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SÃO PAULO – Em seis meses, ir para os Estados Unidos, França ou Inglaterra pode custar menos de US$ 200, por conta da liberdade tarifária. A medida, em vigor desde sua publicação no Diário Oficial da União, ocorrida nesta quinta-feira (23), visa promover a liberação total de tarifas para voos internacionais em um ano.
Apesar dos descontos não serem obrigatórios, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) prevê que os consumidores sejam beneficiados com promoções e preços mais baixos, principalmente em períodos de baixa demanda, devido à concorrência que deve se estabelecer no setor.
Entretanto, entidades e empresas do setor alegam que as companhias brasileiras não teriam condições de competir com as internacionais. Para o diretor de assuntos internacionais da Abav (Associação Brasileira de Viagens), Leonel Rossi, sem regulamentação, os descontos podem prejudicar o turismo doméstico e até eliminar do mercado companhias nacionais, por conta do que ele classifica de “concorrência predatória”.
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A mesma opinião tem a TAM, que “considera saudável a existência de múltiplos competidores no mercado de aviação, com empresas que atuem dentro das regras de mercado (…)”. “No entanto, da maneira como está sendo proposta, a liberação impõe às empresas brasileiras concorrência em condições desfavoráveis perante as congêneres estrangeiras, principalmente no que diz respeito à carga tributária, além de custos agregados à operação logística e de importação”, disse, por meio de nota, a maior companhia nacional do setor.
Preços
Segundo a Anac, primeiramente, passam a ser permitidos descontos de 20% sobre o preço mínimo de referência praticado atualmente. Após três meses, os descontos serão ampliados para 50%, em mais três meses, para 80%, e seis meses depois, não haverá mais preço mínimo.
Baseada nisso, a Agência estimou o valor a que deve chegar o preço mínimo em cada fase do programa. Vale lembrar que as empresas são livres para oferecer ou não o desconto, de acordo com suas estratégias comerciais. Veja, na tabela abaixo, as projeções de preços para alguns destinos:
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| Novos valores mínimos com liberdade tarifária | ||||
| País | Preço mínimo antigo | Com desconto de 20% | Com desconto de 50% | Com desconto de 80% |
| África do Sul | US$ 899 | US$ 719 | US$ 450 | US$ 180 |
| Estados Unidos | US$ 708 | US$ 566 | US$ 354 | US$ 142 |
| China | US$ 1.663 | US$ 1.330 | US$ 832 | US$ 333 |
| Japão | US$ 2.046 | US$ 1.637 | US$ 1.023 | US$ 409 |
| Tailândia | US$ 1.745 | US$ 1.396 | US$ 873 | US$ 349 |
| Alemanha | US$ 869 | US$ 695 | US$ 435 | US$ 174 |
| Espanha | US$ 863 | US$ 690 | US$ 432 | US$ 173 |
| França | US$ 869 | US$ 695 | US$ 435 | US$ 174 |
| Irlanda | US$ 872 | US$ 698 | US$ 436 | US$ 174 |
| Itália | US$ 869 | US$ 695 | US$ 435 | US$ 174 |
| Portugal | US$ 863 | US$ 690 | US$ 432 | US$ 173 |
| Reino Unido | US$ 869 | US$ 695 | US$ 435 | US$ 174 |
| Austrália | US$ 1.212 | US$ 970 | US$ 606 | US$ 242 |
| Nova Zelândia | US$ 1.081 | US$ 865 | US$ 541 | US$ 216 |
Fonte: Anac
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