Cyrela (CYRE3) e Moura Dubeux (MDNE3) caem mesmo com aumento das vendas no trimestre

Itaú BBA e Bradesco BBI avaliaram resultados operacionais como positivos

Ana Paula Ribeiro

Projeto da Cyrela localizado na antiga fábrica da Kibon, em São Paulo (Cyrela/Divulgação)

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A Cyrela (CYRE3) apresentou um aumento de mais de 30% nas vendas no primeiro trimestre do ano, mas isso não foi suficiente para segurar as ações da empresa. Os papéis operavam, por volta das 10h20, em queda de 1,60%, cotados a R$ 23,99.

Os da Moura Dubeux (MDNE3), que também divulgou os dados operacionais entre janeiro e março, vão no mesmo sentido, com variação negativa de 1,82%, negociados a R$ 14,02.

As vendas líquidas da Cyrela no primeiro trimestre somaram R$ 2,147 bilhões, 39% acima do valor registrado em igual período do ano passado e um recuo de 17% em relação ao quarto trimestre. A maior parte das vendas se refere ao estoque em construção (50%) e lançamentos (42%). Com isso, a velocidade de vendas (VSO) de lançamentos chegou a 53% no trimestre.

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Na avaliação dos analistas do Itaú BBA, os dados operacionais da Cyrela foram “ligeiramente” positivos. A avaliação é que a queda em relação ao quarto trimestre se deu por fatores sazonais.

“A duração dos estoques diminuiu para 12,4 meses de vendas, o menor nível desde o segundo trimestre de 2021. Isso reforça a posição confortável da empresa para ampliar lançamentos e negociar condições de vendas”, avaliaram os analistas.

Os resultados também foram avaliados como positivos pelo Bradesco BBI, também destacando a redução dos estoques.

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“Ao todo, a Cyrela vendeu mais do que lançou no primeiro trimestre de 2024 e reduziu seu nível de estoque, o que reforça nossa visão sobre a capacidade da empresa de lançar mais do que as expectativas do mercado de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões no ano fiscal de 2024”, segundo comentário enviado a clientes.

O Bradesco mantém a recomendação “outperform” para as ações da Cyrela.

Moura Dubeux

A construtora Moura Dubeux reportou que as vendas líquidas totalizaram R$ 372 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 14% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e uma redução de 6,3% em relação ao quarto trimestre de 2023. a duração do estoque ficou estável em 14 meses.

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Os analistas do Itaú BBA viram o desempenho como “ligeiramente positivo”, destacando o aumento dos lançamentos em 40% na comparação anual.

“É bem-vinda a maior participação dos empreendimentos condominiais tanto nos números de lançamentos quanto de vendas, pois esta divisão proporciona menor risco e maiores margens para a empresa”, avaliaram sobre os resultados.

Para o Itaú BBA, os dados operacionais reforçam a estabilidade do mercado e a liquidez consistente dos projetos da empresa.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney