Fitch reafirma rating da Petrobras; estreia de Orizon e Eletromidia na B3, CSN Mineração capta R$ 5,2 bi e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (17)

Equipe InfoMoney

Instalações de petróleo da Aramco (divulgação)

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SÃO PAULO – A volta do feriado deve ser de repercussão da alta dos ADRs, na prática as ações de empresas brasileiras negociadas na bolsa de Nova York, na véspera, dia em que a B3 esteve fechada por conta do Carnaval.

Dentre os principais ADRs brasileiros, Petrobras avançou 1,42% a US$ 10,70 na NYSE, Vale teve ganhos de 3,03% a US$ 18,03, Itaú Unibanco registrou leve ganho de 0,19% a US$ 5,18 e Bradesco teve alta de 0,64% a US$ 4,72. Veja mais clicando aqui. Ontem, o índice Dow Jones Brazil Titans subiu 1,46% a 19.016 pontos e o ETF (um tipo de fundo passivo negociado em bolsa) EWZ iShares MSCI Brazil Capped registrou alta de 0,56% a US$ 36,23.

Vale destacar que hoje é dia de pregão reduzido, com a abertura da B3 às 13h (horário de Brasília).

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Em destaque no noticiário corporativo desta sessão, a Fitch reafirmou na terça-feira o rating BB- da Petrobras, com perspectiva negativa. Ainda no radar do mercado, moradores de Maceió (AL) atingidos pelo acidente geológico associado a operações da Braskem na região ingressaram com uma ação coletiva contra a petroquímica na Holanda para buscar reparações. O país é a sede europeia do grupo brasileiro.

A sessão também marca a estreia de Eletromidia e Orizon na B3. Ainda no radar dos investidores, há a repercussão do IPO da CSN Mineração, que movimentou R$ 5,2 bilhões. Os papéis estreiam na B3 na quinta-feira. Confira mais destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Fitch reafirmou na terça-feira o rating BB- da Petrobras, com perspectiva negativa. A agência informa em comunicado que manteve sua avaliação sobre o perfil de crédito “stand-alone” (risco intrínseco, ou SCP, na sigla em inglês) da empresa, em bbb, refletindo a estrutura de capital da companhia e a redução de dívidas.

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Os ratings da Petrobras são ligados aos ratings soberanos do Brasil, por causa da grande participação do governo na companhia e seu controle potencial, bem como pela importância estratégica da empresa para o País, diz a Fitch. O panorama negativo para a empresa sobre moeda estrangeira também é aplicado ao Brasil.

O “potencial” retorno de uma interferência política mais forte na estratégia da Petrobras, por meio dos preços domésticos da gasolina e do diesel, afetaria negativamente a geração de fluxo de caixa da empresa e o SCP, na visão da Fitch. O fator é particularmente relevante em tempos de desvalorização do real em relação ao dólar, o que aumenta os preços dos combustíveis, e o risco de interferência, avalia.

Por sua vez, a Fitch aponta que a estratégia foi utilizada em 2018, devido à “volatilidade” dos preços e pressão social, mas não se repetiu em 2019 e 2020.

Orizon (ORVR3)

A ação da Orizon estreia na B3 nesta quarta-feira. A abertura de capital na última semana movimentou R$ 554 milhões, a R$ 22 por ação.

Cerca de R$ 381,4 milhões foram da venda de ações novas, cujos recursos a companhia informou usar para investimentos em expansão, aquisições, amortização de dívida e reforço do capital giro.

Acionistas da companhia, incluindo veículos de investimentos Inovatec Participações e Spectra Portinari, venderam o equivalente a R$ 172,55 milhões em participação na oferta.

A Orizon é uma companhia companhia fluminense de tratamento de resíduos ambientais e geração de biogás.

A companhia está no mercado desde 1999 e destaca oferecer uma linha completa de soluções integradas de gestão e beneficiamento de resíduos, que vão desde a reciclagem até a geração de biogás e energia elétrica.

Entre 2017 e 2019, apresentou crescimento médio anual de receita líquida de 23%.

Ela possui mais de 500 clientes corporativos, como: Braskem, WilsonSons, Michellin, CSN, Shell, Dupont, Cyrella, L ́oreal, Arcellor Mittal, Ipiranga, Nuclep, Saint Gobain, SWM, e Owen Illinois.

Eletromidia (ELMD3)

A ação da Eletromidia também estreia na B3 nesta quarta-feira.  Na oferta inicial de ações (IPO), a empresa levantou R$ 871,6 milhões, a R$ 17,81 por papel.

A companhia captou R$ 700 milhões com a venda de ações novas. Os fundos Vesuvius LBO e Olonk, sócios na empresa, venderam o equivalente a R$ 171,6 milhões no negócio.

A Eletromidia é a maior companhia de painéis de publicidade do país, sendo que, em setembro de 2020, por volta de cerca 22 milhões de pessoas eram expostas diariamente às telas da empresa, em 18 Estados.

Fundada em 1993 e com sede em São Paulo, a Eletromidia conta com 54 mil painéis tanto digitais como estáticos expostos em locais como elevadores, metrô, shopping centers e aeroportos.

A Eletromidia destacou no prospecto preliminar do IPO que pretende usar os recursos da oferta primária para executar seu plano de expansão, investir em tecnologia, fazer “aquisições oportunísticas” e obter novas concessões.

Em termos orgânicos, a empresa estima que haja um conjunto de concessões públicas e privadas para os próximos cinco anos com um potencial de receita adicional de R$ 750 milhões, com foco nos segmentos de aeroportos e ruas.

A Eletromidia teve Ebitda negativo de R$ 14,5 milhões nos primeiros nove meses deste ano, ante número positivo de R$ 31,5 milhões em igual etapa de 2019, refletindo a retração econômica pelos efeitos da pandemia da Covid-19.

CSN Mineração (CMIN3)

A oferta inicial de ações (IPO) da CSN Mineração foi precificada a R$ 8,50 cada na sexta-feira, movimentando R$ 5,2 bilhões.

O preço saiu no piso da faixa indicativa dos coordenadores da oferta, que ia até R$ 11,35.

Com a venda de R$ 1,37 bilhão em ações novas, a companhia pretende investir em projetos como Itabirito P15 e de recuperação de rejeitos de barragem Pires e Casa de Pedra, a principal mina da empresa, localizada em Congonhas (MG).

Além disso, a siderúrgica CSN CSNA3.SA, a Japão Brasil e a sul-coreana Posco levantaram o equivalente a R$ 3,85 bilhões com a venda de participações no negócio.

Antes da oferta, a CSN tinha 87,5% da CSN Mineração e, pelo cálculos da companhia, após a operação, sem considerar os lotes adicionais de papéis, reduziria essa fatia para 79,1%.

A ação deve estrear na Bovespa na próxima quinta-feira (18).

CCR (CCRO3)

Em comunicado ao mercado divulgado na segunda, a CCR informou que o tráfego total de veículos na concessionária de Rodovias Integradas do Norte do Paraná (Rodonorte) caiu 2,3% na semana de 5 a 11 de fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2020.

Por segmento, o trânsito de veículos de passeio subiu 0,5%, enquanto o tráfego de veículos comerciais caiu 3%% na base comparativa.

Ecorodovias (ECOR3)

A concessionária Ecorodovias publicou na terça-feira um balanço mostrando que o tráfego nas estradas está se recuperando em 2021, mas ainda não foi suficiente para reverter as perdas acumuladas desde que o começo da pandemia. O fluxo consolidado de veículos pesados e leves pagantes de pedágios neste ano, até 14 de fevereiro, já supera em 5% o registrado no mesmo período do ano passado.

Já o fluxo consolidado desde o começo da crise sanitária (desde 16/03/20 até 14/02/21) ainda está 4,8% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior (18/03/19 a 16/02/20).

A Ecorodovias também publicou o volume do tráfego em termos comparáveis, excluindo desse cálculo a cobrança de pedágio na Eco135, Eco050 e Ecovias do Cerrado, estradas que passaram a ingressar o grupo mais recentemente e/ou tiveram inaugurações de novas praças de pedágio nos últimos trimestres. Nesses termos, o tráfego acumula baixa de 3,8% em 2021. O resultado, entretanto, também representa uma melhora. Desde a chegada da pandemia, houve uma retração de 9,5%.

Braskem (BRKM5)

A Braskem informou nesta quarta-feira que a Agência Nacional de Mineração (ANM) desistiu da exigência de medidas adicionais ao plano de fechamento de uma mina de sal-gema, em Maceió (AL). A Braskem alegava que essas medidas extras poderiam acarretar valor estimado de cerca de R$ 3 bilhões.

A agência aceitou medidas previstas no plano de fechamento de mina originalmente proposto pela Braskem, cujo valor de R$ 1,2 bilhão já havia sido provisionado.

Mas a empresa afirmou que a ANM seguirá acompanhando os resultados das ações para fechamento e monitoramento de mina, podendo ser necessárias novas avaliações e provisionamentos.

Dias antes, moradores de Maceió atingidos pelo acidente geológico associado a operações da Braskem na região ingressaram com uma ação coletiva contra a petroquímica na Holanda para buscar reparações. O país é a sede europeia do grupo brasileiro.

A empresa paralisou preventivamente toda a atividade de extração de sal-gema em maio de 2019, após um evento que afundou o solo de alguns bairros da capital alagoana e causou tremores de terra. O produto serve de matéria-prima para a produção de PVC.

No final do ano passado, a Braskem anunciou um acordo para encerrar duas ações civis públicas referentes ao evento. Os processos envolviam a compensação de moradores e a reparação socioambiental. A companhia estima que as provisões totais para bancar as compensações alcance R$ 10 bilhões e já realocou mais de nove mil famílias, entre um total de 15 mil atingidas.

Na ação iniciada na Holanda, os moradores são representados pelo escritório PGMBM, que diz já ter casos contra grandes multinacionais, entre os quais os desastres de Brumadinho e de Mariana, envolvendo a Vale, ambos em Minas Gerais. O processo também conta com parceria do escritório brasileiro Neves Macieywski, Garcia e Advogados, além do holandês Lemstra Van der Korst.

O PGMBM diz, em nota, que o grupo de moradores buscou a ação numa corte estrangeira devido à demora da justiça local e à falta de perspectiva de indenizações. Segundo o escritório, eles também alegam que o volume de indenizações é insuficiente.

Procurada, a Braskem afirmou que celebrou em dezembro acordos com as autoridades alagoanas para a compensação financeira e realocação de moradores em Maceió e para a reparação socioambiental dos bairros afetados pelo evento geológico. Lembrou ainda que os acordos encerraram as ações civis públicas relacionadas aos temas.

Segundo a companhia, o acordo para a realocação e compensação financeira dos moradores dos bairros afetados cobre toda a área atingida pelo fenômeno geológico (cerca de 15 mil imóveis) e mais de 99% das propostas de indenização apresentadas aos moradores dessa área até o momento foram aceitas.

A Braskem afirma ainda que a ação da Holanda envolve 15 pessoas físicas “que afirmam residir em Maceió” e que vem tomando as medidas judiciais cabíveis.

Após a interrupção das atividades provocadas pelo evento geológico, a petroquímica decidiu retomar as operações na unidade de cloro e soda em Maceió no início de fevereiro, com o sal importado do Chile. A companhia diz que pesquisa outros pontos no Estado para a exploração da matéria-prima e garante que a extração não será feita mais em área urbana para evitar novos acidentes.

A Braskem também já havia apresentado a autoridades medidas para o encerramento definitivo da extração de sal e fechamento de seus poços em Maceió. Entre as ações, foi criada uma área de resguardo em torno de 15 poços com a realocação de pessoas e desocupação de cerca de 500 imóveis, “além do monitoramento contínuo das áreas vizinhas”.

Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3)

Na noite de segunda-feira, Hapvida e NotreDame Intermédica confirmaram em fato relevante as negociações entre as empresas para fusão de suas operações, mas informando que não há documentos assinados confirmando a união oficialmente, ao menos por enquanto.

A Hapvida comunicou que “as negociações têm avançado adequadamente e que espera, em breve, chegar a um acordo vinculante quanto aos termos e condições finais da operação proposta à Intermédica”.

Ambas as empresas, Hapvida e NotreDame, disseram que a estrutura combinada teria dois CEOs, Irlau Machado Filho e Jorge Pinheiro, atuais presidentes, além da manutenção dos atuais administradores das duas empresas.

Alpargatas (ALPA4)

A Alpargatas teve lucro líquido atribuído aos sócios controladores de R$ 54,1 milhões no quarto trimestre do ano passado, 55,3% menor frente igual período de 2019. No ano de 2020, o lucro da companhia somou R$ 140,2 milhões, queda de 48,9%.

A receita líquida no trimestre foi a R$ 1,1 bilhão, enquanto no acumulado do ano a receita cresceu 2,6% e chegou a R$ 3,28 bilhões, recorde.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) recuou 23,8% no quarto trimestre, a R$ 153,9 milhões. Em 2020, o Ebitda foi de R$ 435,9 milhões, 24,6% menor no comparativo anual.

JBS (JBSS3)

Segundo o jornal Valor, a JBS está trabalhando no fortalecimento das marcas que já compõem o seu portfólio. A companhia tem entre as suas marcas a Seara.

*Correção: a matéria tinha incorreções sobre a reportagem divulgada sobre a JBS, que foram corrigidas às 15h (horário de Brasília). 

Eletrobras (ELET3;ELET6)

A estatal Eletrobras informou na sexta-feira que fundos de investimentos da gestora de recursos 3G Radar diminuíram a participação acionária na companhia.

Os fundos da empresa, parceira da 3G Capital, que tem entre os sócios os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, passaram a deter 27,98 milhões de ações preferenciais classe B da companhia, ou cerca de 9,995% dos papéis preferenciais.

A fatia da gestora na Eletrobras somava em novembro 30,35 milhões de ações preferenciais classe B, ou 10,84% dos papéis dessa espécie, segundo informações do site da Eletrobras.

Setor de celulose

O Morgan Stanley afirmou que os estoques de celulose caíram para baixas históricas em dezembro. O banco está otimista quanto à perspectiva de alta de preços da celulose devido à recuperação global dos preços, oferta restrita devido a paradas para manutenção de maquinário e maior consumo de papel no primeiro semestre, com a volta do trabalho em escritórios. Por isso mantém-se otimista quanto à perspectiva para a América Latina.

(Com Reuters e Agência Estado)

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