Discussões sobre teto de gastos, PMIs, ata do Fed e resultado do Magalu: o que acompanhar na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana que passou foi turbulenta para o mercado acionário brasileiro em meio ao risco  fiscal. Assim, com a agenda econômica reduzida nos próximos dias, os investidores seguirão monitorando principalmente o noticiário político-econômico, que deve seguir ditando os rumos do mercado.

Durante o pregão de sexta-feira, as falas do presidente Jair Bolsonaro sobre o teto de gastos causaram volatilidade ao mercado. Ele afirmou, durante live na quinta-feira, que o tema de “furar o teto”foi discutido dentro do governo, sem ver problemas no debate; no dia seguinte, contudo, o presidente reiterou o apoio ao teto. Essas declarações ocorreram em uma semana já turbulenta após a saída de dois importantes secretários do ministério da Economia, o que também levou a dúvidas sobre a manutenção do ajuste fiscal.

Além de ficarem atentos às declarações do governo, a questão fiscal também ganhará destaque através da divulgação dos dados de arrecadação de impostos em julho, a ser divulgada na próxima quinta-feira (20).

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Entre outros indicadores, atenção ainda para a segunda prévia do IGP-M, na próxima terça-feira (18), em um contexto em que a alta dos preços das matérias-primas têm pressionado os preços ao produtor; na semana também serão divulgadas as prévias do IPC-S e IPC-Fipe.

Logo no começo da semana, na segunda-feira, atenção para a pesquisa Focus com a compilação feita pelo Banco Central das expectativas do mercado sobre os principais indicadores econômicos e que pode manter as projeções de melhora do Produto Interno Bruto (PIB). Na sexta-feira, os bancos Barclays e Goldman Sachs revisaram as suas projeções para a atividade econômica e estimam queda de 5% neste ano, com melhora de suas provisões anteriores de queda de 5,7% e 7,5%, respectivamente.

No noticiário corporativo, após uma intensa agenda de divulgação de balanços, algumas companhias ainda publicarão seus resultados referentes ao segundo trimestre. Na próxima segunda-feira (17), após o fechamento do mercado, o Magazine Luiza (MGLU3) divulgará o seu balanço, mesmo dia em que será divulgada a segunda prévia da nova carteira teórica do Ibovespa e que ocorrerá o vencimento de opções sobre ações na B3, o que pode adicionar volatilidade ao índice.

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No dia 19, será a vez da C&A (CEAB3) revelar os números entre abril e junho de 2020 e, no dia seguinte, Alliar (AALR3) e Cogna (COGN3) informam os resultados. No mesmo dia, Smiles (SMLS3) promove assembleia geral extraordinária a pedido de minoritários para discutir eventual ação de responsabilidade civil contra membros da diretoria. Os minoritários da Smiles propõem a anulação de R$ 1,2 bilhão em compras antecipadas de passagens da Gol (GOLL4) e a responsabilização dos administradores por prejuízos.

Agenda externa

Na agenda externa, atenção para os indicadores de Índices de Gerente de Compras (PMI) dos EUA, trazendo os números de manufaturas e de serviços de agosto, a serem divulgados na sexta-feira (21) com estimativa de leve alta. Além dos EUA, os índices PMI também serão divulgados na Europa e no Japão, atestando o ritmo de retomada no terceiro trimestre e fornecendo sinais adicionais sobre o ritmo de recuperação da economia.

A agenda externa ainda conta com a divulgação da ata da última reunião do Federal Open Market Commitee (Fomc) na quarta-feira (19) e do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (20).

No noticiário político dos EUA, entre os dias 17 e 20 de agosto acontecerá a Convenção Nacional do Partido Democrata. Na última terça-feira, o ex-vice-presidente Joe Biden escolheu a senadora Kamala Harris, da Califórnia, para ser a sua vice em sua chapa na campanha democrata nas eleições presidenciais deste ano.

Já a tentativa, que seria no sábado, de revisão da primeira fase do acordo comercial entre EUA e China, foi adiada, segundo informações da Reuters e da Bloomberg. Larry Kudrow, principal conselheiro econômico do presidente Donald Trump, afirmou na quinta-feira que as negociações estavam indo bem, repetindo comentários que ele fez no início da semana, descartando as preocupações de que as tensões crescentes entre os dois países poderiam comprometer o pacto. O adiamento foi relatado inicialmente pela Reuters, que destacou problemas de agendamento.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.