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As construtoras Tenda (TEND3) e Cyrela (CYRE3) divulgaram suas respectivas prévias operacionais do segundo trimestre na noite da última terça-feira (8). Enquanto a Cyrela surpreendeu pelo forte volume de lançamentos, com números expressivos em todas as faixas de renda, a Tenda se destacou pela consistência nas vendas e avanço no volume de repasses — indicador importante de geração de caixa.
A XP classificou como robustos os números operacionais da Cyrela no 2T25. Os lançamentos consolidados somaram R$ 4,13 bilhões, alta anual de 182%, puxados pela alta renda e pelo forte crescimento das marcas Living e Vivaz.
As vendas líquidas também foram consideradas sólidas, totalizando R$ 3,26 bilhões, impulsionadas pela Vivaz e pela resiliência da alta renda, mesmo com redução nos lançamentos desse segmento. A fatia da empresa nas vendas líquidas ficou em R$ 2,24 bilhões, 5% abaixo da projeção da XP.
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Cyrela (CYRE3) registra alta de 37% nas vendas no 2º tri, a R$ 3,26 bilhões
O indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) em 12 meses ficou em 52,3%

Vendas líquidas da Tenda sobem 17,4% no 2º tri sobre um ano antes
Os dez empreendimentos lançados pelo grupo no período somaram um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,1 bilhão
O VSO (Vendas Sobre Oferta) de lançamentos subiu para 38%, indicando bom ritmo de vendas, apesar de um recuo anual que reflete normalização da absorção. O VSO geral foi estável em 52,3%, com avanço da Vivaz (67,4%) e leve queda na alta renda.
A XP manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 30,00 por ação.
O BTG Pactual também destacou os resultados operacionais robustos da Cyrela no segundo trimestre de 2025. As vendas líquidas atingiram R$ 3,26 bilhões, superando em 14% as estimativas da instituição, com velocidade de vendas de 20%. O desempenho foi bem distribuído entre os segmentos: R$ 1,24 bilhão no alto padrão, R$ 701 milhões no médio padrão e R$ 1,32 bilhão no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
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Os lançamentos surpreenderam positivamente, totalizando R$ 4,13 bilhões, com 38% das unidades vendidas já no trimestre, sinalizando demanda resiliente. O relatório aponta que a companhia continua ganhando participação no MCMV, mesmo em um ambiente macroeconômico mais desafiador para os segmentos de média e alta renda.
Na avaliação do BTG, a boa performance da Cyrela se deve à qualidade dos projetos e à exposição relevante ao segmento de entrada, mais defensivo. Com os papéis sendo negociados a 5 vezes o lucro estimado para 2025, a recomendação de compra foi reiterada, com preço-alvo de R$ 32. A Cyrela segue como uma das principais referências do setor, demonstrando resiliência mesmo diante de um cenário adverso.
Para o Itaú BBA, a Cyrela apresentou números considerados neutros no segundo trimestre de 2025. Os lançamentos vieram 6% acima das estimativas da instituição, enquanto as vendas líquidas ficaram 7% abaixo do esperado.
A equipe do banco mantém conforto com as projeções de lançamentos da companhia, estimados em R$ 11 bilhões para o ano, dos quais R$ 6,2 bilhões já foram realizados no primeiro semestre. O lucro líquido projetado permanece em R$ 1,9 bilhão, em linha com o consenso do mercado.
O Itaú BBA reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 40.
Na mesma linha que os demais bancos, o Bradesco BBI avaliou Os resultados operacionais da Cyrela como sólidos, com os principais destaques sendo: (i) sua marca de baixa renda Vivaz representando 40% das vendas no 2T25; (ii) VSO ainda forte de 53%, impulsionado pelo segmento de baixa renda; fortes vendas de estoque em construção, compensando a ligeira desaceleração das vendas de lançamentos.
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O BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 36.
As vendas líquidas (considerando a participação da companhia) totalizaram R$ 2,38 bilhões, ficando 11% abaixo da estimativa do JPMorgan, embora tenham crescido 35% na comparação anual.
Os lançamentos foram fortes, somando R$ 3,0 bilhões, superando as estimativas do banco em 24%. A velocidade agregada de vendas (VSO) ficou em 19,3%, uma queda de 2,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior e de 1,9 p.p. em relação ao trimestre anterior, marcando o nível mais baixo desde o terceiro trimestre de 2023.
