Criptos hoje: Bitcoin dispara apoiado por tese de proteção contra inflação e mais notícias

Bitcoin é uma das criptomoedas que mais sobem no dia em mais um movimento sem correlação com bolsas globais

Paulo Barros

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Bitcoin (BTC) amanheceu esta quarta-feira (6) em estabilidade, mas logo iniciou nova alta e ultrapassou os US$ 55 mil pela primeira vez desde maio em meio à volta do temor de escalada da inflação global. Às 10h34, a criptomoeda arrefecia para US$ 54.422, somando 9,2% no dia 33,3% em uma semana.

O movimento positivo se espalha pela maioria das criptomoedas entre as 100 com maior valor de mercado, que recuperam os US$ 70 bilhões que haviam sido perdidos nas primeiras horas do dia e voltam a registrar capitalização próxima de US$ 2,3 trilhões.

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O mercado de criptomoedas segue descorrelacionado com as ações globais, que têm desempenho tímido em meio à expectativa de retirada dos estímulos do governo dos EUA, cujos títulos do Tesouro voltam a subir e provocam fuga de ativos de risco. No Brasil, o Ibovespa passa por forte queda para menos de 110 mil pontos.

Todas as 13 criptomoedas de menor valor de mercado que abriram o dia com queda de dois dígitos reduzem as perdas para menos de 8%. Na outra ponta, o destaque positivo segue com a Shiba Inu (SHIB), que surgiu de um meme assim como a Dogecoin (DOGE) e dispara mais de 40% nas últimas 24 horas e 224% na semana.

Além disso, diversos forks (derivados) do Bitcoin registram alta acompanhando a valorização repentina da principal criptomoeda do mundo.

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Já os criptoativos no topo do ranking global crescem menos que o Bitcoin ou entram em terreno negativo, como é o caso da Cardano (ADA), que perde 0,1%, e da Solana (SOL), sétima mais valiosa do mundo, que é negociada a -4,5%, por US$ 161.

O momento de recuperação vem após o Senado dos Estados Unidos receber uma nova proposta de lei para investigar o papel das criptomoedas em golpes de ransomware. O projeto prevê que as vítimas de ataques de ransomware revelem informações sobre pagamentos a hackers ao Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês).

Por outro lado, o family office de George Soros confirmou possuir Bitcoin e a lista de mais ricos da Forbes destacou empreendedores do setor de criptomoedas: todos os seis novatos do ranking fizeram fortuna com moedas digitais.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 9h48:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 54.422 +9,2%
Ethereum (ETH) US$ 3.561 +3,3%
Cardano (ADA) US$ 2,23 -0,1%
Binance Coin (BNB) US$ 440,19 +0,1%
XRP (XRP) US$ 1,08 -1,6%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00002272 +43,3%
Bitcoin Gold (BTG) US$ 73,09 +21,3%
Wrapped Bitcoin (STX) US$ 54.838,32 +9,6%
Bitcoin (BTC) US$ 54.422 +9,2%
Bitcoin Cash ([ativo=BTCH]) US$ 915,58 +9,1%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
OMG Network (OMG) US$ 14,85 -7,6%
dYdX (DYDX) US$ 21,77 -6,3%
ICON (ICX) US$ 2,20 -5,8%
Avalanche (AVAX) US$ 61,97 -5,4%
Axie Infinity (AXS) US$ 127,53 -5,4%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 50,30 +3,54%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 67,66 +4,11%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 57,50 +3,12%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 17,85 +4,75%
QR Ether (QETH11) R$ 13,97 +3,64%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (6):

Senadora dos EUA quer investigar cripto em ataques de ransomware

A senadora americana Elizabeth Warren apresentou um novo projeto de lei que pretende investigar a relação entre as criptomoedas e os ataques de ransomware, vírus de computador que sequestram dados da vítima em troca de um pagamento de resgate.

Segundo Warren, a ideia é criar “requisitos de divulgação para quando os resgates forem pagos” de modo a facilitar o rastreio do dinheiro e a perseguição dos culpados. A senadora cita especificamente os casos de ataque a empresas, que costumam envolver valores mais altos por conta da confidencialidade dos dados sequestrados.

Um dos casos de mais notoriedade ocorreu recentemente com a Colonial Pipeline, operadora de dutos comubustíveis que teve seus sistemas invadidos e sua operação interrompida por um ransomware.

Pelo projeto no Senado dos EUA, vítimas serão obrigadas a informar eventuais pagamentos em criptomoedas ao Departamento de Segurança Interna (DHS). A proposta também surge em momento de intensificação das discussões sobre a regulamentação das criptomoedas no país.

Bilionários das criptomoedas invadem lista da Forbes

Todos os seis novos integrantes da lista das pessoas mais ricas do mundo publicada pela Forbes são do setor de criptomoedas. Os empreendedores entram no grupo seleto com patrimônio de, no mínimo, US$ 2,9 bilhões após um ano de forte alta das moedas digitais.

