Elon Musk volta a condicionar compra do Twitter a problema com robôs

Declaração aumenta a incerteza sobre o acordo de US$ 44 bilhões entre o CEO da Tesla e da SpaceX e a rede social

Equipe InfoMoney

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O bilionário Elon Musk, homem mais rico do mundo, voltou a dizer nesta terça-feira (17) que não vai prosseguir com a compra do Twitter (TWTR34) por US$ 44 bilhões se a empresa não conseguir provar que os robôs (bots) representam menos de 5% dos seus usuários.

A declaração aumenta a incerteza sobre o acordo. Na sexta-feira (13), o CEO da Tesla (TSLA34) e da SpaceX já havia dito que a aquisição da rede social estava temporariamente suspensa devido ao mesmo problema. Apesar de Musk ter recuado depois e dito que estava comprometido com a compra, as ações do Twitter despencaram.

A rede social estimou em um documento publicado na SEC (a CVM americana) no início do mês que menos de 5% de seus usuários ativos diários monetizáveis eram bots ou contas de spam no primeiro trimestre deste ano. Mas o bilionário diz que cerca de 20% das contas são falsas ou spam — e que o número pode ser ainda maior.

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Musk disse na manhã desta terça que o negócio “não pode avançar” até que a empresa prove a informação. “Minha oferta foi baseada na precisão dos registros da SEC do Twitter. Ontem, o CEO do Twitter se recusou publicamente a mostrar prova dos menos de 5% [de robôs]. Este acordo não pode avançar até que ele o faça”.

Musk escreveu o novo tuíte horas após o CEO do Twitter, Parag Agrawal, postar um longo fio na própria rede social sobre a questão. Um dos tópicos da argumentação de Agrawal foi rebatido por Musk com um emoji de cocô.

Entenda o impasse

No começo de maio, o Twitter afirmou em um documento público que as contas falsas ou de spam representavam menos de 5% de toda a sua base de usuários ativos, mas que os cálculos podiam ser inconstantes. Musk, por sua vez, vem reiterando que retirar os bots da rede social será sua prioridade.

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Para especialistas, há duas questões: a primeira é que o número usuários reais e ativos do Twitter é parte importante da precificação da companhia., e a segunda é que Musk pode também estar usando a questão para diminuir o preço da aquisição.

Para além da questão dos robôs, analistas apontam que o negócio pode não fazer sentido financeiramente para o bilionário e que a compra pode gerar problemas para suas outras empresas — principalmente a Tesla, pois as ações da montadora foram dadas em garantia em parte do empréstimo que está viabilizando o negócio.

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