dia com leve queda de 0,01%, aos 2.741 pontos. Na semana, o indicador terminou com ganhos de 0,02%. O fundo VBI Reits (RVBI11) liderou a lista das maiores altas do dia, com elevação de 1,69%. Confira os outros destaques da sessão ao longo do Central de FIIs.

Uma das apostas dos analistas para 2022, o fundo BTG Pactual logística aprovou a realização da 11ª emissão de novas cotas e pretende captar R$ 100 milhões, aponta fato relevante divulgado nesta quinta-feira (3).

De acordo com o documento, o preço unitário das novas cotas foi estipulado em R$ 100,19, já considerando a taxa de distribuição de R$ 0,19. Na sessão anterior, os papéis foram negociados a R$ 102,90, com alta de 0,29%.

Cotistas do fundo terão direito de preferência que poderá ser exercido entre os dias 10 e 22 de março de 2022. O fator de proporção é de 6%.

Caso não haja interesse na subscrição, os cotistas poderão negociar o direito de preferência.

Com patrimônio líquido na casa de R$ 1,5 bilhão, o portfólio do BTG Pactual logística é composto por 15 imóveis que somam, juntos, uma área bruta locável (ABL) de 564 mil metros quadrados.

De acordo com o último relatório do fundo imobiliário Hedge Top FoF (HFOF11), que monitora mensalmente as novas ofertas do segmento, o volume de emissões dos FIIs desacelerou no início de 2022. Em janeiro, as captações somaram R$ 200 milhões.

O número do primeiro mês do ano, aponta o Hedge FoF, ficou muito abaixo da média mensal de 2021, de R$ 4,3 bilhões. Em dezembro, o total captado foi de 47,4 bilhões.

Maiores altas desta sexta-feira (4):

Maiores baixas desta sexta-feira (4):

Fonte: B3

XP Properties aluga conjunto na Faria Lima, Ourinvest Logística oferece imóvel para pet shops e mais assuntos

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

XP Properties (XPPR11) aluga pavimento no Faria Lima Plaza, em São Paulo.

O fundo XP Properties anunciou nesta sexta-feira (4) que assinou contrato para a locação do 9º pavimento do Edifício Faria Lima Plaza, localizado em São Paulo (SP).

O contrato prevê a locação do espaço de 2 mil metros quadrados durante 60 meses.

De acordo com os gestores, a receita acumulada com a nova locação será de aproximadamente R$ 0,33 por cota.

No último relatório gerencial, o XP Properties apontava uma vacância de 46% no portfólio formado por seis imóveis, focados em lajes corporativas.

Ourinvest Logística (OULG11) oferece imóvel no Rio de Janeiro para pet shops

Fundo Ourinvest Logística comunicou ao mercado que iniciou negociação para locação do imóvel Galpão 1, em Duque de Caxias (RJ).

Nesta quinta-feira (3), os gestores enviaram proposta oferecendo o espaço para as empresas American Pet e O Amigão, que atuam na área de pet shop.

Entre outros pontos, a oferta prevê aluguel mensal de R$ 600 mil durante 120 meses. O indexador do contrato seria o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).

Em caso de acordo, o Ourinvest Logística calcula um acréscimo de 74% na receita com aluguel, equivalente a R$ 0,45 por cota a partir de setembro.

Além do Galpão 1, em Duque de Caxias, que aguarda locatários, o fundo conta ainda com outro imóvel em Juiz de Fora (MG), totalizando uma ABL de 80 mil metros quadrados.

NCH EQI (EQIN11) terá novo ticker na próxima semana

A empresa EuQueroInvestir deixou, nesta quinta-feira (3), a posição de cogestora do fundo NCH EQI High Yield Recebíveis Imobiliários. A renúncia foi aceita pela NCH Brasil, que passa a gerir exclusivamente o FII.

Em razão do ocorrido, os gestores anunciaram a mudança do ticker do fundo, que será alterado de EQIN11 para NCHB11. As cotas do fundo serão negociadas com o novo código a partir do dia 10 de março.

Giro imobiliário: Após crescer 46% em 2021, crédito imobiliário deve reduzir ritmo, aponta Abecip

Depois de crescer 46% no País, chegando a R$ 255 bilhões em 2021, o crédito imobiliário tende a frear em 2022, conforme a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Diante da alta da taxa básica de juros (Selic), os bancos e as entidades de financiamento ao segmento dão como certa a desaceleração do crédito neste ano. A subida dos juros elevou as taxas que as instituições financeiras cobram dos clientes, o que contém o ímpeto para novos projetos. A inflação também deve reduzir a propensão do consumidor a comprar imóveis em 2022.

O crescimento em 2021 foi puxado pelos financiamentos com recursos da poupança, que subiram 66% em relação a 2020. O financiamento via Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caiu 3%.

O recorde deve ser renovado em 2022, mas sem placar elástico. A Abecip espera que o financiamento cresça 2%, com um declínio de 5% nas concessões via poupança. “Temos um ano de desafios: o PIB vai desacelerar, o desemprego pode ter um pouco de aumento, temos a inflação ainda sustentada e níveis de confiança com tendência de redução”, diz o presidente da entidade, José Ramos Rocha Neto.

Nos bancos, a percepção é semelhante. “Sem dúvida (vai desacelerar), e a redução vem principalmente em função do aumento da taxa de juros”, afirmou o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, em entrevista no início do mês.