Dados do varejo, serviços, balanços do Banco do Brasil e Magalu: o que acompanhar na semana

Em uma semana relativamente fraca de indicadores econômicos no Brasil, a atenção do investidor se volta mais uma vez ao noticiário político. Logo no início da semana, é esperado que o relator do projeto que cria o novo arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA), apresente seu relatório na Câmara.

Na sexta-feira (19), o Banco Central brasileiro vai se reunir com presidentes dos maiores bancos centrais do mundo High Level Seminar, em São Paulo. O tema do evento vai ser os desafios estruturais para a condução da política monetária, especialmente os que surgiram no período pós-pandemia.

Roberto Campos Neto, presidente do BC, vai ser um dos moderadores do seminário juntamente com Henrique Meirelles, ex-presidente da autoridade monetário. Dentre os convidados estão Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) e Agustín Carstens, presidente do Banco de Compensações Internacionais (BIS).

Na agenda de indicadores econômicos, destaque para dados de atividade. Na terça-feira (16) vai ser divulgado a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), referente ao mês de março. O consenso Refinitiv aponta para um crescimento de 0,6% na comparação com fevereiro e alta anual de 1,1%.

O Itaú projeta alta mensal de 0,7%, com uma grande contribuição do setor de transportes e um avanço de 0,5% no componente de serviços oferecidos às famílias.

Na quarta-feira (17) é a vez do dado de vendas do varejo, também referente á março. O consenso do mercado prevê uma contração de 0,9% na comparação com fevereiro. O Itaú, por sua vez, projeta avanço de 0,2% no núcleo do índice e de 0,6% no varejo expandido.

Na sexta-feira (19), sai a prévia de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, outro indicador referente ao mês de março. A média das projeções calculada pela Refinitiv prevê retração de 0,3% no índice.

“Todos esses dados são referentes a março e encerram as pesquisas conjunturais do primeiro trimestre do ano. Assim, os analistas serão capazes de refinar suas projeções para o PIB do período”, diz nota do Bradesco.

Dados de atividade econômica também são destaque no exterior

A terça-feira promete ser o dia mais movimentado na agenda de indicadores dos Estados Unidos. É nesse dia que serão divulgadas a produção industrial e as vendas no varejo realizadas em abril no país. Para a indústria, o consenso Refinitiv prevê avanço de 0,7% na comparação com março, mês em que houve retração na atividade industrial. Para o varejo, a previsão é de estabilidade.

A semana vai ser marcada por uma série de participações de representantes do Federal Reserve em eventos. O ponto alto dessa agenda atribulada para os formuladores de política monetária é a sexta-feira, com a participação do presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, em um painel junto com Ben Bernanke, ex-chairman do Fed.

Dados de atividade também são destaque na agenda de indicadores da Europa e Ásia. Na noite desta segunda-feira (15), a China vai divulgar ao menos dois números importantes importantes: a produção industrial de abril (com previsão da Refinitiv de alta de 10,1%, na comparação anual) e as vendas no varejo (que devem apresentar crescimento de 20,1% em relação a um ano antes).

Na zona do euro, a produção industrial de março também será divulgada nesta segunda, dando o pontapé inicial na agenda semanal de indicadores do bloco econômico. O consenso do mercado prevê avanço de 0,9% ante fevereiro e contração de 2,5% em bases anuais.

Na terça-feira sai a primeira prévia do PIB do bloco no primeiro trimestre de 2023, com estimativa de avanço trimestral de 0,1% e de 1,3% no comparativo anual. Na quarta, é a vez do índice de preços ao consumidor (HICP, na sigla em inglês) do mês de abril – a média das projeções da Refinitiv prevê alta mensal de 0,7% e inflação de 12 meses em 7%.

Temporada de balanços chega ao fim no Brasil

O noticiário corporativo começa a semana agitado, com uma última leva de resultados trimestrais prevista para esta segunda-feira. Ainda que os principais balanços já tenham sido divulgados, algumas empresas de peso deixaram para apresentar seus números no último dia.

É o caso de Banco do Brasil (BBAS3), BRF (BRFS3), Magazine Luiza (MGLU3) e Azul (AZUL4). A maioria dos resultados será divulgada após o fechamento do mercado. Confira, a seguir, as empresas que encerram a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2023: