Perda de US$ 400 bi e 3 mil ações atingindo limite de baixa: a forte queda das bolsas da China na volta do feriado

Apesar de medidas para conter sell-off, bolsas chinesas tiveram forte queda em meio a temores com coronavírus

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A volta do Ano Novo foi de forte queda para as bolsas chinesas, que estavam fechadas desde 24 de janeiro e tiveram seu retorno adiado para esta segunda-feira (3) em meio às preocupações cada vez maiores com o coronavírus.

O índice Xangai Composto teve queda de 7,72% hoje, encerrando o pregão a 2.746,61 pontos e no maior recuo diário desde 2015, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto sofreu tombo ainda maior, de 8,41%, a 1.609,00 pontos. O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian também despencou, 7.97%, a 606,5 iuanes.

Com isso, as bolsas chinesas perderam cerca de US$ 400 bilhões de valor de mercado e mais de 3 mil ações atingiram o limite de baixa de 10%, segundo dados da Bloomberg, apesar das medidas adotadas pelo governo e pelo Banco Central da China para conter o “sell-off” existente no país. A autoridade monetária injetou 1,2 trilhão de yuans (US$ 173 bilhões) em liquidez no sistema financeiro por meio de uma oferta de contratos de recompra reversas (repos) de sete e 10 dias, reduzindo os juros dessas operações em 10 pontos-base, a 2,4% e 2,55%, respectivamente.

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Contudo, os investidores seguem repercutindo o noticiário sobre o coronavírus. Durante o feriado chinês, a doença continuou se alastrando, infectando mais de 17 mil pessoas na China e causando mais de 360 mortes. Mais de 20 outros países também registraram casos da doença.

Os esforços globais para conter a disseminação aumentaram depois que as Filipinas notificaram a primeira fatalidade fora da China e os EUA confirmaram mais infecções.  Enquanto isso, a China acusou os EUA de “exagerarem” em relação ao surto ao declararem emergência nacional por causa da epidemia. A Casa Branca proibiu temporariamente a entrada de estrangeiros vindos da China em seu território.

No noticiário econômico da China, os últimos números desagradaram, em um cenário em que já se espera uma redução nas estimativas para a economia do gigante asiático por conta do coronavírus.

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O índice de gerentes de compras (PMI) industrial chinês caiu de 51,5 em dezembro para 51,1 em janeiro, segundo pesquisa da Markit com a Caixin Media, indicando expansão mais lenta no setor manufatureiro da segunda maior economia do mundo. Já dados oficiais mostraram que o lucro de grandes empresas industriais da China caiu 3,3% em 2019. Apenas em dezembro, a redução anual nos lucros foi de 6,3%, maior do que a de novembro, de 5,4%.

Em outras partes da Ásia, o índice acionário japonês Nikkei recuou 1,01% em Tóquio, a 22.971,94 pontos, pressionado por ações dos setores de construção e de eletrônicos, o sul-coreano Kospi teve baixa marginal de 0,01% em Seul, a 2.118,88 pontos, e o Taiex caiu 1,22% em Taiwan, a 11.354,92 pontos, mas o Hang Seng subiu 0,17% em Hong Kong, a 26.356,98 pontos. Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, com baixa de 1,34% do S&P/ASX 200, a 6.923,30 pontos.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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