Dono da Starbucks no Brasil assume operação da Subway

Investidor americano Ken Pope, baseado no Brasil há 14 anos, vê espaço para mais inaugurações, com lojas mais próximas umas às outras

Estadão Conteúdo

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Até pouco tempo atrás, as cafeterias Starbucks estavam presentes apenas nos estados de São Paulo e no Rio de Janeiro. Isso começou a mudar a partir de 2018, quando o investidor americano Ken Pope, baseado no Brasil há 14 anos, assumiu a marca por no país. Desde então, a rede cresceu em cerca de 60 lojas e chegou a sete estados. Agora, o investidor quer garantir a expansão de outra marca americana por aqui: a Subway.

Por trás da SouthRock Capital, fundo especializado em investimentos no setor de alimentos e bebidas, está Pope. O executivo de 37 anos está no Brasil desde 2008, quando fez uma visita ao país após terminar a universidade nos Estados Unidos. “Estava procurando uma oportunidade em um setor que eu amo trabalhar, que é o varejo de alimentos e bebidas. Tem sido um prazer absoluto até agora, e estou ansioso para as várias décadas que virão neste país e nesta indústria”, disse Pope ao jornal O Estado de S. Paulo.

No caso da Subway, o primeiro contrato de Pope com a empresa foi firmado no fim de 2021. Ao contrário do que ocorria com a Starbucks pré-Pope, que ainda tinha presença tímida no Brasil, a Subway já tem um porte considerável: são 1,6 mil lojas nas 27 unidades da federação. O Brasil já é o quarto maior mercado da rede de fast-food.

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Agora franqueador master da companhia no Brasil, Pope vê espaço para mais inaugurações da Subway, com lojas mais próximas umas às outras. Além de colocar o pé no acelerador, o americano também quer criar novos formatos de lojas. É o primeiro contrato do tipo que a Subway fecha na América Latina.

Leia mais: Starbucks (SBUB34) anuncia saída da Rússia e fechamento de 130 lojas

Momento difícil

A Subway passa por um momento difícil. Fundador da Food Consulting, Sergio Molinari diz que a empresa passou por um período de enxugamento de operações no Brasil e cerca de 500 unidades fecharam as portas. “Acredito que as lojas que fecharam já estavam no fio da navalha ou com sobreposição”, diz o consultor.

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Apesar de os números do setor estarem melhorando com o arrefecimento da pandemia, 38% dos bares e restaurantes operaram com prejuízo em fevereiro, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), entidade que reúne o setor. Mesmo marcas maiores tiveram problemas: a IMC, empresa de capital aberto que é dona do KFC e da Pizza Hut no país, fez demissões e postergou a abertura de lojas.

O momento de recuperação para a alimentação fora de casa é positivo, por causa da demanda que ficou represada nos últimos dois anos, mas Molinari acredita que o investidor precisará fazer uma análise criteriosa dos ativos. “O raciocínio será mais financista, e as lojas serão abertas só onde houver viabilidade econômica e comercial”.

Expansão sem metas

Apesar de dizer que o plano é de expansão, Pope não revelou a projeção de inaugurações para a Subway ou para Starbucks — no caso da rede de cafeterias, foram abertas cerca de 60 lojas em quatro anos (a empresa tinha 113 unidades em 2018).

Pope ganhou força no Brasil ao assumir a Starbucks, após a marca ter ficado um tempo sob a gestão da matriz americana. A rede foi trazida ao país pela empresária Maria Luísa Rodenbeck, que morreu em um acidente de carro em 2007 (ela já havia sido a responsável pela chegada do McDonald’s, no fim dos anos 1970).

Além da Starbucks e da Subway, a SouthRock tem em seu portfólio também os direitos da rede TGI Fridays — modelo que nunca “pegou” por aqui — e da Brazil Airport Restaurants, voltada a praças de alimentação de aeroportos.

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