Bitcoin e Ethereum sobem após anúncio de sanções contra Rússia, altcoins disparam e Luna ganha 15% com aporte de US$ 1 bilhão

Especialistas veem sanções como possíveis catalisadores para maior adoção de criptomoedas pela Rússia

Paulo Barros | CoinDesk

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Em novo capítulo da reação às tensões na Ucrânia pela possibilidade de invasão pela Rússia, o Bitcoin (BTC) volta a subir hoje e, após encostar na região dos US$ 36 mil na madrugada de ontem, tem alta de 4,7% e se aproxima novamente de US$ 39 mil, a US$ 38.926.

Entre os motivos estaria o anúncio de sanções dos Estados Unidos contra a Rússia. Segundo alguns analistas, o cenário pode fazer os russos acelerarem a adoção de criptomoedas como meio de driblar bloqueios econômicos, aproveitando o caráter anônimo da tecnologia blockchain.

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Uma das pistas está no esforço recente do governo de Vladimir Putin para regular as criptomoedas no país. O ministério das finanças trabalha para dirimir diferenças com o banco central, que é contra a legalização das criptomoedas, para liberar os ativos digitais como veículos de investimento.

Em nota divulgada nesta semana, o ministério afirmou que as objeções do Banco da Rússia quanto à regulação das criptos “serão consideradas no trabalho futuro sobre este projeto de lei sem contradizer a abordagem” do ministério.

“Para pessoas como eu, que estão muito focadas no longo prazo e acumulam Bitcoin diariamente, é o ativo que fornecerá mais segurança e valor em geral”, disse Jason Deane, analista da Quantum Economics.

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Ao mesmo tempo, a gangorra de preço do Bitcoin abre margem para um maior volume de negociações, sinal de que traders começam a se animar com as possibilidades de ganhos aproveitando a volatilidade dos mercados.

“Para traders e especuladores, é uma simples equação de negociação projetada para ganhar dinheiro. Para eles, é uma negociação de risco empolgante e volátil. A questão é: qual narrativa será mais forte?”, afirmou Deane.

Com o avanço do BTC, todas as criptomoedas entre as 100 maiores por valor de mercado registram ganhos na manhã de hoje, em relação a 24 horas antes. O Ethereum (ETH), por exemplo, salta mais que o Bitcoin e avança 6,6%, para US$ 2.720.

Os melhores resultados até aqui, com alta de 15%, são da Hedera (HBAR), que terá uma nova plataforma de lançamento de projetos em breve, e da Terra (LUNA), que sobe após um projeto levantar US$ 1 bilhão para criar projetos com a stablecoin Terra USD (UST) do ecossistema Terra.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 38.926,37 +4,7%
Ethereum (ETH) US$ 2.720,69 +6,6%
Binance Coin (BNB) US$ 381,68 +5,6%
XRP (XRP) US$ 0,738835 +6,8%
Cardano (ADA) US$ 0,929495 +10,1%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Terra (LUNA) US$ 57,31 +15,3%
Hedera (HBAR) US$ 0,234784 +15,3%
Quant (QNT) US$ 119,19 +13,7%
Avalanche (AVAX) US$ 79,47 +13,1%
Kadena (KDA) US$ 6,79 +11,4%

As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:

BitTorrentOLD (BTTOLD) US$ 0,00123579 -17,4%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 34,10 -1,78%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 45,98 -1,75%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 39,00 -6,54%
Hashdex DeFi (DEFI11) R$ 39,00 -3,82%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 12,20 -2%
QR Ether (QETH11) R$ 9,61 -2,43%
QR DeFi (QDFI11) R$ 6,71 -6,02%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (23):

NYSE anuncia aquisição e indica possível plano de tokenizar ações

A Intercontinental Exchange, controladora da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), assumirá uma participação acionária na empresa especializada em ativos tokenizados tZERO, em movimento que aponta para uma possível tokenização de ações.

O investimento tornará a Intercontinental Exchange acionista minoritária “significativa” da tZero, segundo nota divulgada ontem. O tamanho da participação ou o valor em dólares da transação não foram revelados.

Outros investidores da tZERO incluem Overstock.com, e Medici Ventures, um fundo focado em blockchain cujo sócio é uma entidade afiliada à Pelion Venture Partners.

A tZERO estava procurando um comprador ou parceiro desde pelo menos meados de 2021, disseram duas pessoas familiarizadas com os planos à CoinDesk em 2 de junho.

A Intercontinental Exchange também é proprietária majoritária da exchange de criptomoedas Bakkt, que se tornou pública por meio de uma fusão com a empresa de aquisição de propósito específico (SPAC) VPC Impact Acquisition Holdings, em outubro do ano passado.

Fundação focada na stablecoin UST capta US$ 1 bilhão

A Luna Foundation Guard (LFG), uma organização sem fins lucrativos com sede em Singapura que apoia o crescimento do ecossistema Terra, arrecadou US$ 1 bilhão com a venda de tokens Luna.

O aporte será destinado à construção de uma reserva cambial denominada em Bitcoin para a UST, uma stablecoin baseada em algoritmos no ecossistema Terra, de acordo com um comunicado.

A rodada está entre as maiores da história das criptomoedas. Ela foi liderada pela Jump Crypto e Three Arrows Capital, com participação da DeFiance Capital, Republic Capital, GSR Ventures e Tribe Capital, entre outras.

De acordo com a Luna Foundation Guard, a UST Forex Reserve visa fortalecer e proteger o lastro da stablecoin UST. Como ela é baseada em algoritmos, depende de incentivos de mercado em vez de garantias para manter seu preço.

Meme coin some com dinheiro de investidores após 5 horas de vida

Os desenvolvedores por trás do projeto Web3Memes (W3M), uma criptomoeda meme, drenaram os pools de liquidez do token de quase 625 BNB, equivalentes a quase US$ 235 mil, após apenas 5 horas de vida, afirmou a empresa de segurança blockchain PeckShield nesta quarta-feira.

A PeckShield relatou pela primeira vez a exploração no Twitter, dizendo. “A PeckShield detectou que o $Web3Memes puxou o tapete. [O endereço] 0x5adbffa751abcdfc94d2a81f5657113d37a3494f depositou 625 BNB no TornadoCash”.

TornadoCash é um serviço blockchain que embaralha transações para esconder a origem de criptomoedas. Em geral, é muito usado por criminosos para evitar que corretoras identifiquem endereços de hackers e bloqueiem negociações dos ativos roubados.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos