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SÃO PAULO – A Duratex (DTEX3) informou na última quinta-feira (15) que mudará o nome da companhia para Dexco, trocando também, a partir de agosto, seu código de negociação na Bolsa brasileira, B3, para DXCO3.
Além de uma repaginada na marca, a companhia também anunciou um plano de crescimento de R$ 2,5 bilhões até 2025, com foco na expansão de capacidade e melhoria do mix para os braços de Deca e Cerâmica, no valor de R$ 1,7 bilhão.
Investimentos em painéis de madeira direcionados à base florestal, diminuição de gargalos e melhoria do portfólio de atuação também foram anunciados.
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Na avaliação do Bradesco BBI, a revisão da arquitetura da marca, com uma comunicação clara e consistente, pode melhorar a percepção dos consumidores sobre o portfólio da Dexco (Deco, Hydra, Portinari, CEUSA, Duratex, Durafloor), melhorando a venda cruzada.
“Acreditamos que ambos os anúncios estão alinhados com as mensagens anteriores da empresa em sua estratégia de médio e longo prazo, sinalizando que a companhia está em um caminho consistente para atingir as metas de uma empresa de materiais de construção cada vez mais premium e de experiências completas em ambientes físicos e digitais (one-stop-shop)”, escreveu o time de análise, em relatório.
Os analistas do Bradesco BBI citam ainda que a administração da companhia mencionou que a demanda continua forte por todos os seus produtos, com os aumentos de preços ajudando a mitigar a inflação de custos.
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Além disso, as perspectivas de curto prazo continuam positivas, com base nos lançamentos imobiliários e nas reformas de casas, ampliadas durante a pandemia, destacam.
O Bradesco BBI manteve sua recomendação neutra para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 23.
Modernização de uma marca de 70 anos
Em relatório intitulado “um novo ciclo de crescimento e modernização de uma marca de 70 anos”, divulgado nesta sexta, o Credit Suisse também comenta o investimento proposto pela companhia e a nova marca.
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Os analistas destacam que a Dexco afirmou que a alavancagem financeira deve permanecer sobre controle ao longo do ciclo de investimentos e que, caso fique abaixo do esperado, pode haver espaço para dividendos extraordinários.
Com relação ao mercado de fusões e aquisições (M&A), a empresa destacou, segundo os analistas, que seu foco agora é o de crescimento orgânico, mas que seu balanço deve ter espaço caso surjam boas oportunidades.
O banco mantém sua recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado) para a companhia, uma vez que o time de análise aponta ver a Dexco sendo uma das principais beneficiárias do forte ciclo de crescimento da atividade de construção civil no Brasil nos próximos anos.
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“Nossa leitura para o papel continua positiva e consideramos que o projeto DWP deve contribuir com adicionais R$ 2,00 a R$ 2,50 por ação – que ainda não estão precificados. A alavancagem está em 1,2 vez a dívida líquida sobre o Ebitda e enxergamos caindo para 0,8 vez até o fim de 2021, o que deve manter o balanço da empresa confortável para este ciclo de R$ 2,5 bilhões em investimentos”, escreveu o time de análise.
Já o Morgan Stanley escreve que a visão inicial dos anúncios feitos pela companhia é positiva por uma série de motivos.
Primeiro, porque a companhia ofereceu detalhes do plano de investimento para os próximos anos e, na avaliação dos analistas, R$ 2,5 bilhões não é excessivo para o período planejado, considerando níveis históricos e a geração de fluxo de caixa atual.
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Em segundo lugar, os analistas citam que a companhia está sendo proativa em relação às restrições de capacidade – a empresa vem operando perto do limite desde que a demanda começou a aumentar, no segundo semestre de 2020 –, e que esses investimentos devem estabelecer um crescimento saudável de longo prazo.
Os analistas destacam ainda, que ficaram intrigados com as iniciativas de branding da companhia e que estão “encorajados pela expectativa de que a dinâmica de oferta e demanda permanecerá saudável nos próximos trimestres”.
O Morgan Stanley tem posição neutra na Dexco e estima um preço-alvo de R$ 22,00 para os papéis.
Nesta sexta-feira (16), os papéis DTEX3 apresentavam queda da ordem de 1,6% na B3 por volta das 15h, negociados a R$ 22,17. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 2,3%, a R$ 22,02.
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