Eletrobras sobe 7% e Vale fecha em queda após balanços do 4º tri; Rumo sobe após leilão

Confira os principais destaques da bolsa desta quinta-feira (28)

Mariana Zonta d'Ávila

Usina Hidrelétrica de Tucuruí *** Local Caption *** Comportas abertas da usina de Tucuruí

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SÃO PAULO – Após forte queda na véspera em meio à tensão política, o Ibovespa acelerou seus ganhos na tarde desta quinta-feira (28) e fechou o pregão com alta de 2,70%, aos 94.388,94 pontos.

Um dos grandes destaques da sessão foi Eletrobras (ELET3; ELET6), que disparou com a divulgação dos resultados do 4º trimestre de 2018. Também apresentaram alta as ações de Gol (GOLL4), que voltaram a subir após caírem mais de 6% na sessão anterior.

Vale (VALE3), que também divulgou seu balanço do 4º trimestre, operou em alta, mas virou para queda. Azul (AZUL4) também fechou no vermelho, enquanto Petrobras (PETR3, PETR4) fechou em alta. Rumo, por sua vez, fechou com alta de 3,84% com anúncio de leilão do trecho de 1,5 mil quilômetros da Ferrovia Norte-Sul.

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Para ficar de olho

Quinta-feira agitada com a divulgação de 18 balanços do 4º trimestre após o fechamento do pregão. Entre os destaques estão JBS (JBSS3), Copel (CPLE6) e Sabesp (SBSP3).

Confira esses e mais destaques corporativos de hoje:

Petrobras (PETR3;PETR4)

Os preços do petróleo caem até 2% nesta manhã após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedir nesta quinta-feira à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) amplie a produção da commodity para reduzir preços. “Muito importante que a Opep aumente o fluxo de petróleo. Os mercados mundiais estão frágeis, o preço do petróleo está muito alto. Obrigado!”, afirmou Trump no Twitter. 

Vale (VALE3)

A Vale encerrou o quarto trimestre de 2018 com um lucro líquido de US$ 3,786 bilhões, alta de 391% ante os US$ 771 milhões registrados um ano antes. O número ficou acima dos US$ 2,63 bilhões esperados pelos analistas consultados pela Bloomberg. No ano, o lucro subiu 24,6%, para US$ 6,860 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, teve alta de 8,71%, atingindo US$ 4,467 bilhões entre outubro e dezembro deste ano, abaixo da expectativa de US$ 4,67 bilhões.

Na opinião da equipe de research da XP Investimentos, os resultados vieram em linha com o esperado, sem atualizações de Brumadinho. “?Continuamos a ver as ações da Vale como atrativas, com forte FCFE yield, negociando a 3,6 vezes o Ebitda e com um desconto de 20-25% em relação aos pares globais”, escrevem os analistas.

Também no radar da companhia, após auditoria feita por uma empresa independente, a Vale elevou o nível de alerta de três barragens: B3/B4 (Mina Mar Azul) e as barragens Forquilha I e Forquilha II, da Mina Fábrica, em Ouro Preto (MG).

Rumo (RAIL3)

A Rumo venceu nesta quinta-feira (28) o leilão do trecho de 1,5 mil quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. O lance foi de R$ 2,719 bilhões – o que representa um ágio de 100,92% em relação ao mínimo de T% 1,35 bilhão. O prazo de contrato é de 30 anos.

O empreendimento já recebeu R$ 16 bilhões em investimentos públicos e o edital prevê o aporte de mais R$ 2,8 bilhões ao longo do período de concessão. A estimativa do governo é que, ao final da concessão, o trecho ferroviário tenha demanda equivalente a 22,73 milhões de toneladas. O trecho leiloado tem 1.537 km e vai de Porto Nacional, no Tocantins, a Estrela d’Oeste, em São Paulo.

Os papéis RAIL3, que estavam subindo cerca de 2% antes do leilão, zeraram os ganhos logo após a notícia, por volta das 15h10. Contudo, os papéis logo voltaram a registrar ganhos e, às 16h10 (horário de Brasília), avançavam 2,84%, a R$ 18,46.

Azul (AZUL4)

A Azul anunciou que optou por não realizar um acordo comercial com os Correios que resultaria na criação de uma empresa privada de solução de logística integrada.

De acordo com o comunicado, a companhia aérea viu em 2018 uma receita recorde da Azul Cargo Express, que cresceu 57% no ano, significativamente maior do que a empresa havia projetado em suas discussões iniciais com os Correios.

“A companhia acredita que é de seu interesse ter flexibilidade para celebrar outros acordos comerciais mais favoráveis, assim como participar de futuros processos de licitação competitiva dos Correios para o transporte de cargas”, escreve a Azul.

Na opinião do Citi, a decisão não terá grande influência negativa nas ações. “Elementos do mercado podem estar um pouco desapontados, mas a Azul ainda é a única maior companhia aérea brasileira que não enfrenta concorrência em 70% de sua frota doméstica”, escreve o analista Stephen Trent.

Segundo ele, o banco vai aproveitar qualquer queda das ADRs para aumentar suas posições na companhia, visto que “é uma oportunidade”.

Gol (GOLL4)

A Gol anunciou seis novos destinos na malha doméstica da companhia. A partir do segundo semestre, as cidades de Cascavel (PR), Passo Fundo (RS), Vitória da Conquista (BA), Sinop (MG), assim como Barretos e Franca (SP), terão operações diretas para a capital paulista.

