Coreia do Sul se prepara para possível segunda onda de casos da Covid-19

O país chegou a registrar o segundo pior surto do mundo, mas conseguiu controlá-lo sem lockdown

Bloomberg

(Chung Sung-Jun/Getty Images)

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(Bloomberg) – Um dos principais exemplos de sucesso no combate ao novo coronavírus, a Coreia do Sul agora usa algumas das lições aprendidas no início da pandemia para se preparar para o que autoridades dizem que será uma segunda onda inevitável.

O país asiático chegou a registrar o segundo pior surto do mundo, mas conseguiu controlá-lo sem precisar fechar cidades ou impor pesadas restrições às reuniões sociais.

Em vez disso, a Coreia lançou uma campanha em massa de testes e rastreamento apoiada em tecnologia, um subproduto das lições aprendidas com a amarga experiência com a Síndrome Respiratória do Oriente Médio, em 2015. Os testes em massa e o rastreamento de contatos do país receberam elogios como modelo para lidar com o combate ao vírus.

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Agora, o país adota a mesma abordagem, desta vez adquirindo experiência ao controlar uma série de surtos de vírus potencialmente perigosos em boates e centros de distribuição de varejo, à medida que se prepara para um aumento esperado de novas infecções quando o clima esfriar no outono.

As medidas tomadas incluem: registro de entrada para boates e academias; uso de aplicativos de rastreamento e monitoramento de saúde para visitantes estrangeiros; e a instalação de máquinas de venda automática de máscaras em parques e metrôs.

“Aprendemos algumas coisas com a tendência do vírus”, disse Kwon Jun-wook, vice-diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia, referindo-se aos surtos recentes. “Se estivermos totalmente preparados, podemos evitar o ressurgimento explosivo do coronavírus.”

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No final de maio, o país suspendeu a visitação em parques, museus e galerias de arte na região metropolitana de Seul por duas semanas, com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas e conter o avanço da doença.

Vacina eficaz

A contenção da pandemia pela Coreia do Sul, embora a economia permaneça basicamente aberta, pode indicar um caminho para outros países que atualmente emergem das quarentenas. É um roteiro para conviver com o vírus, em vez de tentar eliminá-lo.

“A menos que haja uma vacina eficaz, o vírus não desaparecerá”, disse Kim Yoon, professor de política e gerenciamento de saúde da Universidade Nacional de Seul. “Outra infecção em massa é possível, embora possamos lidar melhor com isso agora.”

Apesar de a Coreia do Sul ter superado o surto inicial, os casos de Covid-19 voltaram a ocorrer. O país registrou pelo menos 38 novas infecções todos os dias na semana passada, elevando o total para 12.003. Foram confirmadas 277 mortes.

Na sexta-feira, autoridades de saúde sul-coreanas alertaram cidadãos para que não baixem a guarda, pois pequenos focos de infecções continuam a surgir.