Copel (CPLE11) prioriza oferta de ações para privatização e descarta leilão de transmissão

Empresa está focada no processo de venda de ações, seguindo todas as regras de governança

Augusto Diniz

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A Copel (CPLE11) segue com o processo de transformação da companhia em corporation (sem acionista controlador ou capital pulverizado) e confirma para outubro a expectativa da oferta de ações para privatização. As informações foram dadas pelo CEO em exercício, Cássio Santana, durante teleconferência de resultados do 1º trimestre a analistas de mercado, realizada nesta quinta-feira (11).

“Nesse momento, nossa prioridade é a obtenção dos waivers (renúncias de direitos ou exigências) em relação aos credores das nossas dívidas e a conclusão do processo de valuation e due dilligence, os quais estão sendo realizados por empresas independentes e acompanhadas pelo Tribunal de Contas do Paraná”, explicou.

O executivo destacou que a empresa está focada no processo, seguindo todas as regras de governança. “Continuamos com a perspectiva de realizar a oferta em outubro desse ano”, garantiu.

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Copel espera parecer do TCU

A Copel também aguarda parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) para esse semestre sobre a outorga da concessão de geração de energia elétrica do conjunto de três usinas hidrelétricas, no montante de R$ 3,7 bilhões estabelecido pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda.

O bônus de outorga deve ser pago 20 dias depois da assinatura do contrato de concessão prevista para dezembro. A renovação da concessão das usinas hidrelétricas é passo importante no processo de privatização da companhia.

Fora dos leilões de transmissão

Por conta do foco da Copel na oferta de ações, a companhia informou que não tem pretensão de participar dos leilões de transmissão esse ano, mas ressaltou que as equipes ligadas ao planejamento já estão estudando os lotes que vão ser ofertados no leilão de 2024.

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Ainda sobre o processo de privatização, a Copel informou que o BDNES ainda não se manifestou a respeito oferta de ações – o banco público federal detém 12,4% das ações ordinárias e 24% das ações totais da companhia.

A Companhia Paranaense de Energia disse que irá procurá-los nas próximas semanas para tratar do assunto.