De acordo com a companhia, as seis novas bases fazem parte do plano de incremento de voos para o Estado de São Paulo como contrapartida à redução da alíquota do ICMS no querosene de aviação.

Gafisa (GFSA3)

A presidente da Gafisa, Ana Maria Loureiro Recart renunciou ao cargo na última quarta-feira. Também renunciou Karen Sanchez Guimarães, diretora executivo operacional e membra do conselho de administração da companhia.

Em fato relevante, a companhia anunciou que Roberto Luz Portella, membro do conselho de administração da companhia foi eleito no lugar de Recart, como diretor presidente, financeiro e de relações com investidores, passando a acumular ambas as funções. Além disso, Antonio Carlos Romanoski foi promovido a membro do conselho de administração.

“Acreditamos que a reestruturação da divida, bem como um levantamento de capital adicional para reparar o balance sheet estarão entre os maiores desafios de Portella”, escreve o Credit Suisse. 

Eletrobras (ELET3; ELET6)

A Eletrobras registrou no 4º trimestre de 2018 um lucro líquido de R$ 12,073 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 3,998 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado de 2018, a companhia apurou um lucro de R$ 13,35 bilhões e uma receita líquida de R$ 29,98 bilhões (-15,2%). A Eletrobras afirmou que o resultado anual foi o maior já apurado pela empresa nos últimos 20 anos.

No ano a companhia obteve Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 19,990 bilhões e no critério pro forma R$ 8,456 bilhões. Não foi informado comparativo no demonstrativo financeiro completo, tampouco os dados do quarto trimestre nessa linha.

A receita líquida no ano caiu 15% para R$ 24,976 bilhões no ano, ante R$ 29,441 bilhões em 2017. O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 578 milhões, 66% menor que a de R$ 1,736 bilhão em 2017. 

Em 2018, o Sistema Eletrobras realizou R$ 4,6 bilhões em investimentos, ou 74,1% do orçamento programado para o ano. Este valor se divide em R$ 3,34 bilhões corporativos e R$ 1,26 bilhões em Parcerias, sendo que Geração respondeu por R$ 1,02 bilhão, Transmissão por R$ 1,35 bilhão, Distribuição R$ 530 milhões, e outros (Pesquisa, Infraestrutura e Qualidade Ambiental) R$ 420 milhões. Ante 2017, cresceu 9,4% o total do investimento corporativo e caíram 41,6% nas parcerias.

Também no radar da estatal, Wilson Ferreira, presidente da companhia, afirmou que o governo deve fazer a capitalização ainda este ano.  “O lucro em grande medida são reversões de provisões internas, coisas que foram baixadas no passado fruto da evolução dos projetos, como por exemplo a CGTE, não havia perspectiva de ela voltar a operar, hoje ela tem. O caso de Angra 3, foi interrompida em 2015, mas na hora que toma a decisão de retomada você tem condições de recuperar o dinheiro que você colocou (R$ 12 bilhões)”, explicou o executivo.

Ele prevê que em junho já deverá estar pronta a modelagem da capitalização e se disse otimista com a previsão do governo de capitalizar a empresa ainda este ano, apesar de ter declarado recentemente que previa a diluição da participação do governo em bolsa de valores apenas em 2020.

Renova Energia (RNEW11)

A Renova Energia teve um prejuízo líquido atribuível aos controladores de R$ 369 milhões entre outubro e dezembro de 2018, perda 60,7% inferior à registrada no mesmo período do ano anterior. A receita operacional líquida somou R$ 136,6 milhões, enquanto o Ebitda foi negativo em R$ 304,9 milhões.

Positivo (POSI3)

A Positivo registrou uma receita líquida de R$ 546,6 milhões no 4º trimestre de 2018 (-7%) e um prejuízo líquido de R$ 2,6 milhões. No período, o Ebitda ajustado somou R$ 46,9 milhões (+100,5%), com margem de 8,6%. 

Mahle Metal Leve (LEVE3)

A Metal Leve, anteriormente classificada como ‘overweight’ foi rebaixada a ‘neutra’ pelo JP Morgan. O preço-alvo também foi rebaixado, de R$ 31 para R$ 28, o que implica em um potencial de alta de 13% em relação ao último fechamento.

Ser Educacional (SEER3)

A Ser Educacional registrou um lucro líquido de R$ 38,9 milhões no 4º trimestre de 2018, aumento de 142,7% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. A receita líquida totalizou R$ 320,1 milhões (+3,5%), enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 61 milhões (+47,7%), com margem de 19,1%.

Rossi Residencial (RSID3)

A Rossi Residencial teve um prejuízo líquido de R$ 213,2 milhões no último trimestre de 2018, aumento de 50,3%. A receita líquida recuou 74,5%, para R$ 19,4 milhões, enquanto as vendas brutas caíram 70,4% e os distratos 62,6%.

Eucatex (EUCA3; EUCA4)

A Eucatex, uma das maiores produtoras de painéis de madeira do Brasil, registrou uma receita líquida de R$ 335,3 milhões no 4º trimestre de 2018 (+5,4%). O lucro líquido recorrente totalizou R$ 46 milhões (+147,2%), enquanto o Ebitda recorrente somou R$ 64,4 milhões (+8,3%), com margem de 19,2%.

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