Fisher, do Fed, defende redução no QE3 em dezembro e calendário definido

O Fed se reúne novamente para decidir sobre política monetária na próxima semana; a maioria dos economistas espera que a mudança no programa ocorra somente no próximo ano

Reuters

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CHICAGO – O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deveria dar início à redução do programa de compra de títulos na próxima semana, delineando uma trajetória claramente definida para a retirada completa do estímulo, disse nesta segunda-feira o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher.

“É hora de reduzir o estímulo”, disse Fisher em declarações preparadas para pronunciamento em evento em Chicago.

O Fed se reúne novamente para decidir sobre política monetária na próxima semana. A maioria dos economistas espera que a mudança no programa ocorra somente no próximo ano.

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Afirmando que os custos do programa de compra de títulos do Fed, atualmente em 85 bilhões de dólares ao mês, “excedem de longe” os benefícios, Fisher defendeu reduzi-lo “na oportunidade mais próxima” e articular uma trajetória clara e bem definida para seu fim, em alguma data estabelecida.

Segundo ele, isso tornaria mais fácil para os mercados financeiros digerirem a mudança na política do Fed. Pelo menos três de seus colegas no Fed já sinalizaram a mesma postura para dar fim ao QE3.

Quando o Fed sinalizou mais recentemente que estava caminhando para retirar o programa de compra de títulos, investidores elevaram as taxas de juros dos mercados mais rápido e em maior nível do que o banco central esperava. O aumento nos juros ameaçou desacelerar a frágil recuperação e foi um dos fatores por trás da decisão do Fed de não reduzir o ritmo de aquisição de ativos na reunião de setembro.

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“Devemos deixar claro que, à exceção de alguma crise econômica séria, continuaremos no caminho de redução”, afirmou a autoridade do Fed.

Fisher, que terá poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed no próximo ano, tem se colocado contra o programa de compra de títulos do Fed desde seu início, argumentando que sem clareza na política fiscal, nenhum montante de dinheiro barato será suficiente para fazer com que as empresas voltem a contratar.