Pregão de queda na volta da B3? Como foi o desempenho dos ADRs nos dois dias sem Bolsa

Expectativa é de que mercado reaja negativamente à forte baixa dos ADRs na véspera, ainda que sessão desta quarta seja de ganhos para os mercados internacionais em um ritmo de recuperação

Equipe InfoMoney

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A Bolsa brasileira volta a operar após dois dias fechada por conta do Carnaval apenas às 13h (horário de Brasília) desta quarta-feira de Cinzas (14), com expectativa de um ajuste para baixo no índice por conta da forte queda na terça-feira do índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20), que reúne as principais empresas brasileiras listadas na B3 com recibos de ações negociados nos Estados Unidos. A baixa da véspera do BR20 foi de 2,60%, que mais do que compensou o avanço de 0,82% da segunda, levando a uma queda acumulada de 1,80%, a 19.648,99 pontos.

Na terça-feira, os papéis seguiram a tendência dos demais índices de ações dos Estados Unidos e da Europa, que tiveram uma sessão negativa após a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) americana em janeiro, que veio mais forte que a estimada por analistas.

Havia expectativa de que o indicador cheio pudesse ficar abaixo de 3% na leitura anualizada pela primeira vez desde março de 2021. O índice até desacelerou dos 3,4% observados em dezembro, mas permaneceu teimosamente em 3,1%, o que levou o mercado a revisar novamente as suas expectativas sobre o início do ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve (algo que impacta principalmente os emergentes).

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“Embora a possibilidade de um corte em março já tivesse sido efetivamente descartada, dada a recente comunicação do Fed e os relatórios de emprego, o Fed agora fechou a porta e perdeu a chave. Não acreditamos que um corte em maio esteja fora de questão, mas faz sentido que as chances de um corte em maio estarem precificadas no mercado tenham sido substancialmente reduzidas. Com esses novos dados, um primeiro corte em junho parece ser a expectativa mais razoável, a menos que vejamos uma queda muito rápida e severa na atividade do mercado de trabalho ou um choque geopolítico”, avalia Greg Wilensky, head de renda fixa dos EUA e gerente de portfólio da Janus Henderson.

Com isso, o saldo dos dois dias sem negociação na Bolsa foi negativo para a maior parte dos ADRs mais líquidos da B3, ainda que o movimento possa ser amortecido nesta quarta com a recuperação parcial dos futuros de índices americanos após a forte baixa da véspera.

Confira abaixo o desempenho dos principais ADRs brasileiros nos dois dias de Bolsa fechada (da maior queda para a maior alta):

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EmpresaCotação de fechamento em 9/2Cotação de fechamento em 13/2Variação percentual (%)
Cosan14,913,96-6,31%
BRF2,882,78-3,47%
Eletrobras8,798,51-3,19%
Sabesp16,0615,59-2,93%
CSN3,563,46-2,81%
Embraer18,1117,63-2,65%
Azul7,367,18-2,45%
Santander Brasil5,745,6-2,44%
Sendas (Assaí)13,5613,23-2,43%
Gerdau4,234,13-2,36%
Cemig2,252,2-2,22%
Ambev2,582,54-1,55%
Itaú Unibanco6,916,81-1,45%
Petrobras16,6616,42-1,44%
Petrobras17,1916,96-1,34%
TIM Brasil18,5818,35-1,24%
Bradesco2,732,7-1,10%
Vale13,2613,16-0,75%
Suzano10,6610,63-0,28%
Natura & Co6,576,58+0,15%
Telefônica Brasil10,7410,79+0,47%