Dólar hoje fecha em baixa e volta aos R$ 5, antes de dados de inflação nos EUA

Mercados operam em compasso de espera antes da divulgação de dados de inflação nos EUA

Felipe Moreira

Notas de dólar em foto de ilustração 07/11/2016 REUTERS/Dado Ruvic

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O dólar hoje fechou com baixa, retornando aos R$ 5 e dando continuidade ao movimento de baixa registrado na sessão anterior. A moeda americana perde força uma vez que investidores seguem cautelosos antes dos dados de inflação ao consumidor americano previstos para amanhã (10).

Enquanto isso, os rendimentos do Tesouro dos EUA recuam, com investidores esperando por mais dados antes de recalibrar suas apostas em futuros cortes de juros. O DXY, índice global do dólar, recuou 0,03%, aos 104,11.

Qual a cotação do dólar hoje?


O dólar à vista opera com baixa de 0,50%, a R$ 5,007 na compra e na venda. Na mínima foi aos R$ 5,001 e na máxima aos R$ 5,026. Às 17h03, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía, às 0,37%, aos 5.018 pontos. Nesta terça, o BC fez leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de junho de 2024.

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O que está acontecendo com dólar?

O dólar hoje recuou apoiado pela nova valorização do preço do minério de ferro, que ajuda na entrada da moeda americana no mercado brasileiro. A expectativa de maior demanda pela comodity ajuda na valorização do preço.

No cenário local, traders seguiram atentos ao noticiário sobre possível mudança na meta fiscal para 2025. O governo tem até o dia 15 para encaminhar ao Congresso o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano.

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Ontem (8), surgiu a informação de que a meta pode cair de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para um resultado de 0% a 0,25%.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0320 reais na venda, em baixa de 0,65%, movimento que já havia refletido o salto do minério, commodity chave na pauta de exportação brasileira.

“O preço do minério de ferro trouxe impacto positivo para a Vale, que se valorizou mais de 5% e empurrou o Ibovespa como um todo (na véspera)”, explicou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

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Segundo ele, “essa maior atratividade do mercado de capitais beneficia nosso fluxo estrangeiro”, apoiando o real.

Inflação dos EUA

Enquanto isso, investidores esperam por dados da inflação americana e a ata da última reunião de política monetária do Fed.

Esses fatores podem influenciar nas expectativas de cortes de juros nos EUA, o que influencia, diretamente na taxa de câmbio.

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A expectativa é de que o relatório de inflação dos EUA mostre uma inflação de 3,4% na base anual, de 3,2% em fevereiro. Qualquer surpresa para cima deve impulsionar o dólar ao reduzir ainda mais as expectativas de cortes de juros para este ano.

As apostas atuais de um afrouxamento de cerca de 60 pontos-base ao longo de 2024 são as mais baixas desde outubro, de acordo com dados do LSEG, em comparação com os cerca de 150 pontos que foram precificados no início de 2024.

Quanto mais tarde o Fed cortar os juros, pior para o real, já que o diferencial de rendimento entre Brasil e EUA ficaria menor por mais tempo, reduzindo a atratividade do mercado de renda fixa doméstico, já que os ativos norte-americanos são muito seguros e estão oferecendo retornos consideráveis.

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(Com Reuters)