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O JPMorgan reiterou classificação de compra e preço-alvo de R$ 32,50.
Tenda (TEND3)
A XP avaliou como sólidos os dados operacionais divulgados pela Tenda no segundo trimestre de 2025, com números ligeiramente acima das expectativas da corretora. Os lançamentos consolidados somaram R$ 1,11 bilhão, superando as estimativas da casa em 10%. Esse desempenho foi impulsionado por uma forte expansão na operação tradicional da marca Tenda, enquanto a Alea teve contribuição modesta de R$ 21 milhões em VGV, com apenas um projeto lançado.
Apesar do desempenho mais fraco da Alea no trimestre, a XP destacou o anúncio de que o projeto Casapatio Canoas, com potencial de R$ 300 milhões em VGV, está próximo de ser assinado, o que pode fortalecer os números do terceiro trimestre.
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As vendas líquidas consolidadas atingiram R$ 1,20 bilhão, superando as projeções da XP em 13%.
No consolidado, o VSO trimestral ficou em 28,1%, acima da estimativa da XP em 2,5 p.p., mesmo com uma queda anual de 4,3 p.p., o que foi atribuído a uma normalização da velocidade de vendas.
A XP Investimentos está otimista em relação ao desempenho operacional da Tenda, principalmente devido ao forte crescimento de lançamentos no segmento Tenda e níveis de VSO resilientes e cada vez melhores, o que indica um sólido ambiente de demanda.
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O BTG Pactual, por sua vez, avaliou que a Tenda apresentou resultados operacionais positivos no segundo trimestre de 2025. As vendas líquidas somaram R$ 1,2 bilhão, em linha com as estimativas da casa, com uma boa velocidade de vendas (28%). Esse desempenho foi impulsionado principalmente pela operação tradicional da marca Tenda, que respondeu por R$ 1,05 bilhão, enquanto a Alea contribuiu com R$ 145 milhões.
Os lançamentos totalizaram R$ 1,1 bilhão (+18% a/a), com 32% das unidades já vendidas no trimestre. Apesar disso, o volume ficou 11% abaixo do esperado, reflexo do desempenho mais fraco da Alea.
Na visão do BTG, a Tenda continua sendo a principal escolha no segmento de baixa renda. O banco reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 22, com valuation considerado atrativo, negociando a 4,5 vezes o lucro estimado para 2026, mesmo sem considerar uma contribuição relevante da Alea.
Os números reportados pela Tenda ficaram levemente abaixo das projeções do JPMorgan. As vendas líquidas totalizaram R$ 1,2 bilhão, com alta de 17% na comparação anual, mas 3% abaixo do esperado, em parte devido a lançamentos abaixo do previsto. Esse desempenho mais fraco foi atribuído principalmente à forte retração dos lançamentos da Alea.
A velocidade agregada de vendas (VSO) foi de 28,3%, em linha com a projeção do banco (28,5%) e representando alta de 2,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
Entre os pontos positivos, o volume de repasses de unidades — utilizado como indicador de geração de caixa — cresceu 30% na base anual, atingindo R$ 1,1 bilhão.
O JPMorgan reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 31.
Na visão do Bradesco BBI, a Tenda apresentou resultados sólidos no 2T25, com destaque para uma surpresa positiva vinda do Rio Grande do Sul. Apesar de lançamentos mais fracos e do aumento nos cancelamentos da Alea, os números de vendas foram considerados consistentes.
Olhando para os próximos trimestres, o BBI avalia que, se a Tenda conseguir sustentar o recente impulso de lucros e reforçar sua imagem como uma empresa de capital composto de qualidade, em vez de um mero caso de recuperação, a confiança dos investidores deve aumentar e os múltiplos de valuation tendem a se expandir gradualmente.
O Bradesco BBI reiterou a recomendação de compra e preço-alvo R$ 30, que é negociada a um P/L atrativo de 4,2 vezes o lucro estimado para 2026.
A Tenda reportou resultados operacionais neutros no 2T25, na avaliação do BBA. Os lançamentos ficaram 9% abaixo das expectativas do banco, enquanto as vendas líquidas ficaram 6% acima.
O BBA manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 29.