Fintech processa exchange Gemini por roubo de US$ 37 milhões em criptomoedas

Empresa alega que os protocolos de segurança da corretora são falhos e facilitaram o ataque

CoinDesk

Cameron e Tyler Winklevoss deixam tribunal em Boston, EUA, durante julgamento de ação contra o Facebook em 2007 (REUTERS/Brian Snyder)

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O IRA Financial Trust, provedor de contas de aposentadoria cripto que em fevereiro perdeu US$ 37 milhões em um roubo, processou a exchange Gemini, seu custodiante e parceiro comercial. A fintech alega que os protocolos de segurança supostamente falhos da corretora levaram à drenagem das contas de seus clientes.

Em uma ação civil movida na segunda-feira (6) em um tribunal distrital federal, a empresa com sede na Dakota do Sul, nos Estados Unidos, apontou o dedo diretamente para a Gemini por um hack que deixou dezenas de aposentados transtornados.

Alguns clientes disseram anteriormente ao CoinDesk que escolheram o IRA Financial em grande parte por causa de sua associação com a exchange de criptomoedas dos gêmeos Winklevoss.

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No processo, o IRA Financial disse que a Gemini falhou em proteger os ativos de seus clientes, alegando que uma série de medidas de segurança falharam quando os ladrões exploraram a “chave mestra” do provedor em 8 de fevereiro.

“O IRA aprendeu desde então – da maneira mais difícil, como explicado abaixo – que quem possui a chave mestra pode ignorar todas as supostas proteções de segurança”, diz a queixa. “A Gemini nunca informou o IRA sobre o poder dessa chave mestra”.

“Rejeitamos as alegações no processo”, falou um porta-voz da exchange ao ConDesk. “Nossos padrões de segurança estão entre os mais altos do setor e os atualizamos constantemente para garantir que nossos clientes estejam sempre protegidos. Sobre o caso, assim que o IRA Financial nos notificou sobre seu incidente de segurança, agimos rapidamente para mitigar a perda de fundos de suas contas.”

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Detalhes do roubo

O processo lança pouca luz sobre como os ladrões conseguiram a chave mestra, mas corrobora uma reportagem do CoinDesk de fevereiro que mostrou que uma equipe da SWAT desceu à sede do IRA Finanical no dia do hack.

“A polícia mais tarde informou ao IRA que acreditava que a visita era uma manobra para distrair os funcionários do provedor”, diz o processo.

No hack os ladrões drenarem as contas dos clientes do IRA Financial, uma a uma. Esse furto fragmentado ocorreu em 8 de fevereiro, e durou duas horas. Naquele dia, o provedor alegou que tentou e não conseguiu fazer com que a Gemini congelasse todas as contas. Milhões de dólares foram roubados nesse intervalo, afirmou o IRA Financial.

O processo do IRA Financial adiciona outra dor de cabeça aos problemas crescentes da Gemini. Além disso, os clientes também podem partir para a briga contra a exchange; quando o CoinDesk fez contato pela última vez com um grupo de vítimas do hack em fevereiro, eles estavam procurando advogados na tentativa de recuperar seu dinheiro.

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