Direto ao ponto: agenda escassa traz movimento corporativo de volta ao foco

Notícias mais amenas no Japão e Líbia podem abrir espaço para ganhos, embora volatilidade ainda permaneça

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SÃO PAULO – Apesar da melhora no noticiário japonês, e o avanço das bolsas norte-americanas e europeias, o Ibovespa encerrou a sessão da última segunda-feira (21) em queda de 0,28%, aos 66.689 pontos. Em dia de poucas referências, a volatilidade característica do vencimento de opções sobre ações prevaleceu, com a movimentação de R$ 2,38 bilhões na bolsa brasileira.

No Japão, foi possível restabelecer o fornecimento de energia para reatores na usina de Fukushima, aliviando parte das tensões dos últimos dias. Os investidores também avaliaram o desenrolar da crise na Líbia. Segundo agências internacionais, a coalizão liderada por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha já teria eliminado parte da força aérea do ditador Muammar Gadaffi e impedido seu avanço à cidade de Benghazi, reduto rebelde.

“O cenário está melhor, mas ainda há riscos e volatilidade”, alerta o diretor da Título Corretora, Márcio Cardoso. Ele aponta que é difícil para o benchmark sustentar posições, já que as informações desencontradas sobre o Japão dificultam a percepção sobre a real extensão do conflito. Ao mesmo tempo, a situação na Líbia segue complicada.

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Para Cardoso, o movimento dos últimos dias tem sido predominantemente de correção, tanto nas bolsas externas quanto para o índice local. Além disso, a “liquidez mundial muito elevada e a baixa taxa de juros, trazem uma maior aceitação ao risco e a entrada em posições na bolsa”, o que contribui para o clima incerto, diz o diretor da Título.

Indicadores escassos 
A agenda desta terça-feira (22) não traz nenhuma referência de peso por aqui ou nos Estados Unidos. Assim, caso se mantenha amena a situação do Japão e do Oriente Médio, a sessão pode marcar a continuidade de valorização dos ativos externos e domésticos, sustentados pelo movimento corporativo, aponta Cardoso.

Entretanto, o cenário oposto também é verdadeiro. “O movimento de realização lá fora traz uma possibilidade maior de contaminação local”, completa o diretor.

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