Dólar impede que pacotes turísticos vendidos pela internet fiquem mais baratos

Como as pessoas estão mais propensas a viajar, não são necessárias promoções de desova, comuns em julho

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – Se não fosse a queda do dólar, comprar pacotes turísticos, passagens aéreas e contratar diárias para hotéis – todos pela internet – seriam mais baratos agora em julho. O e-flation, divulgado pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), na última terça-feira (17), apontou que o grupo que compõe esses serviços ficou 1,74% mais barato, tomando como base o mês anterior. No mesmo período de 2006, a queda havia sido de 4,61%.

“Em junho os preços sobem, tipicamente, porque é o período que as pessoas planejam suas férias. No mês seguinte, a tendência é de barateamento, tanto para vender os pacotes restantes, para não perder o período de férias, quanto para a recuperação de valores para as vendas de agosto”, explicou Patrícia Vance, professora do Provar e uma da responsáveis pela pesquisa.

Mais favoráveis

Ocorre que, com a moeda norte-americana em patamares mais favoráveis para os brasileiros que querem ir ao exterior, não foi necessário um barateamento tão forte nesse período. “Com a idéia de que a economia está melhor, estabilizada, o consumidor tem mais poder aquisitivo para viajar”, detalhou.

Não perca a oportunidade!

No fechamento do mercado da terça, o dólar turismo, aquele que as pessoas usam para viajar, fechou cotado a R$ 1,97, com alta de 0,71% sobre o dia anterior.

Pacotes

Patrícia explicou que, para calcular as variações de valores, o Provar utiliza pacotes nacionais e internacionais de uma semana a dez dias para destinos como Nordeste e Miami. Em algumas situações são avaliadas apenas passagens aéreas e diárias de hotéis, em separado.

“Em julho costumam haver promoções, o que garante uma vantagem ao consumidor. Mas neste ano pode-se dizer que houve apenas uma pequena vantagem”, adicionou a docente. Em junho último, os preços de Viagem e Turismo do e-flation apresentaram alta de 5,68%. Em maio, houve queda de 3,31%.