O mais bem posicionado no ranking é Sam Bankman-Fried, com uma fortuna de US$ 22,5 bilhões. Fundador da Alameda Research e da corretora FTX, ele liderou a captação recorde da indústria de US$ 900 milhões para sua exchange em julho.

Em segundo está o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, que acumulou US$ 11,5 bilhões após a abertura de capital da empresa na bolsa, seguido pelo cofundador da Ripple, Chris Larsen, que soma US$ 6 bilhões apesar da batalha judicial entre a companhia e a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

Depois vêm os gêmeos Cameron Winklevoss e Tyler Winklevoss, fundadores da exchange Gemini, com fortunas estimadas de US$ 4,3 bilhões cada. Fred Ehrsam, conselheiro e cofundador da Coinbase, é o próximo com US$ 3,5 bilhões.

A lista fecha com Jed McCaleb, criador da Stellar (XLM) e da exchange Mt.Gox, vendida antes de um famoso hack, mas cuja riqueza de US$ 3 bilhões é composta majoritariamente feita de reservas do token XRP que recebeu após sair da Ripple em 2014.

Family office de George Soros revela possuir Bitcoin

O Soros Fund Management, family office do polêmico investidor George Soros, possui Bitcoin. Em entrevista à Bloomberg na terça-feira (5), o CEO e CIO, Dawn Fitzpatrick disse que o fundo tem “algumas moedas, [mas] não muitas”.

A declaração confirma um rumor surgido no começo do ano, e reflete uma tendência que já havia aparecido em pesquisas ao longo de 2021: family offices estão mesmo ávidos por comprar Bitcoin como estratégia de tesouraria.

Para Fitzpatrick, a criptomoeda já é mais que um hedge. “Não tenho certeza se o Bitcoin é visto apenas como uma proteção contra a inflação. Eu acho que ele cruzou o abismo para o mainstream. As criptomoedas agora têm uma capitalização de mercado de mais de US $ 2 trilhões. Há 200 milhões de usuários em todo o mundo, então acho que ele se tornou popular”, afirmou.

O executivo, no entanto, justificou o baixo investimento dizendo que as criptomoedas “em si são menos interessantes do que os casos de uso de DeFi e coisas assim”, referindo-se ao uso de contratos inteligentes para operações financeiras sem intermediários, tal qual a usada pelo Société Générale para pedir um empréstimo de US$ 20 milhões na última semana.

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Projeto NFT some com US$ 2,7 milhões de investidores

Um projeto de arte em NFT chamado Evolved Apes protagonizou o mais recente golpe no mundo das moedas digitais. A suspeita é de que usuários tenham sido vítimas do que se chama de rug pull (puxada de tapete, em tradução livre), em que o próprio criador do protocolo aciona uma armadilha deixada durante o desenvolvimento.

Um montante de 798 ETH depositados em um contrato inteligente e que eram originalmente destinados ao “desenvolvimento e marketing do projeto” foram sacados inesperadamente de uma vez e o desenvolvedor anônimo, conhecido pelo pseudônimo de Evil Ape sumiu das redes sociais.

As suspeitas de fraude começaram pouco antes, quando artistas digitais começaram a se queixar de que não estavam recebendo os pagamentos prometidos pelo design dos NFTs.

Agora, usuários e artistas se organizam para reviver a coleção com o nome de Fight Back Apes. Para se proteger de novas fraudes, o grupo irá depositar fundos angariados das vendas em um contrato inteligente que requer múltiplas assinaturas (várias senhas) para autorizar um saque.

Polygon vai aumentar taxas para combater spam em transações

O projeto Polygon (MATIC) anunciou que vai aumentar as taxas de rede para combater o que chama de “spam de transações”. Os valores cobrados para realizar tarefas na blockchain será incrementado em 30 vezes.

A Polygon ficou conhecida e ganhou adeptos em 2021 após propor uma solução para o congestionando da rede Ethereum, culpada por fazer as taxas dispararem na principal plataforma do mundo para smart contracts. Quem opta por mover seu capital para a camada secundária da Polygon tem gastos reduzidos de até US$ 100 para uma fração de dólar, dependendo do volume de transações no dia.

A tecnologia, no entanto, passou a ser vítima de sua própria solução, já que o baixo custo de transação começou a estimular uma avalanche de pagamentos como forma de tentar congestionar a rede e derrubar projetos específicos. Com o aumento das taxas, os desenvolvedores esperam encarecer e desencorajar esse tipo de ataque.

A principal vantagem da Polygon está na potencial compatibilidade com qualquer contrato inteligente desenvolvido para Ethereum. Recentemente, o marketplace OpenSea lançou suporte para a blockchain de segunda camada, permitindo a transferência de NFTs com menor custo para vendedores e usuários.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos