Descolado do exterior, Ibovespa fecha em alta de 0,81%; dólar e juros também sobem

Empresas de commodities e grandes bancos ajudaram a Bolsa a subir pelo terceiro dia seguido

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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A Bolsa brasileira voltou a descolar de Wall Street e fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo. O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 0,81%, aos 113.367 pontos. O volume financeiro foi de R$ 32,08 bilhões.

Hoje, ações de peso da carteira do Ibovespa deram suporte ao índice: Vale (VALE3) subiu mais de 2%, enquanto Petrobras (PETR3, PETR4), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) avançaram mais de 1%.

Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, observa que novamente houve um forte descolamento entre o mercado brasileiro e o exterior. “O fluxo de entrada de estrangeiros na Bolsa puxou a bolsa para cima”.

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O destaque positivo fica com as ações da Via (VIIA3), disparou 7,43%, seguidas pela  Magazine Luiza (MGLU3) e 3R Petroleum (RRRP3), subiram 5,15% e 3,07%, respectivamente. As ações de siderúrgicas avançaram acompanhando o minério de ferro negociado na China. Já as ações de petrolíferas registraram alta com o avanço do petróleo após divulgação de relatório da Opep+.

Os destaques negativos ficam com Banco Inter (BIDI11) e Méliz (CASH3) que caíram, respectivamente, 4,13% e 4,05%, seguidas pela Locaweb (LWSA3), recuo de 3,93%. Suzano (SUZB3) também foi destaque de queda, cedendo 2,34%.

“Os papéis de Suzano e Klabin (KLBN11) caem por conta de problemas logísticos ocasionados pela intensificação da nova onda da Covid-19, enquanto os papéis de tecnologia são impactados com o avanço da curva de juros futuros”, explicam analistas da Ativa Investimentos.

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O dólar voltou a subir em uma sessão marcada pela volatilidade. A divisa americana registrou ganho de 0,28%, cotado a R$ 5,242, em meio às reações ao índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, maior que o esperado, que reforçou apostas de um Fed mais agressivo.

Segundo Velloni, o dólar reagiu de forma contrária à expectativa de elevação de juros americanos. Isso porque, teoricamente, a expectativa de alta de juros nos EUA atrairia maior capital estrangeiro para os títulos americanos.

Os juros futuros encerram a sessão estendida com alta: DIF23, +0,08 pp, a 12,34%; DIF25, +0,09 pp, a 11,28%; DIF27, +0,08 pp, a 11,28%; DIF29, +0,09 pp, a 11,50%; DIF31, +0,04 pp, a 11,55%.

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No exterior, as bolsas de Nova York recuaram pressionadas pela expectativa de aperto monetário do Fed. A Nasdaq recuou 2,10%, aos 14.185 pontos. O S&P 500 fechou em queda de 1,81%, aos 4.504 pontos, enquanto o Dow Jones caiu 1,47%, aos 35.241 pontos.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados