Criptos hoje: Ethereum sobe e puxa DeFi, corretoras reagem a banimento na China e mais notícias

Ethereum voltou a subir mais que o Bitcoin e puxou valorização de tokens do setor de finanças descentralizadas

Paulo Barros

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SÃO PAULO – O Ethereum (ETH) e os ativos que compõem o setor que se entende por finanças descentralizadas (DeFi) puxam a alta no mercado de criptomoedas nesta segunda-feira (27). A segunda maior cripto do mundo chegou a pular 11% na madrugada e agora registra alta de 5,1% nas últimas 24 horas, voltando a ser negociada acima de US$ 3.100 após cair para US$ 2.750 no domingo.

Já tokens DeFi dispararam até 29% em movimento visto como reflexo do novo banimento de criptomoedas na China. Proibidos de usar serviços de bolsas de criptomoedas tradicionais tornados ilegais pelas medidas anunciadas na sexta-feira (24), usuários chineses estariam migrando em massa para soluções descentralizadas, conhecidas por seu anonimato.

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A valorização desses ativos vai na contramão do Bitcoin (BTC), cujo preço se recupera da mínima de menos de US$ 41.000 na semana passada, para US$ 43.821, com alta de 1,2% em relação a ontem, mas com perda de cerca de 10% nos últimos 30 dias.

Por outro lado, a manutenção do nível atual, segundo especialistas, é importante para fechar o mês com potencial de altas em outubro, quem sabe em busca de novas máximas históricas.

Além do mercado, o ambiente de negócios também reagiu às medidas da China nos últimos dias. As bolsas Binance, Huobi e FTX anunciaram mudança de política e até de sede em adaptação às novas exigências e ao ambiente hostil contra empresas de criptomoedas em território chinês ou com influência do governo de Xi Jinping.

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Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h24:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 43.821 +1,2%
Ethereum (ETH) US$ 3.122 +5,1%
Cardano (ADA) US$ 2,24 -0,5%
Binance Coin (BNB) US$ 351 +1,2%
XRP (XRP) US$ 0,966773 +3,1%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
dYdX (DYDX) US$ 22,09 +29,6%
XDC Network (XDC) US$ 0,148483 +19,9%
Curve DAO Token ([ativo=CRV]) US$ 2,70 +14,6%
eCash (XEC) US$ 0,00023917 +14,2%
Uniswap (UNI) US$ 24,86 +13,1%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Tezos (XTZ) US$ 6,44 -7,7%
Maker (MKR) US$ 2.385,85 -6,9%
FTX Token (FTT) US$ 56,05 -18,9%
Cardano (ADA) US$ 2,22 -3,9%
Decred (DCR) US$ 111,37 -3,6%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 43,83 +3,74%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 57,27 +3,24%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 49,98 +4,19%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 15,09 +1,62%
QR Ether (QETH11) R$ 12,20 +4,99%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (27):

Binance e Huobi deixam de aceitar chineses e e FTX sai de Hong Kong

Binance e Huobi, respectivamente primeira e segunda maiores bolsas de criptomoedas do mundo por volume de negociação, anunciaram a interrupção de cadastros de clientes chineses em suas plataformas.

As medidas seguem as novas regras anunciadas pelo governo chinês na sexta-feira (27). Em comunicado, o Banco Popular da China (PBOC, na sigla em inglês) declarou que todos os serviços de criptomoedas oferecidos a residentes do país seriam considerados ilegais, mesmo que operados em território estrangeiro.

As duas corretoras suspenderam o registro de usuários com números de telefone chineses, ao passo que a Huobi anunciou o cancelamento de contas atualmente ativas de residentes na China até o final deste ano.

As empresas não anunciaram mudança de política para Hong Kong, que não sofre impacto direto do comunicado do banco central chinês. No entanto, a exchange FTX se adianta a uma possível repressão direta e anuncia a mudança de sede para as Bahamas, citando o aumento da pressão regulatória contra negócios de criptomoedas.

Indonésia vai na contramão da China e libera trade de criptomoedas

A Indonésia negou rumores de banimento e confirmou que residentes no país podem negociar criptomoedas. Em posição contrária à China, o governo indonésio disse que se concentrará na regulação voltada para a prevencção de crimes que envolvam os ativos digitais.

A única restrição é para pagamentos. Segundo o banco central, criptoativos serão tratados como ativos negociáveis ​​e commodities impróprias para pagamento porque seriam uma classe de ativos voláteis e sem lastro.

O trade de criptomoedas, porém, permanece liberado. A negociação de Bitcoin e outras moedas digitais foi legalizada em 2018 e explodiu em 2020 e 2021, período no qual bolsas locais cresceram 40% e o volume negociado atingiu US$ 4,5 bilhões.

Cardano se alia à Chainlink deve ganhar nova stablecoin

O projeto Cardano, que ganhou recentemente suporte a contratos inteligentes e quer ser rival do Ethereum, anunciou uma nova parceria com a Chainlink.

O acordo, anunciado no último sábado (25), promete facilitar o trabalho de desenvolvedores que criam soluções para a blockchain Cardano ao oferecer conexão simplificada com bancos de dados “do mundo real”. A Chainlink faz esse trabalho com uso do que se chama de oráculos.

A novidade pretende ajudar a acelerar o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (DApps) compatíveis com a rede Cardano, que ainda engatinha na criação de um ecossistema próprio.

Outro passo deverá ser dado pelo projeto Coti ([ativo=COTI]), que foi confirmado no fim de semana como a emissora oficial da nova stablecoin Djed. Stablecoins são criptomoedas com paridade com uma moeda fiduciária, em geral o dólar americano.

A existência de uma stablecoin na rede Cardano é vista como essencial para permitir o surgimento de aplicações de DeFi na blockchain.

The Economist recomenda Bitcoin

A revista The Economist, conhecida por ser crítica ao Bitcoin, recomendou criptomoedas aos seus leitores em artigo publicado no sábado (25).

O colunista John O’Sullivan citou a compra de Bitcoin como parte de uma “estratégia de diversificação ganhadora do Nobel”. Ele se refere ao caráter descorrelacionado da criptomoeda, que tende a não necessariamente acompanhar o mercado de ações e outros investimentos tradicionais.

Ele diz ter chegado à conclusão após analisar aleatoriamente portfólios com bom desempenho da última década e verificar que todos eles continham entre 1% a 5% de Bitcoin.

O resultado, na sua visão, não seria consequência apenas da forte valorização do ativo no período. “Mesmo em um período especialmente volátil de dois anos, digamos, de janeiro de 2018 até dezembro de 2019 (quando caiu abruptamente), um portfólio com 1% de Bitcoin ainda se saiu melhor na relação de risco-recompensa do que um sem a moeda entre seus ativos”, disse.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos