Criptos hoje: Bitcoin vai a US$ 49.000, moeda digital dispara mais de 100% e mais notícias

Mercado começa outubro forte com registro de vários recordes para criptomoedas menores, como o Axie Infinity (AXS)

Rodrigo Tolotti Paulo Barros

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SÃO PAULO – O Bitcoin (BTC) corrige na manhã desta segunda-feira (4) após registrar mais de US$ 49.000 no domingo (3). A criptomoeda vem de forte alta iniciada no final da semana passada, e chegou a subir mais de 13% desde o fechamento de setembro até os US$ 49.167 alcançados ontem. Às 7h01 de hoje, a moeda digital é negociada a US$ 47.804.

Já o Ethereum (ETH) chegou a US$ 3.474 no domingo, sua melhor marca desde o dia 18 de setembro, quando vinha de queda do nível de US$ 3.960 alcançado no dia 6. No momento, a segunda criptomoeda mais importante do mundo é cotada a US$ 3.359.

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Outras criptomoedas foram ainda melhor nos últimos dias e até chegaram a fazer novas máximas históricas, casos do Axie Infinity (AXS), que chegou a bater US$ 154 hoje, e da Tezos (XTZ), que alcançou recorde de US$ 9,42 nas primeiras horas do dia. Além disso, a Terra (LUNA) disparou para a máxima de US$ 46,29 nesta manhã e o Bitcoin Cash ABC (BCHA), que sofreu fork e virou eCash (XEC), disparou 118% nas últimas 24 horas.

Dessa maneira, mesmo diante de queda de 0,7% no geral, o valor de mercado das criptomoedas se mantém próximo de US$ 2,2 trilhões, recuperando boa parte das perdas registradas em setembro. O desempenho também alivia as expectativas negativas para as altcoins (criptomoedas além do Bitcoin) no mês passado.

O bom resultado ocorre apesar de um novo caso de hack de contas de usuários da Coinbase e do adiamento da decisão sobre o pedido de aprovação de quatro ETFs de Bitcoin: Global X Bitcoin Trust, Kryptoin Bitcoin ETF, Wisdomtree Bitcoin Trust e Valkyrie XBTO Bitcoin Futures Fund.

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A aprovação de ao menos um desses produtos era esperada para outubro, mas agora a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), cujo presidente apoiou os ETFs de futuros de Bitcoin recentemente, tem até 21 de novembro para liberar ou não as listagens na bolsa.

Por outro lado, a abertura da semana reage à suspensão das negociações das ações da Evergrande na bolsa de Hong Kong, motivada por “um grande anúncio” da gigante chinesa. O mercado especula que a empresa estaria preparando a venda do seu braço de gestão imobiliária por US$ 5 bilhões.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h01:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 47.804 -0,2%
Ethereum (ETH) US$ 3.359 -1,1%
Cardano (ADA) US$ 2,19 -2,8%
Binance Coin (BNB) US$ 421 -1,1%
XRP (XRP) US$ 1,03 -0,6%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin Cash ABC (BCHA) US$ 211,32 +118,6%
Axie Infinity (AXS) US$ 149,63 +39,4%
dYdX (DYDX) US$ 25,98 +17,6%
Algorand (ALGO) US$ 2,04 +13,1%
Olympus (OHM) US$ 894,02 +11,4%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Serum (SRM) US$ 8,65 -7,1%
IOTA (MIOTA) US$ 1,22 -5,5%
Compound (COMP) US$ 319,65 -5,1%
XDC Network (XDC) US$ 0,127032 -4,5%
Sushi (SUSHI) US$ 10,45 -4,5%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 46,89 +7,92%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 61,50 +6,42%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 53,50 +9,38%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 16,25 +6,56%
QR Ether (QETH11) R$ 12,85 +7,08%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (4):

Bitcoin está mais forte após banimento na China, diz Edward Snowden

Edward Snowden, um ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) que vazou informações altamente confidenciais em 2013, acredita que o banimento de criptomoedas promovido pelo governo chinês fortaleceu o Bitcoin.

Na noite de domingo (3), Snowden publicou uma declaração no Twitter em que relembrava seu desejo de comprar a criptomoeda em março de 2020, no auge da crise dos mercados globais por conta da pandemia.

“É a primeira vez em muito tempo que eu sinto vontade de comprar Bitcoin. Essa queda foi muito pânico sem motivação”, disse ele enquanto a moeda digital despencava cerca de 40%, para aproximadamente US$ 5.500.

“Às vezes penso nisso e me pergunto quantas pessoas compraram #Bitcoin na época”, disse Snowden em um novo tuíte. “Desde então, o preço aumentou cerca de 10 vezes, apesar de uma campanha global coordenada por governos para minar a compreensão pública – e o apoio à – criptomoeda. A China até a baniu, mas isso apenas tornou o Bitcoin mais forte”, disse o ex-contratado da NSA.

Nos cerca de 18 meses que separam as duas declarações, o Bitcoin acumula valorização de mais de 700%.

Foxbit lança novo token de precatório

O braço de tokenização da corretora de criptomoedas brasileira Foxbit lançou um novo token lastreado em precatórios do Estado de São Paulo. O ativo dá ao comprador o direito de receber o pagamento de dívidas públicas no prazo estimado de 18 meses.

Segundo a empresa, o ativo prevê um retorno de 34,87% ou 353% do CDI, superando, dessa forma, o rendimento da poupança e do Tesouro Selic, que têm retornos estimados em 6,63% e 9,77% no mesmo período.

“Nosso propósito é ajudar pessoas a conquistar a tão almejada liberdade financeira e os ativos tokenizados são sem dúvida um dos caminhos para uma rentabilidade acima da média com risco controlado”, afirma Ricardo Dantas, CO-CEO da Foxbit.

Os primeiros tokens de precatórios  da Foxbit foram vendidos por a partir de R$ 100, mas agora o valor mínimo foi reduzido pela metade, com um total de 9.106 tokens para venda. Além disso, será possível antecipar o recebimento para a partir de novembro deste ano mediante uma taxa de 5%.

“Temos um mercado gigante para trabalhar e já estamos procurando outros tipos de ativos para tokenização, como por exemplo obras de arte, mercado imobiliário, agronegócio, entre outros”, explica João Canhada, CEO da Foxbit.

Coinbase revela ter sofrido ataque hacker

Na sexta-feira, a corretora de criptomoedas Coinbase informou que hackers roubaram ativos das contas de pelo menos 6 mil clientes, segundo comunicado de segurança enviado aos usuários atingidos pelo ataque.

Segundo a companhia, o roubo ocorreu entre março e maio deste ano, em que terceiros não autorizados exploraram uma falha em um processo de recuperação de conta da companhia para obter acesso às contas das vítimas e transferir recursos para carteiras de criptomoedas não associadas com a Coinbase.

“Imediatamente consertamos a falha e temos trabalhado com estes clientes para retomarem o controle de suas contas e reembolsá-los pelos recursos perdidos”, afirmou um porta-voz da Coinbase, de acordo com a agência de notícias Reuters.

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Falha em protocolo DeFi pode dar até US$ 150 milhões de graça a usuários

Um bug no protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) Compound (COMP) resultou no pagamento indevido a usuários que mantêm capital investido na plataforma. Cerca de 490.000 COMP, avaliados em aproximadamente US$ 155 milhões, foram colocados à disposição dos investidores por engano.

A falha está em um reservatório de tokens que libera 0,5 COMP por bloco da criptomoeda. Os valores deveriam ficar trancados, mas estão sendo disponibilizados aos usuários após uma atualização incompleta ter sido liberada na semana passada.

O problema foi identificado imediatamente e uma solução foi desenvolvida em pouco tempo, mas a correção só irá ao ar dentro de alguns dias por conta de um sistema de segurança que impede que uma atualização seja disponibilizada em menos de uma semana. O receio é que, até lá, mais ativos sejam sacados por usuários, deixando o protocolo no prejuízo.

Estima-se que cerca de um terço do montante (US$ 50 milhões) já tenham sido reivindicados por usuários do protocolo DeFi até o último domingo (3). O criptoativo COMP é negociado no momento a US$ 318, em queda de mais de 8% desde sábado (4), quando alcançou US$ 349.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.