Frontier Airlines torna-se quarta companhia aérea dos EUA a pedir concordata

Processadora de cartões de crédito se recusa em prosseguir com venda de passagens; ações despencam 74% no pré-market

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo nesta sexta-feira (11) vem recheado de notícias negativas, sendo uma delas o pedido de concordata feito pela Frontier Airlines, a quarta companhia aérea norte-americana a requisitar tal estado em menos de um mês.

No entanto, ao contrário das outras companhias, a concordata da Frontier deve-se pela recusa de sua processadora de cartões de crédito em prosseguir com os procedimentos de venda de passagens, o que diminui severamente as condições de liquidez da empresa.

A Frontier espera que possa continuar realizando seus vôos normalmente enquanto que, paralelamente, busca financiamento adicional no mercado. “Felizmente, temos dinheiro suficiente para manter nossas operações enquanto tomamos os passos necessários para fortalecer nossa companhia”, afirmou o chefe-executivo da Frontier, Sean Menke.

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Segundo os documentos enviados pela companhia à corte de Manhattan especializada no assunto, a Frontier possui uma dívida de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão. Em resposta à notícia, suas ações despencam 74,5% no pré-market norte-americano, contribuindo para o desempenho negativo dos mercados futuros por lá.

Crise aérea nos EUA

A deterioração nas condições macroeconômicas dos EUA, como a alta taxa de desemprego e o menor crescimento na atividade do país, aliada à crescente inflação, que impacta o bolso dos norte-americanos e eleva o preço dos combustíveis, foi apontada como causa dos pedidos de concordata de Skybus, Aloha e ATA Airlines.

O episódio em torno da Frontier Airlines é mais um da crise aérea no mercado norte-americano. Além dos pedidos de concordata, o país assistiu a milhares de cancelamentos de vôos nos últimos dias, ocasionados principalmente por problemas operacionais nos aviões da American Airlines.