Bitcoin atinge recorde semanal, market cap total bate US$ 2,6 tri e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Bitcoin fechou semana passada a US$ 61.500 e levou valor de mercado de criptomoedas para recorde de todos os tempos de US$ 2,6 trilhões

Paulo Barros

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SÃO PAULO – O Bitcoin (BTC) ainda não alcançou sua máxima histórica, perto de US$ 65 mil, mas já registrou um novo recorde. A semana que acabou no último sábado (16) alcançou o maior preço de fechamento de todos os tempos, de cerca de US$ 61.500, superando os aproximadamente US$ 60 mil da primeira semana de abril de 2021.

A nova máxima semanal veio logo após breve recuo para menos de US$ 59 mil, seguido de forte recuperação já na hora seguinte para US$ 60.600. Por volta das 4h da manhã desta segunda-feira (18), a moeda digital chegou a ser negociada a US$ 62.678, apenas 3,5% longe do maior preço já atingido.

O otimismo segue ligado à expectativa em torno da aprovação do primeiro ETF de futuros de Bitcoin nos Estados Unidos. A gestora ProShares e a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) confirmaram hoje que o produto será listado na terça-feira (19).

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Com taxa de dominância na casa dos 45%, o Bitcoin não subiu ao custo de outras criptomoedas, elevando o valor total do mercado para uma nova máxima histórica: pela primeira vez, as 100 principais moedas digitais somadas chegaram ao valor de US$ 2,6 trilhões.

Nesta manhã, porém, as criptos operam em baixa. Às 7h03, o BTC era negociado a US$ 61.286, queda de 1% no dia, mas com alta de 12,1% na semana. Já Bitcoin Cash ABC (BCHA), Olympus (OHM) e dYdX (DYDX) registravam queda de dois dígitos.

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Na outra ponta, os destaques iam para a Stacks (STX), que leva contratos inteligentes ao Bitcoin, com alta de 16,7%. Também se destacavam as meme coins Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB), com ganhos de até 10%.

Já no Brasil, a gestora BLP Asset anunciou um novo fundo que investe o patrimônio em criptomoedas.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h03:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 61.286 -1%
Ethereum (ETH) US$ 3.780 -3,3%
Binance Coin (BNB) US$ 465 -1,3%
Cardano (ADA) US$ 2,12 -3,1%
XRP (XRP) US$ 1,08 -4,8%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Stacks (STX) US$ 2,47 +16,7%
Dogecoin (DOGE) US$ 0,262 +10,3%
Zcash (ZEC) US$ 136,42 +6,9%
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00002672 +3,9%
ICON (ICX) US$ 2,05 +1,7%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin Cash ABC (BCHA) US$ 166,48 -13,4%
Olympus (OHM) US$ 814,89 -12,6%
dYdX (DYDX) US$ 341,05 -10%
Avalanche (AVAX) US$ 54,50 -6,6%
Aave (AAVE) US$ 295,84 -6,7%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 58,23 +3,58%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 80,75 +5,56%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 62,75 +0,24%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 21,38 +5,58%
QR Ether (QETH11) R$ 15,45 +0,46%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (18):

ProShares e NYSE confirmam listagem de ETF de Bitcoin

O ETF de futuros de Bitcoin ProShares será listado na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na terça-feira (19), confirmaram as empresas ao The New York Times hoje. “2021 será lembrado por este marco”, disse o CEO da gestora, Michael Sapir, ao jornal americano.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), não fará um anúncio formal, mas o produto submetido à aprovação ganhará aval automático porque não será efetivamente negado pelos reguladores até o prazo final de avaliação, disse a ProShares. O prazo termina amanhã e a NYSE se prepara para listagem imediata.

O ETF em questão não investe diretamente em Bitcoin, mas sim em contratos futuros da criptomoeda negociados na bolsa de derivativos de Chicago (CME). Embora desagrade os puristas, o produto é visto como essencial para trazer uma nova leva de investidores para o ativo, principalmente os institucionais.

Os contratos de futuros de Bitcoin negociados em Chicago já têm ampla adesão do capital institucional nos EUA, mas o ETF é visto como um facilitador a mais pois poderia eliminar barreiras para uma nova parcela de potenciais investidores.

BLP Asset lança novo fundo de criptomoedas

A gestora BLP Asset anunciou o lançamento de mais um fundo de criptomoedas no Brasil regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O BLP Digital 40 FIM é um fundo feeder para investidores qualificados com 40% em cotas do Genesis Block Fund Ltd, fundo estrangeiro da BLP que investe 100% em criptoativos, com ênfase nos maiores protocolos.

Os 60% restantes serão alocados em títulos do governo brasileiro.

Com administração do BNY Mellon e investimento inicial mínimo de R$ 1.000, o novo fundo é o 22º oferecido no país com aval da CVM.

Maior gestora de fundos de cripto do mundo quer lançar ETF de Bitcoin “físico”

A Grayscale, maior gestora de fundos de criptoativos do mundo, está considerando transformar seu principal produto em um ETF de Bitcoin nos EUA, apontou o CEO da controladora Digital Curreny Group em publicação no Twitter na noite de sábado (16).

O executivo sugeriu que o Grayscale Bitcoin Trust, um fundo privado conhecido por ser uma das portas de entrada do capital institucional para as criptomoedas, poderá ser convertido em um ETF aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês).

O ETF, no entanto, investiria diretamente em bitcoins, diferentemente dos ETFs que poderão ser aprovados nesta semana, que acompanham o preço da criptomoeda no mercado futuro por meio de contratos adquiridos na bolsa de derivativos de Chicago.

A Grayscale tem atualmente US$ 52,6 bilhões em ativos sob gestão distribuídos em 15 fundos com 100% de exposição a criptomoedas – desses, US$ 38,6 bilhões estão no fundo de Bitcoin.

Corretora de criptomoedas Bakkt é listada na Bolsa de Nova York

A Bakkt, uma bolsa de criptomoedas focada em clientes institucionais, abre capital nesta segunda-feira (18) na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

A listagem é resultado da fusão com a VPC Impact Acquisition Holdings, uma empresa de propósito especial com sede em Chicago, em operação referendada por mais de 85% dos acionistas na sexta.

“Hoje é um dia especial para Bakkt. O fechamento da fusão nos fornece o capital necessário para continuar a fazer o que fazemos de melhor, que é inovar ”, disse Gavin Michael, CEO da Bakkt, em comunicado.

A Bakkt foi fundada em 2018 e é o braço de ativos digitais da Intercontinental Exchange. Ela agora se junta à Coinbase, que realizou IPO na Nasdaq em abril.

EUA identificam US$ 5,2 bilhões em Bitcoin ligados a ataques de ransomware

O Tesouro dos EUA identificou aproximadamente US$ 5,2 bilhões em transações com Bitcoin que estariam ligados aos 10 principais pagamentos por ataques de ransomware nos últimos 10 anos. Ransomware é um tipo de vírus que criptografa os arquivos do computador da vítima, sequestrando os dados em troca do pagamento de resgate, geralmente em criptomoedas.

Os dados vêm de uma análise da Rede de Execução de Crimes do Tesouro (FinCEN, na sigla em inglês), que se debruçou sobre 177 de carteiras de criptomoedas usadas ​​para pagamentos relacionados a ransomware presentes em 2.184 relatórios de atividades suspeitas entre 1º de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2021.

Informações gravadas na blockchain do Bitcoin mostram, segundo a FinCEN, que a quantia bilionária pode ter ido parar nas mãos de hackers. Além disso, o órgão ressaltou que as ofensivas aumentaram cerca de 30% entre 2020 e 2021 – apenas no primeiro semestre, os hackers teriam faturado US$ 590 milhões.

“A análise da FinCEN indica que o ransomware é uma ameaça crescente ao setor financeiro, às empresas e ao público dos EUA”, apontou o relatório.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos