Embraer (EMBR3) segue na esteira de boas notícias após prévia e ação renova máximas

Embraer entregou um total de 61 aeronaves no período, o que representa um crescimento anual de 30%

Felipe Moreira

Logo da Embraer 3/7/2024 REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo
Logo da Embraer 3/7/2024 REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo

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A Embraer (EMBR3) voltou a se destacar na sessão desta quinta-feira (3) de máxima histórica para o Ibovespa, com os papéis da fabricante de aeronaves também renovando máximas ao subir 4,42%, a R$ 83,14. Os ganhos, desta vez, ocorreram após a divulgação da prévia operacional do segundo trimestre, que veio acima das expectativas e animou os investidores.

A Embraer entregou um total de 61 aeronaves no período, o que representa um crescimento anual de 30%. A distribuição foi a seguinte: (i) 19 aeronaves comerciais (estável em relação ao ano anterior); (ii) 38 jatos executivos (alta de 41% na comparação anual); e (iii) 4 aeronaves de defesa e segurança, todas do modelo A-29 Super Tucano.

Para o Bradesco BBI, os números foram positivos, com destaque para a divisão de aviação executiva, que surpreendeu novamente ao superar as expectativas do mercado. Foram 38 jatos entregues no 2T25, contra 27 no mesmo período de 2024 e acima das 33 unidades projetadas pelo consenso. No 1T25, a Embraer também já havia superado as estimativas em duas unidades nesse segmento. Na avaliação do banco, o aumento nas entregas pode favorecer as margens da companhia.

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O banco também destacou a entrega de quatro aeronaves Super Tucano, ante nenhuma no 2T24, o que deve contribuir positivamente para os resultados do segmento de defesa e segurança.

Ainda segundo o BBI, a Embraer entregou 25% do ponto médio de sua meta anual para jatos executivos apenas no 2T25, desempenho superior aos 21% registrados no mesmo trimestre de 2024. No acumulado do primeiro semestre, a empresa alcançou 41% do ponto médio da orientação, frente a 35% em 2024 e 33% em 2023. Para o banco, isso indica um avanço no nivelamento da produção, especialmente na aviação executiva, reduzindo o risco de descasamento entre produção e entregas e diminuindo a dependência do segundo semestre.

Com esse desempenho, a Embraer precisará elevar suas entregas de jatos executivos em apenas 5% no segundo semestre, em base anual, para alcançar a meta de 150 unidades em 2025. O BBI observa que a empresa reiterou sua projeção para o ano de: (i) 77 a 85 entregas de aeronaves comerciais (alta de 11% ano contra ano); e (ii) 145 a 155 entregas de aeronaves executivas (crescimento de 15%).

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Além disso, o banco considera a Embraer bem posicionada para cumprir seus objetivos financeiros para 2025, que incluem: (i) receita entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões; (ii) margem EBIT ajustada de 7,5% a 8,3%; e (iii) geração de caixa de pelo menos US$ 200 milhões.

Diante desse cenário, o BBI manteve sua recomendação de compra para Embraer e elevou o preço-alvo de R$ 90,00 para R$ 97,00, incorporando os dados do 1T25, as entregas do 2T25 e o aumento da projeção de entregas de jatos executivos para 150 unidades em 2025 (ante 145) e 160 no longo prazo (ante 155).

Saiba mais: Embraer: boas notícias continuam e ação EMBR3 sobe 4,42% com novos pedidos de aérea

O Itaú BBA avaliou que os números totais de entregas divulgados pela Embraer vieram acima de suas projeções, impulsionados por uma surpresa positiva no segmento de aviação executiva, que registrou alta de 41% em relação ao segundo trimestre do ano anterior. Esse desempenho compensou o volume de entregas de aeronaves comerciais, que ficou estável na comparação anual e abaixo do esperado pelo banco.

Segundo o BBA, para que a Embraer atinja o centro da meta de entregas de aeronaves comerciais para 2025, será necessário um crescimento de 17% nas entregas no segundo semestre, algo que a instituição acredita ser factível. No segmento executivo, as entregas precisariam crescer apenas 5% na mesma base de comparação, o que, na visão do banco, sugere um viés de alta em relação à projeção atual.

O BBA reiterou recomendação de compra e preço-alvo de US$ 62 por ADR.

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Embora a carteira de pedidos ainda não tenha sido divulgada, o JPMorgan estima que ela tenha alcançado aproximadamente US$ 33,2 bilhões no 2T25, o que representa alta de 26% na comparação trimestral e de 57% em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com os cálculos do banco, o mix de entregas no trimestre implica em uma receita de aproximadamente US$ 1,81 bilhão — 7% acima da estimativa do próprio JPMorgan (US$ 1,69 bilhão) e 10% acima do consenso (US$ 1,65 bilhão).

O JPMorgan observa que as ações EMBR/ERJ são negociadas a 9,5 vezes o múltiplo EV/EBITDA projetado para 2026, em comparação com 11,1 vezes para a Airbus (AIR), 9,3 vezes para a Bombardier (BBD/B) e 23,0 vezes para a Boeing (BA). Com isso, o banco reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 93 por ação.