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A Embraer (EMBR3) teve, segundo analistas, uma série de notícias positivas nos últimos dias. Destaque para a entrada da American Airlines no board do projeto Energia, de desenvolvimento de aeronaves sustentáveis e para a aprovação de R$ 2,4 bilhões de um financiamento do BNDES.
Para o Citi, a assinatura de memorando de entendimentos da American Airlines em grupo consultivo, sendo que é uma das maiores companhias aérea do mundo, mostra um sinal positivo de que os mercados estão interessados no projeto da Embraer. “No entanto, as iniciativas ficam muito no longo prazo”, pondera o banco americano.
“Notícias positivas para a Embraer, pois a empresa está se associando a especialistas-chave da indústria para desenvolver sua aeronave conceitual Energia”, fala o BBI.
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O memorando de entendimentos é para a entrada da companhia aérea dos Estados Unidos no Grupo Consultivo do Projeto Energia. O Grupo é formado por um time de companhias aéreas, empresas de leasing de aeronaves, fornecedores e outros especialistas em aviação que assessoram o projeto Energia da Embraer para desenvolver aeronaves sustentáveis para o futuro.
A equipe do Citi ainda destaca que a Embraer, em um anúncio separado, fechou um acordo para fornecimento de peças de reposição a Scoot Airlines. O que também parece favorável ao segmento de serviços da empresa”, falam.
Levante e BBI destacaram ainda a aprovação de um financiamento de R$ 2,4 bilhões direcionado à exportação de aeronaves pela Embraer.
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Dentro deste valor total, uma quantia de R$ 1,4 bilhão será direcionada para o financiamento da compra de 14 aeronaves do modelo E-175 pela companhia aérea Republic Airways, localizada nos Estados Unidos. Além disso, outros R$ 1 bilhão estão vinculados a uma linha de crédito oferecida pelo banco para apoiar a produção de novos jatos comerciais da Embraer destinados à exportação, incluindo os modelos 175-E1, 190-E1, 190-E2 e 195-E.
Em relação ao objetivo de entrega de 65 a 70 aeronaves comerciais divulgado pela Embraer, as 28 aeronaves que serão financiadas pelo BNDES correspondem a uma proporção que varia de 40% a 43% das metas estabelecidas pela Embraer para este ano. No ano anterior, a Embraer informou que o banco havia financiado nove unidades de um total de 57 aeronaves produzidas, o que representa aproximadamente 16% das aeronaves comerciais fabricadas pela empresa em 2022.
“Vemos essa medida de forma positiva, pois ela ajuda a empresa a obter financiamento em termos vantajosos, o que, por sua vez, contribui para fortalecer o capital de giro necessário para financiar suas operações de maneira competitiva”, fala a Levante.
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“Isso ocorre em um momento em que a Embraer está demonstrando crescimento, com jatos competitivos no setor de aviação executiva e conquistando uma posição mais sólida no segmento de defesa com a aeronave C-390, que está preenchendo o espaço do C-130. Além disso, a empresa está se beneficiando da retomada da aviação comercial, o que reflete uma trajetória positiva e estratégica em múltiplos segmentos de mercado”, completam.
O BBI pontua apenas que o financiamento irá ajudar a companhia a alcançar o seu guidance. Por outro lado, por fim, a equipe do banco brasileiro alerta para uma possível greve dos metalúrgicos em São José dos Campos, cidade sede da empresa, o que poderia atrasar as entregas.
O Citi está neutro para as ações ordinárias da Embraer, com preço-alvo em US$ 16,50 para o ADR negociado na Nyse, potencial de alta de 20,6% frente ao fechamento anterior. O BBI tem recomendação outperform (acima da média do mercado, equivalente à compra), com alvo para o ADR em US$ 25, upside de 82%. A Levante, no relatório em questão, não traz sua recomendação e preço-alvo para os papéis, mas destacou visão positiva.