Coronavírus interrompe 16 semanas de fluxos para ETFs de emergentes

Investidores sacaram US$ 2,52 bilhões de ETFs listados nos Estados Unidos que investem em mercados emergentes

Bloomberg

Painel de cotações indicando forte queda (Crédito: Shutterstock)

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(Bloomberg) – A crise causada pelo surto do coronavírus interrompeu os fluxos para fundos de índice de mercados emergentes, os quais estavam positivos há 16 semanas e já acumulavam US$ 19 bilhões.

Investidores sacaram US$ 2,52 bilhões de ETFs listados nos Estados Unidos que investem em mercados emergentes ou são focados em países em desenvolvimento específicos na semana encerrada em 31 de janeiro, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Foi a primeira saída líquida semanal desde o início de outubro e a maior desde meados de agosto.

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Investidores têm vendido ativos de risco em meio à preocupação de que o vírus da China prejudicará a economia global. Janeiro foi o pior mês para ações e moedas de mercados emergentes desde agosto.

Os três maiores ETFs para ações de mercados emergentes registraram saídas de mais de US$ 1,5 bilhão no total. O iShares MSCI Emerging Markets ETF (EEM), com US$ 28 bilhões em ativos, perdeu US$ 1,22 bilhão, e o iShares Core MSCI Emerging Markets ETF (IEMG), com US$ 59 bilhões em ativos, registrou saída de US$ 245 milhões. O Vanguard FTSE Emerging Markets ETF (VWO), com US$ 64 bilhões em ativos, teve saques de US$ 74 milhões.

Os ETFs de renda fixa também sentiram o impacto com saída de US$ 366 milhões do iShares JP Morgan USD Emerging Markets Bond ETF, ou EMB, que tem US$ 16 bilhões em ativos.

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Os fluxos para ETFs de mercados emergentes já haviam desacelerado na semana passada, para US$ 310 milhões em relação aos US$ 3,2 bilhões da semana anterior, mas o clima global de aversão ao risco se intensificou com o aumento do número de mortes pelo coronavírus, que ultrapassaram 300 com mais de 15 mil casos confirmados.

Com a reabertura das negociações na China na segunda-feira após o feriado do Ano Novo Lunar, o mercado de ações testemunhou a maior onda de vendas dos últimos anos. Agora, autoridades chinesas avaliam reduzir a meta de crescimento econômico para este ano, segundo pessoas a par do assunto.

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